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Reino Unido quer se tornar referência mundial na remoção do lixo espacial

Por| Editado por Patricia Gnipper | 27 de Outubro de 2021 às 15h10

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Dotted Yeti/Shutterstock.com
Dotted Yeti/Shutterstock.com

Desde que começamos a explorar o universo, uma grande quantidade de detritos remanescentes de antigos satélites e peças de lançamentos tem se acumulado na órbita terrestre — e esse número não para de aumentar. Pensando em tornar o espaço próximo à Terra um lugar sustentável e, portanto, limpo e seguro, o Reino Unido anunciou que apoiará projetos voltados à remoção do lixo espacial.

Estima-se que, atualmente, a órbita terrestre possua 900 mil pedaços de lixo espacial das mais variadas naturezas, como satélites desativados e peças de foguetes. Estes detritos podem permanecer no espaço por centenas de anos e apresentam uma ameaça para o crescente número de missões enviadas à órbita. Durante o 72º Congresso Internacional de Astronáutica, realizado em Dubai, o Reino Unido firmou compromissos para mudar este cenário.

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A Agência Espacial do Reino Unido (BNSC) e o Escritório das Nações Unidas para Assuntos Espaciais (UNOOSA) apoiarão esforços internacionais que promovam a sustentabilidade do espaço. O objetivo é promover a consciência global quanto ao uso prudente do espaço próximo à Terra, além de garantir as Diretrizes da ONU para a Sustentabilidade de Longo Prazo das Atividades Espaciais (Diretrizes LTS).

A BNSC também disse que financiou as empresas espaciais Astroscale e ClearSpace UK para realização de uma missão que estudasse a remoção de lixo espacial, como parte dos esforços do país em se tornar uma liderança no combate a este problema. Ainda, a agência espacial britânica estabelecerá uma parceria com a norte-americana Numerica Corporation, que fornecerá dados de rastreamento espacial de alta qualidade para auxiliar o Reino Unido na operação segura de seus satélites.

O Ministro da Ciência do Reino Unido, George Freeman, disse durante o congresso que estes novos projetos apoiarão o papel do país de liderar a limpeza da órbita da Terra, a qual tem sido negligenciada. “Ajudarão a manter os satélites operando com segurança para que possam continuar a fornecer serviços vitais, como comunicações e monitoramento de mudanças climáticas”, acrescentou Freeman.

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A Astrocale já realiza sua primeira demonstração de tecnologia voltada para remoção de lixo espacial. Lançada em março deste ano, a missão ELSA-d testa um sistema de placas magnéticas para captura de detritos espaciais, trazendo-os para a Terra ao fim deste processo. A empresa também firmou um acordo com a OneWeb para desenvolver um sistema comercial de remoção de satélites extintos, chamado ELSA-M.

Enquanto, isso, a ClearSpace UK se concentra no desenvolvimento de tecnologias centrais como sensores de alvo, navegação e robótica de captura, entre outras ferramentas. “Com esta iniciativa, a Agência Espacial do Reino Unido está permitindo que as empresas britânicas obtenham a vantagem de pioneirismo neste campo de vital importância”, disse Rory Holmes, líder da empresa.

Fonte: Gov.UK