Publicidade

Rebel Moon | Como o Star Wars rejeitado virou a nova aposta de Zack Snyder

Por  • Editado por Durval Ramos | 

Compartilhe:
Netflix
Netflix
Zack Snyder

Zack Snyder está à solta mais uma vez e pronto para lançar sua mais nova história original. Mais do que um filme, Rebel Moon é sua mais recente tentativa de emplacar um universo cinematográfico com dois filmes exclusivos para a Netflix, que já sinalizou ver potencial para ainda mais histórias. Só que, por trás de tudo isso, há toda uma saga de rejeição, retomada de ideias e o fato de todo esse conceito espacial e revolucionário não ser tão original assim.

Rebel Moon – Parte 1: A Menina do Fogo chega à Netflix no próximo dia 20 de dezembro, enquanto sua sequência, Rebel Moon - Parte 2: A Marcadora de Cicatrizes estreia apenas em abril de 2024. E, desde as primeiras informações sobre o projeto, ele sempre foi apresentado como uma história inspirada em Star Wars, mas com um tom mais maduro. Só que essa inspiração foi um pouco além de ser apenas isso. Na verdade, estamos falando de umroteiro que foi recurso em uma galáxia muito distante.

Canaltech
O Canaltech está no WhatsApp!Entre no canal e acompanhe notícias e dicas de tecnologia
Continua após a publicidade

Rebel Moon nasceu como um filme de Star Wars

Desde o início da sua carreira como diretor, Zack Snyder teve certa facilidade para conseguir trabalhos relativamente difíceis e com bagagem. Sua estreia, Madrugada dos Mortos, era um remake de um clássico de horror. 300 uma adaptação de uma graphic novel de Frank Miller. O homem conseguiu dirigir até uma adaptação de Watchmen, obra-prima de Alan Moore e considerado um dos quadrinhos mais importantes de todos os tempos.

Então, não é absurdo pensar que, em algum momento, Snyder teve conversas com a Lucasfilm sobre a possibilidade de dirigir um filme dentro do universo de Star Wars. O próprio diretor conta isso. Segundo ele, pouco antes de a empresa ser vendida para a Disney, em 2012, houve conversas sobre uma ideia de filme que se passaria dentro do universo criado por George Lucas, mas com uma temática mais adulta.

Quando o Mickey assumiu tudo, todos os planos para a marca Star Wars mudaram e a proposta feita por Snyder acabou nunca saindo do papel. Ele não desistiu da ideia e mudou alguns elementos para que se transformasse em uma história original, chegando a oferecer o projeto para Warner Bros, como filme ou jogo de videogame — o que também acabou não acontecendo.

Deixado de lado várias vezes, o projeto só foi ganhar tração após Snyder ter feito um acordo com a Netflix, que produziu um épico que precisou ser dividido em duas partes. Como se isso não fosse suficiente, o diretor já comentou que os longas devem receber versões estendidas após o seu lançamento inicial no streaming.

Mas qual é a história de Rebel Moon?

Rebel Moon - Parte 1: A Menina do Fogo tem uma história com elementos claramente inspirados em Star Wars, chegando até ter a presença de sabres de luz. Segundo Zack Snyder, o filme também traz fortes inspirações em trabalhos do diretor Akira Kurosawa e da revista em quadrinhos Heavy Metal.

Continua após a publicidade

Tanto que a trama geral soa mesmo bastante familiar. De acordo com as descrições oficiais da Netflix, Rebel Moon se inicia com Kora (Sofia Boutella), uma jovem que guarda um passado misterioso, dando início a uma nova vida numa colônia pacífica de fazendeiros após fazer um pouso de emergência em uma lua localizada nos confins do universo.

Ela logo se transforma na única esperança de sobrevivência desse povo quando o tirânico regente Balisarius (Fra Fee) e seu cruel emissário, o Almirante Noble (Ed Skrein), descobrem que os agricultores venderam suas safras para os irmãos Bloodaxe (Cleopatra Coleman e Ray Fisher), os líderes de um grupo de insurgentes caçados pelo Mundo-Mãe. 

Encarregados de encontrar pessoas dispostas a arriscar a vida em defesa do povo de Veldt, Kora e Gunnar (Michiel Huisman), um fazendeiro bondoso e ingênuo para a realidade da guerra, viajam entre mundos à procura dos irmãos Bloodaxe e conseguem reunir um pequeno grupo de guerreiros que têm em comum uma necessidade de redenção: o piloto e assassino de aluguel Kai (Charlie Hunnam), o lendário General Titus (Djimon Hounsou), a espadachim Nêmesis (Doona Bae), o prisioneiro com um passado real Tarak (Staz Nair) e Milius (E. Duffy), integrante da resistência. 

Continua após a publicidade

No retorno a Veldt, Jimmy (dublado por Anthony Hopkins na versão em inglês), um robô antigo que se escondeu para acompanhar o grupo, desperta com um novo propósito. No entanto, esses novos revolucionários precisarão aprender a confiar uns nos outros para lutar em conjunto antes que os exércitos do Mundo-Mãe os aniquilem.

Como dito, toda essa trama soa muito familiar com a trama básica de Star Wars. A semelhança não está apenas nos sabres de luz, mas na ideia de um império do mal, da heroína fazendeira de passado mais complexo e da união desses rebeldes pela galáxia para enfrentar essa potência maligna. 

Mais uma vez, é uma influência que o diretor Zack Snyder nunca escondeu, já que ele anunciou o filme falando que iria fazer a sua versão de Guerra nas Estrelas. Pois agora chegou a hora de ver se os estúdios vão se arrepender de terem recusado esse roteiro ou se fizeram bem em ignorá-lo por tanto tempo.

Continua após a publicidade

Rebel Moon - Parte 1: A Menina do Fogo estreia dia 22 de dezembro, exclusivamente na Netflix.