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15 filmes de terror raiz para assistir no Prime Video

Por| Editado por Jones Oliveira | 14 de Abril de 2020 às 09h54

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Cada época tem o seu terror da moda, um subgênero, um estilo ou tipo de história que conquista a maioria do público. É difícil analisar o que nos é contemporâneo, mas parece que estamos em uma época em que um filme de terror, para ser considerado como tal, precisa fazer as pessoas perderem o sono de medo e saltarem das poltronas a cada cinco minutos.

Mas a verdade é que bons filmes de terror não têm obrigação nenhuma de nos afetar em um nível tão profundo e mesmo um drama ou uma comédia pode surtir o efeito de um terror sobre uma pessoa que tem medo daquilo que está vendo, portanto sentir medo ou não diz respeito às nossas próprias crenças e medos.

Para provar isso, hoje o Canaltech resolveu listar filmes de terror raiz para assistir no Prime Video. Alguns são bem diferentes, podem ou não lhe arrepiar, mas todos têm sua importância histórica..

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15. Ringu

O horror oriental teve um auge em que foi considerado absolutamente aterrorizante, mas hoje produções como Ringu já são muito mais relíquias cult. Ainda assim, a direção de filmes como Ringu (O Chamado) e Ju-On (O Grito) viajaram o mundo e acabaram influenciando filmes como Sobrenatural, do diretor malaio James Wan.

O contato com esse tipo de cinema não só amplia nossos conhecimentos para além de Hollywood, mas também nos coloca em contato com outros tipos de linguagem, outras formas culturais de se fazer terror e, a partir disso, é um exercício muito válido ver como tudo isso foi adaptado para a cultura ocidental com remakes norte-americanos como O Chamado (2002), de Gore Verbinski, e O Grito (2002), de Takashi Shimizu (mesmo diretor do original de 2000).

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14. A Casa dos 1000 Corpos

Há quem questione a qualidade do metaleiro Rob Zombie como diretor, mas de uma coisa é difícil de discordar: ele com certeza é um grande fã de terror. Assim como sua produção musical tem muito do gênero, o que é possível notar inclusive na construção da sua aparência artística, seus filmes são perfeitos clássicos trash, o suprassumo de filmes como O Massacre da Serra Elétrica (1974, Tobe Hooper).

Rob Zombie não tem medo de chocar e não somente A Casa dos 1000 Corpos está no catálogo do Amazon Prime Video, mas também a sequência Rejeitados pelo Diabo(2005). Acho uma pena que As Senhoras de Salem (2012) não esteja também na lista, pois adoraria advertir com mais afinco que Rob Zombie não é uma pessoa muito preocupada em respeitar as religiões alheias, podendo soar ofensivo para alguns espectadores.

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13. Psicopata Americano

Como o próprio nome já indica, é um filme de psicopata, mas com o adicional de fortes inclinações ao slasher. Estrelado por Christian Bale, o filme tornou-se um clássico instantâneo: a psicopatia do personagem é perfeitamente transparente na atuação e ganha uma proporção ainda maior nas mãos da diretora e roteirista Mary Harron, que demonstra como a "perfeição" de alguém pode ser completamente enganadora.

A ideia de que um psicopata pode vir de qualquer classe social não é bastante difundida. Nesse cenário, é um oásis vermos a retratação de um executivo com uma vida perfeita que, na verdade, é um monstro (o que lembra bastante o processo mental de Alex DeLarge em Laranja Mecânica).

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12. Dia dos Mortos

É uma pena que a Amazon traga apenas o terceiro filme da Trilogia dos Mortos de George A. Romero, que conta ainda com A Noite dos Mortos-Vivos (1968) e O Despertar dos Mortos (1978), mas, por outro lado, é excelente que o catálogo do serviço de streaming tenha pelo menos um filme de Romero.

Quando se fala de terror raiz, não há nome que se compare ao de Romero quando falamos de zumbis. Com uma carreira focada nesse subgênero, é importante notar que os filmes de Romero sempre guardam uma valiosa lição política por traz de zumbis que, para os nossos dias, soam bastante risíveis. Mas não importa se você verá como terrir ou como terror, de ambas as formas o filme funciona perfeitamente.

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11. Um Vampiro no Brooklyn

Nostalgia é o principal motivo pelo qual este filme está aqui. A nostalgia é tão grande que o Prime Video tem apenas a versão dublada da obra no seu catálogo.

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Embora a comédia de Eddie Murphy hoje pareça um pouco datada, não podemos esquecer que ele foi um dos grandes nomes do gênero por muito tempo. Além disso, vale lembrar que Um Vampiro no Brooklyn tem Angela Basset no elenco e uma direção de ninguém menos que Wes Craven, o diretor de A Hora do Pesadelo (1984) e Pânico (1996).

