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Shang-Chi | Vilão Mandarim será mais profundo e complexo do que todos esperam

Por| Editado por Jones Oliveira | 04 de Agosto de 2021 às 11h15

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Reprodução/Marvel Studios
Reprodução/Marvel Studios
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Apesar de já termos alguns trailers que mostram bem o papel de WenWu/Mandarim dentro de Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis, o vilão do novo filme do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU, na sigla em inglês) deve ser apresentado como um personagem bem mais profundo do que a gente espera, seja por causa de sua base nos quadrinhos ou por causa daquilo que a gente já viu em Homem de Ferro 3.

Em entrevista à revista Empire, o corroteirista do filme, David Callaham, e o diretor Destin Cretton falaram sobre a segunda chance do vilão Mandarim no MCU, uma vez que o estúdio decidiu ignorar o inimigo de Tony Stark que, na verdade, era um ator. E, segundo eles, o verdadeiro Mandarim será alguém muito mais complexo e até mesmo empático do que vimos anteriormente.

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De acordo com Cretton, a primeira grande preocupação foi não tornar o vilão um estereótipo, como acontece nas HQs. Nos gibis da Marvel, o Mandarim é a caricatura do chinês do mal, com cabelo comprido, cavanhaque e longas vestes — algo próximo do que vimos recentemente nos cinemas com o vilão Shang-Tsung, de Mortal Kombat —, uma representação que já se mostrou bastante incômoda para a China, um dos principais mercados mundiais.

Assim, a solução encontrada foi deixar tudo isso de lado e focar nas motivações do personagem, justificando o porquê de suas ações. “Nossa versão do personagem não é o Mandarim na forma que as pessoas estão esperando que ele seja”, afirmou o roteirista. “O Mandarim é um título que deram a ele no passado por pessoas que não entendiam sua cultura — mas ele é muito mais profundo que isso e do que as pessoas esperam”.

Já o diretor do filme disse que é justamente essa relação com o pai de Shang-Chi que o conectou com os quadrinhos do herói. Para ele, o mais importante de tudo é entender a raiz de toda a raiva e dor que WenWu sente e que esse foi o grande objetivo de toda a equipe na hora de construir esse personagem. “E provavelmente o nosso maior medo era criar um Mandarim que contribuísse com o estereótipo do ‘Perigo Amarelo’ que ainda existe por aí”, desabafou Cretton.

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O “Perigo Amarelo” é um estereótipo que foi muito comum no início do século XX, principalmente durante os períodos da Segunda Guerra Mundial e Guerra Fria, em que existia essa imagem de uma ameaça oriental, inicialmente personificada nos japoneses e, depois, nos chineses. Esse imaginário reforçou muito questões racistas relacionadas a essas culturas e povoou principalmente a cultura pop, que representava essas etnias de forma caricata e exagerada — e quase sempre vilanesca ou ridícula, quando não ambas. E esse sentimento voltou à tona recentemente após a expansão comercial da China, os atritos com os EUA durante o governo Donald Trump e, principalmente, a pandemia da COVID-19, que iniciou justamente no país asiático.

Por isso, o cuidado por parte do Marvel Studios para evitar cair nessas armadilhas faz todo o sentido. Além do fato de que apresentar um vilão mais profundo e complexo é algo que faz muito bem para o próprio filme também, como vimos com Killmonger em Pantera Negra.

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Assim, o Mandarim já desponta como uma das coisas mais interessantes de Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis, ainda mais quando lembramos que sabemos muito pouco sobre essa “raiva e dor” a que o diretor se refere, já que quase nada disso foi mostrado até agora e que os trailers focaram principalmente na relação de pai e filho que ele tem com o protagonista.

Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis chega aos cinemas no dia 3 de setembro e, ao contrário do que aconteceu com Viúva Negra, ele não estará disponível via Premier Access no Disney+.

Fonte: Empire