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Como Doutor Estranho no Multiverso da Loucura impacta o futuro do MCU?

Por| Editado por Jones Oliveira | 09 de Maio de 2022 às 19h00

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Marvel Studios
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Agora que a poeira mística em torno de Doutor Estranho no Multiverso da Loucura começou a baixar e os ânimos dos fãs estão um pouco mais calmos, é hora de olhar para frente e entender como o novo longa mexe com o futuro do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU, na sigla em inglês). Afinal, para um filme que mexeu com realidades alternativas desse jeito, as expectativas são enormes, não?

O curioso é que, na verdade, não. Apesar das expectativas de vermos grandes implicações dessas outras realidades dentro do MCU, a verdade é que Multiverso da Loucura funciona quase como um capítulo isolado. Com exceção de suas conexões diretas com WandaVision, todos os eventos-chave acontecem dentro de sua história e também se resolvem nela. Para quem esperava um grande filme-evento, encontrou mais um episódio fechado da grande saga Marvel.

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Por isso mesmo, as implicações do novo Doutor Estranho para o futuro soam tão enigmáticas quanto os mistérios místicos protegidos pelo Mago Supremo. Não há grandes pontos de entrada para essa trama que todo mundo queria ver se desenhando, embora uma ponta ou outra possam se desdobrar em um futuro próximo. Na verdade, Multiverso da Loucura é quase um arco de fechamento para alguns personagens — e isso, sim, pode mexer com o MCU.

Atenção! A partir daqui, este texto contém muitos spoilers de Doutor Estranho no Multiverso da Loucura!

Histórias de fechamento

Se o filme não deixa muito claro as suas pontes para o futuro, por outro lado, fica evidente o quanto ele é uma história de fechamento para alguns personagens. O caso de Wanda (Elizabeth Olsen) é o mais emblemático disso, como a gente já discutiu por aqui.

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A transformação da heroína em vilã era algo que já era esperado pelos fãs e que fecha todo o arco narrativo da personagem, além de ecoar a trajetória de Wanda nos quadrinhos. Tudo bem que a ideia da mulher poderosa que enlouquece é uma estrutura bastante problemática, mas o fato é que parece que não teremos mais a Feiticeira Escarlate no MCU daqui para frente.

Só que pode ser que ela não seja a única despedida — ou, pelo menos, um até logo temporário entre os próprios super-heróis. Isso porque, embora o Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch) em si não tenha pendurado o manto ao fim do filme, alguns pontos dentro e fora do roteiro indicam que isso pode estar a caminho.

A primeira questão é que temos uma evolução natural do personagem. Stephen Strange começa a trama sendo esse herói arrogante, displicente e controlador e que se vê confrontado tanto com a desconfiança de aliados quanto com as consequências desses comportamentos em suas variantes de outros universos. Todo o contato com o multiverso serviu para mostrar a ele que, caso não mudasse o seu jeito, seu destino seria se transformar em vilão da mesma forma como aconteceu com Wanda — como o Universo-838 bem mostrou.

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Assim, Multiverso da Loucura termina com Estranho entendendo isso e revendo suas posições, tanto que ele finalmente faz a reverência a Wong (Benedict Wong), o Mago Supremo.

Dessa forma, narrativamente falando, é difícil pensar para onde mais esse personagem pode ir. Todo o seu arco de amadurecimento foi concluído, com ele deixando de ser o babaca de sempre e também conseguindo se livrar das amarras do passado, simbolizado aqui pelo conserto do relógio. Em outras palavras, Doutor Estranho é um alguém completo, enfim — e isso é péssimo para novas histórias.

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Além disso, há o fato de que o próprio Benedict Cumberbatch já disse que pretende dar uma pausa na sua carreira como ator para se dedicar à paternidade. Afinal, depois de cinco filmes só do MCU em apenas oito anos, o rapaz realmente merece uma folga e é bem provável, então, que vejamos o herói entrando em um período sabático. Na Dimensão Negra, talvez?

