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Disney anuncia fim do Premier Access e novo esquema de lançamentos no Disney+

Por  • Editado por Jones Oliveira | 

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Reprodução/Marvel Studios
Reprodução/Marvel Studios

A Disney anunciou nesta quinta-feira (12) a aposentadoria oficial do Premier Access, sistema que exigia um pagamento adicional aos assinantes do Disney+ na hora de assistir aos principais lançamentos da marca. Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis, que estreia em 03 de setembro, será lançado primeiro nos cinemas e chegará à plataforma 45 dias depois, sem cobranças para os usuários.

O novo formato seria um experimento, conforme comentou o CEO da Disney, Bob Chapek. Segundo o executivo, a ideia é ampliar a retomada que já acontece em parques e outras atrações da marca, com um modelo que privilegie o cinema, mas que não deixe o streaming tão atrás assim. A fala também dá a entender que a dinâmica pode mudar, ainda que a informação seja taxativa quanto ao abandono do modelo do Premier Access.

Usado mais recentemente em longas como Cruella, Viúva Negra e Jungle Cruise, o formato exigia dos assinantes do Disney+ o pagamento de uma taxa adicional. Ou seja: além da assinatura do serviço em si, que no Brasil custa R$ 27,90, o acesso aos longas custava mais R$ 69,90, em um sistema que foi comentado pela companhia como uma forma de justificar o lançamento fora das salas de cinema.

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O primeiro indício de que o Premier Access estava sendo repensado, entretanto, veio com o lançamento de Free Guy: Assumindo o Controle, que estreia na próxima semana no Brasil. O longa com Ryan Reynolds também não estará disponível no Disney+ em seu lançamento, enquanto o relatório financeiro da Casa do Mickey não explica se a dinâmica aplicada a Shang-Chi também valerá para ele.

Chapek chegou a citar o filme ao comentar os resultados financeiros. Segundo ele, a ideia original era lançar os dois filmes apenas no cinema, mas a variante Delta do novo coronavírus fez com que a empresa tivesse que buscar alternativas. Entretanto, não houve tempo para garantir os esforços de licenciamento e aspectos práticos envolvidos na liberação de Free Guy pelo Premier Access, enquanto a chegada de Shang-Chi, um pouco mais distante, deu espaço para que a Disney pensasse em um modelo diferente.

Ainda segundo o executivo, a nova variante, mais transmissível e que levou a um aumento brusco de casos nos Estados Unidos, está tendo um impacto significativo no mercado de entretenimento, já bastante surrado desde o início da pandemia. Ainda assim, foi mantida a decisão de lançar tanto Shang-Chi quanto Free Guy nos cinemas, enquanto o longa da Marvel será o primeiro a contar com a nova mecânica que pode se tornar o padrão daqui em diante.

Outra possibilidade para o filme estrelado por Reynolds é o Star+, plataforma que também pertence à Disney e que, no Brasil, será lançada no dia 31 de agosto. O conteúdo do longa, com violência e algumas piadas mais pesadas, se encaixa com a linha do serviço, que deve contar com produções mais adultas do portfólio da Marvel, como Deadpool e Logan, além de títulos como 24 Horas, Arquivo X, Sons of Anarchy e outros. Por enquanto, entretanto, nada confirmado.

Em Free Guy: Assumindo o Controle, Ryan Reynolds é um coadjuvante em um game de sucesso com cara de GTA que acaba percebendo a própria condição de NPC e quebra as barreiras do próprio game. Já Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis é baseado no herói da Marvel, que foi treinado pelo pai para ser um assassino, mas acabou preferindo seguir uma vida normal nos EUA, até que seu passado volta para o colocar em ação.

Fonte: Polygon