10. Na Hora da Zona Morta

Stephen King é sinônimo de terror. David Cronenberg dirigindo um roteiro adaptado a partir de uma obra de um dos maiores mestres do terror é pedir para que expectativas sejam criadas. Mas se segure: Na Hora da Zona Morta é um excelente suspense com elementos paranormais, portanto terror, mas sem a obrigação de deixar os espectadores aterrorizados.

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Esqueça o que você viu de bizarro com Cronenberg, que dirige o filme como se fosse um suspense policial com uma pitada interessante de drama, e aproveite a empatia para se colocar no lugar do protagonista. O que você faria?

9. A Bruxa de Blair

Não gosto de falar de bilheterias, mas nesse caso convém dizer que A Bruxa de Blair custou US$ 60 mil para ser feito, um valor irrisório quando falamos de cinema, e arrecadou quase US$ 250 milhões. Ao contrário de filmes que vêm de uma franquia já famosa ou que apostam em sessões 3D para elevar seus números, A Bruxa de Blair conseguiu atingir esse valor por si mesmo.

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Filmado no formato de falso documentário, A Bruxa de Blair é tão convincente que, na época, houve comentários de que o filme seria um snuff, ou seja, imagens reais de uma tragédia real, com mortes reais, o que levou muitos curiosos a verem o filme. Este é um filme que tem como qualidade central o fato de ser muito simples, ainda mais simples que seu herdeiro (que também ganhou muito gastando pouco), o primeiro Atividade Paranormal (2007, Oren Peli).

Embora não seja o primeiro falso documentário da história do cinema, certamente é um dos mais significativos. Anos depois, ainda é um filme capaz de deixar intrigado até o espectador contemporâneo e pode garantir bons sustos e um medo terrível de acampar na floresta.

A Bruxa de Blair ganhou uma sequência em 2016, com direção de Adam Wingard, que não é muito aceita por alguns fãs do original (que se tornou um verdadeiro cult, no sentido de ser um filme verdadeiramente cultuado), mas deixo aqui a minha indicação para essa sequência que está disponível na Netflix e que não deve ser confundida com O Livro De Sombras: A Bruxa de Blair 2.

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8. Madrugada dos Mortos

Sim, um remake de um George A. Romero. Mas não é qualquer remake: este é dirigido por Zack Snyder, que posteriormente faria 300 (2006) e (o infame) Batman vs Superman: A Origem da Justiça (2016), a partir de um roteiro de James Gunn, o futuro diretor de Guardiões da Galáxia (2014).

Madrugada dos Mortos não é um consenso, sobretudo para quem é fã de carteirinha do Romero. Há quem diga que é ruim, há quem diga que é um dos melhores filmes de zumbi já feitos. Como fã de zumbi, gosto demais de como o apocalipse é conduzido nesse filme, que tem uma série de exageros que agregam para a comicidade e o tornam ainda mais interessante (vale dizer aqui que, para fãs de terror, o que muitas vezes é um defeito pode se tornar a característica mais cultuada de uma obra).

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7. Donnie Darko

Basta o coelho assustador para entendermos que Donnie Darko é um terror: psicológico, bizarro e mind blowing, com um toque de slasher (subgênero em que um assassino coleciona mortes ao longo do filme).

Donnie Darko é um dos primeiros filmes de sucesso do ator Jake Gyllenhaal e ganhou fama não exatamente por ser uma referência do gênero, mas pelo boca a boca que perguntava “Você entendeu o final?”.

Este é um filme que consegue uma façanha rara, digna de clássicos como 2001: Uma Odisseia no Espaço: conquistar público suficiente para ser cult sem que essas pessoas tenham necessariamente entendido o filme. E com isso não quero dizer que tenham entendido o que o diretor quis dizer, mas que nem sequer conseguiram construir uma interpretação própria (que é tão importante quanto qualquer interpretação).

6. [REC]

Filho de A Bruxa de Blair, [REC] é um mockumentary (falso documentário) de zumbi. Com uma trama ambientada dentro de um prédio onde as pessoas têm começado a agir de forma estranhamente agressiva, [REC] cria um ambiente mais claustrofóbico que o de A Bruxa de Blair, somado a uma trama muito mais urgente que a do seu primo Atividade Paranormal.

Todos esses contextos da história, que vão do ambiente ao formato, contribuem para que a direção possa brincar livremente com o desconhecido, com o desespero, com o escuro e com muitas surpresas, além de um final desolador.

