Rebel Moon | 4 coisas que deram muito errado no filme
Por André Mello • Editado por Durval Ramos |
Rebel Moon, nova produção dirigida por Zack Snyder e dividida em duas partes foi lançada na Netflix com o nome de Rebel Moon - Parte 1: A Menina do Fogo. O pontapé inicial de uma nova franquia pode ter sido dado dependendo da audiência do filme, mas a sua qualidade ficou bem abaixo do esperado, que já não era muito.
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A promessa de criar um épico de ficção-científica não ficou além de palavras ao vento e muito marketing, já que o resultado entregue não empolga em nenhum momento e tampouco faz com que o espectador tenha vontade de ver o desdobramento dessa história. Com personagens pouco desenvolvidos e com todos os cacoetes possíveis de Snyder — do uso exagerado da câmera lenta à fotografia pesada —, é difícil achar pontos para defender A Menina do Fogo. Porém, sobram motivos para reclamar.
Com a primeira parte de Rebel Moon rodando no streaming, é possível elencar alguns dos motivos que fizeram a produção dar errado, sendo que essa não é uma tarefa muito difícil, já que os problemas do filme de Zack Snyder são gritantes para todos.
4. Visualmente horroroso
Geralmente, os filmes de Zack Snyder podem ter seus defeitos, mas ninguém pode falar que não existem cenas visualmente impressionantes. O trabalho do diretor de fotografia Larry Fong, que trabalhou com Snyder em Batman Vs Superman, Sucker Punch e Watchmen, ajudava a elevar cenas desses filmes.
Com Snyder assumindo o papel de diretor de fotografia em Rebel Moon, vemos que toda aquela visão tão celebrada vinha de outras pessoas, já que o filme é o mais feio de sua carreira. Cenas com iluminação que gritam que tudo foi feito em estúdio e outras que parecem ter fundo de peça de teatro de colégio de tão fora de foco e esquisitas que são, marcam o filme. Pouca coisa se destaca e, quando o faz, é negativamente.
3. Atuações robóticas
Rebel Moon tem um elenco consideravelmente grande, com nomes como Sofia Boutella (A Múmia), Djimon Hounsou (Gladiador), Charlie Hunnam (Sons of Anarchy) e até mesmo Sir Anthony Hopkins (O Silêncio dos Inocentes), que entrega a melhor atuação do filme, sendo apenas a voz de um robô que aparece em três cenas.
O trabalho dos atores é bastante prejudicado pelo material que eles têm para desenvolver seus personagens e a maneira como as interações entre eles acontece. Tudo é bastante engessado, muitas das conversas soam pouco naturais e a vontade de tentar fazer o texto mais sério e importante do que realmente é acaba sendo um problema para os atores. Fora que a maioria é mal utilizada na história.
2. História nada original
Rebel Moon nasceu como uma tentativa de Zack Snyder dirigir um filme do Star Wars, que foi rejeitada após a Disney comprar a Lucasfilm. O diretor mudou alguns elementos e correu para o abraço — e isso fica evidente ao assistir à produção que estreou na Netflix.
Toda a trama de A Menina do Fogo parece com algo que um adolescente que quer ser levado a sério escreveria após assistir a Star Wars e achar que poderia fazer melhor. Situações tentam ser mais violentas e sérias para parecerem mais adultas, mas só parece extremamente genérico e sem alma. É quase como se a ChatGPT tivesse sido usada para reescrever Uma Nova Nova Esperança.
1. Ação capenga
Quando tudo dá errado em um filme de Zack Snyder, pelo menos poderíamos ter certeza de alguns momentos visualmente impressionantes e certa criatividade em criar um espetáculo de ação, com impacto que variava conforme o gosto do espectador. Em Rebel Moon, não temos nem isso para se consolar.
Todas as cenas de ação do filme são esquecíveis ou simplesmente ruins. O uso de câmera lenta, marca do diretor, é feito de maneira às vezes até aleatória, destacando problemas na coreografia de ação, deixando momentos parecerem bastante amadores.
Caso você ainda tenha ficado curioso, Rebel Moon - Parte 1: A Menina do Fogo está disponível na Netflix.