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Destaques da NASA: fotos astronômicas da semana (12/09 a 18/09/2020)

Por| 19 de Setembro de 2020 às 11h00

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Destaques da NASA: fotos astronômicas da semana (12/09 a 18/09/2020)
Destaques da NASA: fotos astronômicas da semana (12/09 a 18/09/2020)
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Chegou o sábado, dia de separar uns minutinhos para apreciar um punhado de imagens incríveis, especialmente selecionadas pela NASA e, de quebra conhecer algumas curiosidades sobre planetas, nebulosas, asteroides, e muito mais!

A NASA aproveitou as novidades anunciadas durante esta semana para escolher imagens relacionadas às descobertas incríveis que vimos nos últimos dias. Em especial, uma imagem de Vênus, para falar sobre uma das notícias mais animadoras das últimas semanas: parece que há chance de encontrarmos vida alienígena em Vênus! Mas muita calma nessa hora, pois ainda não há nenhuma evidência concreta de que exista realmente seres vivos por lá, ok?

Também há uma bela imagem que mostra a ascensão da Lua cheia e um vídeo em timelapse que mostra mais de mil meteoros riscando o céu durante 375 noites seguidas. Quanto às tradicionais nebulosas, a imagem desta semana serve como um ótimo complemento para outra descoberta interessante sobre a formação dessas verdadeiras obras de arte cósmicas.

Asteroides também marcam presença nesta semana, representados pelo famoso Bennu, já que cientistas acabaram de descobrir que esta rocha espacial tem o curioso hábito de arremessar pedaços de sua própria superfície em direção ao espaço. Por fim, uma incrível imagem do Sol ajuda a entender outra descoberta, dessa vez sobre o ciclo solar no qual entramos neste ano de 2020.

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Sábado (12/09) — 375 noites de meteoros


Neste vídeo, mais de mil meteoros cruzaram o céu noturno. Claro, assistir ao vivo nunca será algo tão emocionante — em uma chuva razoavelmente intensa, se você tiver sorte, conseguirá ver cerca de 20 por hora. Mas vídeos de timelapse como este são uma ótima oportunidade para vermos que, na verdade, muitos objetos acabam cruzando nossa atmosfera ao longo das noites.

Para criar este vídeo, um observatório automatizado na zona rural de New South Wales, Austrália, registrou o céu durante 375 noites, das quais foram capturados quadros individuais, que então foram selecionados para a composição.

Tudo foi organizado pelo tempo sideral local (um sistema de cronometragem que usa as posições das estrelas para medir a rotação da Terra). Os quadros do vídeo também revelam o movimento aparente das constelações e do centro galáctico através do campo de visão.

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Domingo (13/09) — Borboleta cósmica

Esta é a nebulosa que restou após a morte de uma estrela de pouca massa, depois que ela ficou sem combustível para continuar sua fusão nuclear e concluiu sua evolução, tornando-se uma anã branca. Esse é o destino do nosso Sol, também. Nesse processo fúnebre, o gás da estrela é ejetado e forma verdadeiras obras de arte no cosmos, chamadas nebulosas planetárias (apesar do nome, não há relação entre elas e a formação de novos planetas).

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A nebuosa M2-9, que vemos aqui, fica a 2.100 anos-luz de distância e está representada em cores falsas para representar cada espectro de luz diferente. Essas “asas de borboleta” são formadas por duas estrelas que orbitam dentro de um disco gasoso. Isso mesmo, ela não é uma nebulosa comum, com apenas uma estrela central. Trata-se de uma nebulosa bipolar.

Cada uma dessas estrelas tem aproximadamente a mesma massa que o Sol, sendo que uma delas orbita sua parceira dentro de um disco gasoso, ejetando mais gás para formar os dois lobos. Entretanto, a história ainda não está completa. É que os astrônomos ainda não compreendem muito bem os processos físicos que causam e moldam nebulosas planetárias como esta.

Segunda-feira (14/09) — Lua Cheia do Milho

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Considerando a época em que esta Lua apareceu no céu, trata-se da Lua Cheia do Milho — a última Lua cheia do verão no hemisfério norte, importante para a época da colheita das principais lavouras dos indígenas norte-americanos, como o próprio milho. Nesta composição, ela foi fotografada no início do mês em timelapse com uma lente teleobjetiva, fazendo o nosso satélite natural parecer ainda mais impressionante do que já costuma ser.

A cena foi capturada em Portugal, embora grande parte do primeiro plano, como as luzes da vila de Puebla de Guzmán, ja esteja dentro dos domínios da Espanha. A Lua não parece maior quando está mais perto do horizonte; na verdade, trata-se de uma ilusão de ótica que faz o objeto parecer diminuir à medida que sobe acima do horizonte.