É aí que a cena pós-créditos de Multiverso da Loucura pode ser bastante significativa para o futuro. Afinal, a aparição de Clea (Charlize Theron) pode significar muita coisa — ao mesmo tempo que pode não ser nada.

Por um lado, essa cena pode ser usada justamente para justificar a ausência do Doutor Estranho no MCU pelos próximos anos. Aconteceu uma invasão alienígena no meio de Nova York de novo? O mago estava consertando uma incursão em outra realidade. Kang, o Conquistador finalmente chegou? Pois Stephen Strange estava mais preocupado em resolver algo na Dimensão Negra. Esse é o tipo de solução que os quadrinhos sempre adotam e que, em certa medida, funciona.

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Em contrapartida, há quem veja na introdução de Clea um ensaio da Marvel de dar uma aposentadoria ao Doutor Estranho ao colocar outro ser místico em seu lugar — e a personagem de Charlize Theron seria ideal para isso. Além de ela ser tão poderosa quanto o herói nas HQs e os dois terem uma relação bem próxima a ponto de já terem sido casados por um tempo, o momento atual dos quadrinhos pode ser uma grande pista.

Enquanto Doutor Estranho no Multiverso da Loucura é exibido nos cinemas, as bancas norte-americanas trazem uma nova fase do personagem nos gibis: uma fase em que o Doutor Estranho está morto e que Clea assume o posto do Maga Suprema da Terra.

Tudo isso pode ser apenas uma coincidência, claro, mas que pode ser aproveitada no futuro com toda a certeza. Supondo que devemos ver os dois personagens trabalhando em conjunto em um Doutor Estranho 3 — que não deve acontecer tão cedo —, não é tão absurdo imaginar que a despedida de Cumberbatch está a caminho e que outra personagem deve ocupar seu posto, assim como vimos recentemente com outros membros dos Vingadores.

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O único porém é que Charlize Theron não é mais uma garotinha para mergulhar em uma franquia tão longeva assim. Atualmente com 46 anos — um a mais que Cumberbatch — e com uma carreira já muito bem estabelecida, dificilmente devemos vê-la ganhando esse protagonismo. Porém, pode ser que ela seja a responsável por fazer Estranho abandonar a vida de herói, talvez?

Inspirações no multiverso

Por outro lado, o presidente do Marvel Studios, Kevin Feige, já tinha sinalizado que Multiverso da Loucura seria uma âncora desta nova fase, ou seja, que tanto a trama quanto seu personagem principal seriam peças fundamentais para a história que vem a seguir.

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À primeira vista, você vai pensar no terceiro olho do herói, algo que não foi explicado e que deixou muita gente sem entender direito as implicações da cena final. Contudo, é bem provável que isso seja tão impactante para o futuro quanto foi o olho perdido de Thor (Chris Hemsworth) em Thor: Ragnarok, que foi recuperado já em Vingadores: Guerra Infinita.

No entanto, o contato do Doutor Estranho com o multiverso pode render alguns frutos para o MCU. Afinal, e se ele se inspirar nos Illuminati para formar algo parecido dentro do Universo-616? Tudo bem que a evolução descrita já impede que ele queira algo para “tomar as decisões difíceis para o mundo”, mas uma espécie de substitutos para os Vingadores, que não existem mais.

Além disso, Stephen teve contato com heróis que desconhecia e que, apesar de ter feito troça de todos eles, o conhecimento de suas existências no Universo-838 pode justificar uma busca em seu mundo-natal. E aí podemos ver, finalmente, a introdução real dos mutantes e do Quarteto Fantástico, por exemplo.

Multiverso aberto

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Por fim, há o próprio fato de que America Chavez (Xochitl Gomez) está estabelecida em definitivo no Universo-616 e sendo treinada nas artes místicas em Kamar-Taj. Isso significa que os heróis tanto têm uma chave para o multiverso graças aos socos super-poderosos da garota, como os Jovens Vingadores são um sonho não tão distante assim.

Vale lembrar que, nos quadrinhos, America fez parte da equipe adolescente e que, aos poucos, estamos vendo uma geração de heróis recém-saídos da puberdade aparecendo no MCU.