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Vingadores Sombrios e os planos de La Fontaine: quais os próximos passos do MCU?

Por  • Editado por Jones Oliveira | 

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Divulgação/Marvel Studios, Screenrant
Divulgação/Marvel Studios, Screenrant
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Todo mundo está empolgado com a criação do multiverso e os impactos disso no futuro do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU, na sigla em inglês). Só que, enquanto isso, uma outra trama vai se desenhando sem muito alarde ao longo dos filmes e séries, indicando a formação de uma nova equipe de super-heróis que certamente vai mexer e muito com as futuras produções do Marvel Studios. Mas o que a gente sabe sobre esses “novos Vingadores” que começaram a ser construídos em Viúva Negra e Falcão e o Soldado Invernal?

Há quem diga que seja o primeiro passo para a criação dos Vingadores Sombrios, enquanto outros apostam nos Thunderbolts. Mas a verdade é que, até agora, não temos nada muito concreto e, justamente por isso, ninguém sabe ao certo qual é o plano de Kevin Feige para esse lado mais pé-no-chão do universo Marvel. Nada, exceto que há um nome por trás de tudo isso: Condessa Valentina Allegra de Fontaine, a personagem vivida por Julia Louis-Dryfus.

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Até agora, ela apareceu apenas duas vezes dentro do MCU e já se apresentou como alguém influente e envolta em muito mistério — algo que lembra muito o próprio Nick Fury (Samuel L. Jackson), diga-se de passagem. E, assim como o caolho, ela também vem recrutando alguns superpoderosos para algo que a gente não tem muita certeza do que se trata, mas com uma familiaridade incrível em relação à formação dos Vingadores originais.

A diferença é que, no caso dela, as coisas parecem bem mais dúbias do que com os Heróis Mais Poderosos da Terra. Isso fica claro já em sua primeira aparição em Falcão e o Soldado Invernal, quando ela deixa claro que não se importa com os rompantes de loucura de John Walker (Wyatt Russell) e faz dele o Agente Americano. Em Viúva Negra, isso fica ainda mais evidente quando ela dá a Yelena (Florence Pugh) a missão de assassinar o Gavião Arqueiro (Jeremy Renner).

E a grande pergunta que fica é justamente o que a Marvel está planejando a partir disso.

O que vem por aí?

Bem, na verdade, é difícil dizer. Embora esteja claro que Fontaine está mesmo formando seu time de heróis — se é que podemos chamá-los assim —, a Marvel não deixou muitas pistas sobre seus próximos passos em relação a essa história. Algumas coisas são óbvias, como o fato de esse novo grupo espelhar os Vingadores, mas muito mais cinza, ou seja, com uma moral questionável e fazendo coisas que os originais jamais fariam.

Por isso mesmo é que os fãs de quadrinhos acreditam que a Marvel está dando seus primeiros passos para introduzir os Vingadores Sombrios ou os Thunderbolts ao MCU, dois grupos de personagem igualmente ambíguos que já apareceram nas HQs e que se encaixam no que os filmes e séries estão desenhando.

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Os Vingadores Sombrios surgiram nas revistas em 2009, depois da saga Invasão Secreta, quando o universo Marvel ainda estava se recuperando do ataque Skrull e ninguém sabia quem era herói de verdade e quem era um alienígena infiltrado. Foi nessa época que Norman Osborn reuniu um grupo de vilões, como Venom e o Mercenário, e deu a eles novas identidades inspiradas nos Vingadores que a gente conhece e impediu que os ETs verdes conquistassem a Terra.

Com isso, o inimigo do Homem-Aranha ganha uma nova reputação e usa isso a seu favor para conquistar poder e influência dentro do universo Marvel, chegando a desmantelar a SHIELD e formar uma unidade de inteligência própria — a HAMMER. Em paralelo, ele oficializa sua própria formação dos Vingadores, composta por heróis não tão mocinhos assim e alguns vilões. Eram eles:

  • Norman Osborn como Patriota de Ferro
  • Sentinela
  • Ares
  • Noh-Varr
  • Rocha Lunar como Capitã Marvel
  • Venom como Homem-Aranha
  • Mercenário como Gavião Arqueiro
  • Daken como Wolverine
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Vale destacar que essa história toda se passa depois da saga Invasão Secreta e o Marvel Studios já anunciou que teremos uma série no Disney+ que será baseada nesse arco, o que pode indicar que o MCU pode repetir a estrutura de forma bastante parecida, ou seja, com a tal invasão Skrull acontecendo e, ao invés de vermos Norman Osborn salvando o dia para a opinião pública, teríamos Val de la Fontaine desempenhando esse papel junto de seu grupo de heróis bastante questionáveis.

É claro que há algumas diferenças fundamentais em relação aos quadrinhos, como o fato de o cinema não ter apresentado os Skrulls como uma raça vilanesca. Tanto que Nick Fury se tornou aliado deles, como vimos em Capitã Marvel.

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Contudo, isso pode ser usado dentro do próprio roteiro, com o mundo enxergando os alienígenas como uma ameaça e que o fato de Fury estar ao lado deles seria uma forma de desacreditar todo seu trabalho até então. E esse vácuo de poder gerado pela série é que colocaria os Vingadores de La Fontaine como o time principal do MCU por um tempo.