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Terça-feira (15/09) — Vida em Vênus?

Nesta samana, mais precisamente no dia 14, fomos surpreendidos pela notícia de que astrônomos encontraram um possível sinal de vida extraterrestre flutuando na atmosfera de Vênus. Uma equipe internacional de pesquisadores anunciou a descoberta de fosfina nas nuvens venusianas. Trata-se de uma substância rara, encontrada em nosso planeta na atividade industrial ou por processos realizados por microrganismos.

Isso significa que existe mesmo vida por lá? Não necessariamente. Esse tipo de detecção é de altíssima dificuldade e os pesquisadores tiveram que analisar dados e modelos complexos. Neste processo, podem existir erros ou eles podem ter até deixado de considerar informações importantes que poderiam distorcer os resultados. No momento, devemos aguardar a análise de equipes científicas independentes, que ainda será feita. Além disso, a presença de fosfina pode não ser de origem biológica.

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Por outro lado, a fosfina é considerada um biomarcador porque parece muito difícil de se criar esse elemento a partir dos processos químicos típicos de um mundo rochoso como Vênus. Portanto, as expectativas são altas e é difícil não contê-las, ainda mais porque a possibilidade de que seja, de fato, uma vida alienígena, não pode ser descartada neste momento.

A imagem acima é Vênus com suas nuvens espessas, uma foto tirada em duas faixas de luz ultravioleta pela sonda robótica japonesa Akatsuki Venus-orbing, que está por lá desde 2015.

Quarta-feira (16/09) — Pedaços de Bennu

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No início do mês, a NASA descobriu que o asteroide Bennu, que no momento é visitado pela sonda OSIRIS-REx, ejeta pedaços de sua própria superfície em direção ao espaço, uma informação pode dar aos cientistas uma nova perspectiva sobre asteroides.

Ainda não se sabe exatamente porque isso acontece, mas as principais hipóteses incluem impactos de meteoroides que orbitam o Sol, fraturas térmicas repentinas das estruturas internas do Bennu, e a liberação repentina de um jato de vapor de água.

Esses eventos acontecem com mais frequência às duas horas à tarde e à noite (no horário local do Bennu), e em média são duas partículas ejetadas por dia. Enquanto algumas partículas vão embora espaço afora, outras ficam na órbita do Bennu até caírem de volta na superfície, derrotadas pela gravidade da rocha espacial. As maiores partículas podem chegar a até cerca de 6 cm de diâmetro, mas felizmente elas voam bem devagar, sem representar nenhum risco à OSIRIS-REx.

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Quinta-feira (17/09) — Ciclo solar 25

Os dados mensais coletados por observadores de todo o mundo indicam que o surgimento de manchas solares atingiu a quantidade mínima em dezembro de 2019, marcando o início do Ciclo Solar 25. Cada ciclo dura aproximadamente 11 anos, e na metade desse período acontece o máximo solar, que é quando há a maior quantidade de manchas do ciclo.

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No final de 2019, o Sol estava em sua atividade mínima, e é este Sol que vemos no lado direito da imagem acima. Em contraste, o lado esquerdo mostra no máximo solar, conforme detectado em abril de 2014, durante a metade do Ciclo Solar 24 — que foi relativamente calmo. As previsões são de que o ciclo 25 também será calmo, mas não inferior. Isso significa podemos ver um aumento da atividade solar nas próximas décadas.

A atividade máxima do ciclo 25 é esperada para julho de 2025, e deve ser semelhante à de abril de 2014. O Ciclo Solar 1, o primeiro a ser acompanhado com registros de dados de manchas solares, começou com o mínimo solar em fevereiro de 1755, relata a NASA. Em 1859, ocorreu a maior tempestade solar já registrada, durante o auge daquele ciclo solar.

Sexta-feira (18/09) — Espiral de braço único

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A Arp 78, também conhecida como NGC 772, é uma galáxia espiral localizada a cerca de 100 milhões de anos-luz de distância, na direção da constelação de Áries. Ela tem 100.000 anos-luz de diâmetro e exibe apenas um braço espiral externo nesta imagem. Logo acima, à direita, podemos ver também a NGC 770, uma galáxia elíptica anã, companheira da Arp 78.

Na verdade, a Arp 78 tem várias galáxias satélites, sujas forças de maré provavelmente causaram o surgimento do braço espiral único da galáxia maior. Duas supernovas já foram observadas na NGC 772.

Fonte: APOD