5. A Maldição do Demônio

Fiquei realmente impressionada por ver que o Amazon Prime Video tem A Máscara do Demônio em seu catálogo, o que certifica que a plataforma tem alguns filmes de terror que são raiz de verdade. Dirigido pelo mestre italiano Mario Bava, este filme foi um marco em muitos sentidos e chega até nós hoje como uma peça histórica a ser cultuada.

Lançado em 1960, A Máscara do Demônio faz uma crítica ao governo fascista italiano de alguns anos antes, é o primeiro filme do gênero que os italianos viram depois de muitos anos e era tão violento para a época que chegou a ter a sua exibição proibida em alguns lugares. A atriz Barbara Steele, que interpreta duas personagens, entrou para o panteão das celebridades do horror ao lado de Bela Lugosi, Vincent Price e Bóris Karloff, tendo atuado com eles em outros filmes inclusive.

A estética gótica do filme, que foi propositalmente filmado em preto e branco, impressiona até hoje pelos jogos de luzes e sombras, pelos movimentos de câmera e outros quesitos técnicos. E é justamente isso que faz Bava ser tão ou mais cultuado que o próprio filme.

4. Um Lobisomem Americano em Londres

Com um toque delicioso de comédia, Um Lobisomem Americano em Londres é um dos maiores clássicos do subgênero focado em lobisomens, com a metamorfose sendo um dos pontos altos do filme (efeitos práticos, claro! E tão incríveis que ganharam o Oscar de Melhor Maquiagem).

Um filme mais leve, que na época soou como uma versão moderninha do cânone clássico (de um jeito que Crepúsculo jamais será) e ainda hoje tem uma essência de filme adolescente, o que é perfeito para filmes de lobisomem, já que trazem como centro do drama licantropo a transformação corporal indesejada.

3. O Bebê de Rosemary

O Bebê de Rosemary é um dos meus filmes de infância e algumas memórias são muito claras para mim: uma música que tocava o tempo todo e eu não sabia de onde vinha, deram algo muito ruim para Rosemary (Mia Farrow) comer e, por fim, lembro de estar vidrada na TV, enquanto me irritava por nada acontecer.

Traduzo, agora, minhas memórias de infância na genialidade de Polanski: Pour Elise, de Beethoven, tocando incessantemente transmite ao mesmo tempo uma ideia de calma e irritação, que é justamente o que a personagem central vem sentindo ao ser constantemente acalmada enquanto sua intuição lhe diz que algo está errado.

Os vizinhos trazem uma comida e obrigam Rosemary a comer pelo bem do bebê e a atuação de Mia Farrow é tão realista que pareço guardar na memória o gosto ruim que senti apenas psicologicamente assim que assisti ao filme pela primeira vez.

Nada acontece, mas tudo acontece. Isso define muito bem O Bebê de Rosemary, que tem seu grande clímax de terror somente nos minutos finais. Mas não se deixe enganar por uma trama aparentemente sem grandes acontecimentos: os detalhes e a empatia são fundamentais para sentir o horror de uma mulher grávida que vê seu filho ser transformado contra a sua vontade ainda no seu ventre.

2. Suspiria

Um dos maiores clássicos de Dario Argento, Suspiria é indispensável quando o assunto é giallo. Equivalente italiano do gênero pulp fiction, o giallo é pai do slasher e engloba uma série de filmes de suspense e romance policial.

Dario Argento vai ainda mais longe, adicionando elementos sobrenaturais e uma estética absolutamente original, com uma fotografia coloridíssima e uma direção de arte de tirar o fôlego. Suspiria é o primeiro filme da trilogia das três mães, que tem continuidade com Inferno (1980) e A Mãe das Lágrimas (2007).

Ah, e quando for assistir, não confunda com o Suspiriade Luca Guadagnino, que é um remake do clássico cult de Argento. Não confunda, mas assista, afinal é um remake que deu muito certo.

1. Hellraiser: Renascido do Inferno

Personagem favorito da minha infância (sim, eu tive uma infância incomum em termos de cinema). Mas não é por isso que este filme está aqui. Hellraiser traz uma categoria de “vilão” que me agrada tremendamente: os cenobitas não têm interesse em matar pessoas aleatoriamente, morrem aqueles que buscam pelo cubo chamado Configuração do Lamento.

Os cenobitas proporcionam uma versão absolutamente extrema do sadomasoquismo que, infelizmente, leva os humanos à morte. Este é o filme ideal para quem está procurando um terror raiz com efeitos práticos (e é uma diversão à parte tentar compreender como cada efeito foi realizado), cenas nojentas, sangue e entranhas para todo lado. Aliás, não posso deixar de mencionar que é um filme de Clive Barker, outro dos mestres.