Um ponto interessante de relembrar é que, em 2018, surgiu um rumor de que o Marvel Studios teria encomendado um roteiro para adaptar o arco Vingadores Sombrios. A história nunca se tornou oficial e, por isso, acabou sendo engolida pelos vários anúncios feitos pelo estúdio. Assim, não seria de se estranhar que esse projeto tomou forma e evoluiu para a história que a gente começou a ver agora. Mas, novamente, nada disso foi confirmado por Kevin Feige e companhia.

E os Thunderbolts? 

Outra possibilidade aventada é que La Fontaine não estaria formando os seus Vingadores, mas os Thunderbolts. Nos quadrinhos, esse grupo funciona quase como o equivalente da Marvel do Esquadrão Suicida, ou seja, como um grupo de vilões que atua a mando do governo — com uma ou outra alteração em seu conceito ao longo das histórias.

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E assim como no grupo da DC, os Thunderbolts já tiveram diversas formações, indo desde vilões adotando a persona de heróis até bandidos assumindo a função de espiões governamentais. Justamente por causa dessa maleabilidade narrativa, seria fácil adequá-los ao cinema e às séries.

A ideia de que os Thunderbolts viriam para o MCU também não é nada nova e por muito tempo foi cogitada pelos fãs, ainda que sem muita força pela mania da Marvel de sempre matar seus vilões nos filmes. Ainda assim, a entrada de Val de La Fontaine na história fez o pessoal voltar a cogitar essa possibilidade.

E isso se encaixaria na história de uma forma bem mais simples. Afinal, depois de Vingadores Ultimato, não temos mais um grupo de heróis formalmente protegendo a Terra de ameaças e seria nessa lacuna que a personagem iria se encaixar e oferecer uma solução, com heróis que lembram aquele que o público conhece, mas muito mais controláveis e abertos a cumprir missões nada humanitárias.

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Quem seria o time? 

Como a gente não sabe qual o plano do Marvel Studios com esse grupo, não dá para nos basearmos nas formações dos Vingadores Sombrios ou dos Thunderbolts para especular o que está por vir. Por outro lado, olhar para as futuras estreias do MCU pode nos ajudar a ter uma ideia de onde mais Val de la Fontaine pode dar as caras e arregimentar mais algum nome ao seu time de superpoderosos.

O fato é que ela parece estar interessada em espelhar os Vingadores clássicos. O Agente Americano é uma versão genérica do Capitão América, enquanto Yelena é análoga à Viúva Negra. Assim, restariam vagas para os equivalentes do Homem de Ferro, Thor, Hulk e Gavião Arqueiro.

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Desse quarteto, sabemos que há uma série focada no vingador de arco e flecha chegando ao Disney+ em breve e que Yelena estará lá tentando assassiná-lo. Ao mesmo tempo, não sabemos que outros personagens estarão presentes para serem recrutados para esse outro time.

Em compensação, a vindoura série da Mulher-Hulk pode colocar tanto a personagem-título dentro dessa equipe quanto a vilã Titânia (Jameela Jamil), que volta e meia se associa a outros vilões nos quadrinhos para combater os heróis — e ela teria um nível de força grande o suficiente para cumpri o papel de Hulk. Isso sem falar que o Visão Branco (Paul Bethany) está à solta por aí e que o Cavaleiro da Lua (Oscar Isaac) é um personagem maluco o suficiente para ser engabelado por La Fontaine.

E o multiverso?

Só que, por mais que muitas peças se encaixem, nada dessa narrativa parece estar de acordo com a outra trama que a Marvel está desenhando com o multiverso. Segundo o cronograma do MCU divulgado até agora, os próximos filmes devem apostar bastante nessa ramificação das realidades que vimos em Loki, começando por Homem-Aranha: Sem Volta para Casa e Doutor Estranho no Multiverso da Loucura e avançando para as demais produções.

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Tudo soa tão grandioso que é difícil ver esses Vingadores Série B dentro da trama — a não ser, é claro, que o Marvel Studios esteja preparando essa história paralela para se desenrolar nas séries.

O mesmo cronograma também apresentou diversos seriados para o Disney+, que incluem ainda os já citados Mulher-Hulk, Cavaleiro da Lua, Ms. Marvel, Invasão Secreta e ainda Ironheart. E, sob essa perspectiva, essa história parece funcionar bem melhor.

Assim, enquanto os heróis de níveis cósmicos estariam encarando esse confronto de realidades e a vinda de Kang, o Conquistador, teríamos outros heróis lidando com a ascensão de Val de La Fontaine, as consequências de ter alguém assim no poder e o surgimento de uma resposta a isso. E poderia ser nessa toada que os Jovens Vingadores poderiam ser introduzidos, por exemplo, uma vez que o grupo que já vem sendo sugerido pelo Marvel Studios há algum tempo.

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Dessa forma, enquanto teríamos um time de heróis bastante dúbios impondo uma paz armada sobre o mundo — quase como uma milícia de superpoderosos ou algo bem próximo de The Boys —, veríamos o surgimento de uma outra equipe para representar uma nova geração de heróis que inspiram esperança, possivelmente composta por Wiccano, Célere, Miss Marvel, Mulher-Hulk e Ironheart.

É claro que nada disso foi confirmado até o momento, mas algumas dessas peças já foram postas no tabuleiro do MCU e não seria de se estranhar caso víssemos as coisas se movendo nessa direção. Isso significa que vai ser dessa forma? Claro que não, já que os primeiros dez anos de Marvel Studios nos mostraram como eles conseguem nos surpreender. Só que eles também nos ensinaram que nada do que aparece em suas produções está lá por acaso e que sempre há um gancho para ser reaproveitado lá na frente — e Val de La Fontaine com certeza será um deles.