Meta pode lançar serviço de empréstimos e moeda própria para o metaverso

A Meta ainda tem planos para lançar uma moeda virtual, tokens variados e um serviço de empréstimo atrelado aos seus aplicativos. Ao menos foi isso que apurou o jornal Financial Times em uma reportagem sobre os planos da controladora de Facebook, Instagram e WhatsApp.

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Segundo o jornal, a gigante das mídias planeja criar uma moeda virtual própria para uso do seu metaverso. O nome ainda não está definido, por isso a equipe teria apelidado de "Zuck Bucks" (algo como "grana do Zuckerberg", em tradução livre).

Essa é uma decisão que surpreende, afinal o conglomerado acabou de abandonar um projeto de anos para implantação da stablecoin Libra/Diem. A ideia era ter uma criptomoeda atrelada ao valor do dólar para realizar transações em produtos da empresa. Por alguma razão desconhecida, o desenvolvimento foi suspenso e os direitos vendidos para o Silvergate Bank por R$ 1 bilhão, em fevereiro de 2022.

O Financial Times disse que a moeda digital não será baseada em tecnologia blockchain, como o Bitcoin e o Ethereum. Na verdade, ela funcionaria como tokens digitais controlados integralmente pela empresa em seus aplicativos. Com o desenvolvimento do metaverso, é natural que a empresa se volte para criar uma economia dentro do ecossistema.

A novidade parece estar em estágio inicial de desenvolvimento, portanto ainda não dá para saber exatamente o que esperar. Usar a blockchain implicaria na descentralização dos serviços, algo que Mark Zuckerberg não parece estar interessado no momento.

Sistema de empréstimos

Mas a incursão da Meta não para apenas na sua moeda própria. Um serviço de empréstimos para pequenas empresas estaria no foco dos objetivos, como forma de entregar uma funcionalidade alternativa aos serviços financeiros tradicionais.

Não está claro quais os critérios nem se o "Banco Facebook" chegaria para outros países além dos Estados Unidos. Se a ideia ganhar força, seria mais um tentáculo da Meta na vida das pessoas, desta vez no ramo econômico. Hoje, a empresa já tem um sistema de pagamentos (Facebook Pay/WhatsApp Pay), mas o serviço funciona apenas como uma intermediação de transações.

Recentemente, a companhia disse trabalhar na integração de tokens não fungíveis (NFTs) no Facebook e no Instagram, em um modelo parecida com a adotada pelo Twitter. Esse seria um primeiro passo para começar a trazer conceitos de metaverso e web 3.0 para a realidade de pessoas que ainda desconhecem estas tecnologias.

Em entrevista para o jornal, um porta-voz da Meta teria se recusado a comentar esses rumores. “Consideramos continuamente novas inovações de produtos para pessoas, empresas e criadores. Como empresa, estamos focados em construir soluções para o metaverso e isso inclui como serão os serviços financeiros e de pagamentos”, disse via nota.

Fonte: Financial Times