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O céu (não) é o limite | Desviando asteroides no espaço, fotos de Marte e mais!

Por| Editado por Patricia Gnipper | 17 de Julho de 2021 às 20h00

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NSSC/CNSA/ESA/NASA/Yao/Dunn
NSSC/CNSA/ESA/NASA/Yao/Dunn

Chegou o dia dos tradicionais resumos das notícias mais impactantes da semana, e algumas delas são muito boas. O telescópio espacial Hubble, que apresentou problemas e precisou ter uma troca de seu computador de bordo por um sistema reserva, acabou de passar por este procedimento, que é bastante delicado, por sinal. Aparentemente, está tudo bem com o instrumento, e a NASA segue monitorando para garantir que tudo possa voltar a funcionar o mais rápido possível.

Além disso, os cientistas conseguiram desvendar as auroras polares de Júpiter, algo que foi um mistério durante algumas décadas. Em Marte, o helicóptero Ingenuity ajudou o rover Perseverance, e a NASA já planeja os próximos veículos que vão voar na difícil atmosfera marciana.

Confira essas e outras notícias!

Cientistas sugerem lançar vários foguetes para desviar asteroides da Terra

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Existem algumas abordagens propostas para defender a Terra de asteroides em rota de colisão, e algumas delas podem ser colocadas em prática nos próximos anos. Não que haja algum objeto em nossa direção, mas é sempre bom praticar antes que seja necessário colocar um dos planos em ação para salvar o planeta. Uma das propostas é enviar dezenas de foguetes para desviar o objeto em questão.

De acordo com o artigo, publicado por uma equipe de cientistas da China, uma frota de foguetes poderia desviar um asteroide como o Bennu, que tem cerca de 490 km de diâmetro, para desviá-lo de sua órbita original. Isso foi comprovado através de simulações de computador, incluindo 23 veículos Long March 5, com 900 toneladas cada. A estratégia seria o suficiente para desviar o Bennu para 9 km além de sua rota, o equivalente a 1,4 vez o raio do nosso planeta.

Novas fotos de Marte tiradas pelo rover Zhurong

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A China divulgou cinco novas imagens de Marte feitas pelo rover Zhurong, direto de Utopia Planitia, uma enorme cratera de impacto ao norte do planeta, com diâmetro estimado de 3.300 km. As fotos não só mostram mais da paisagem marciana (já familiar para muitos dos que acompanham as missões planetárias), como também detalham algumas rochas e a marca das rodas do rover.

Pouco se sabe sobre os movimentos e objetivos da missão chinesa, por isso essas imagens são sempre bem-vindas como atualização sobre o que o Zhurong anda fazendo por lá. Sabemos, por exemplo, que se passaram 54 dias de missão e que o veículo robótico já percorreu aproximadamente 410 metros. Por enquanto, tudo indica que as coisas vão muito bem para a missão Tianwen-1, que tem todos os seus instrumentos científicos em pleno funcionamento.

Aurora misteriosa de Júpiter é desvendada após 40 anos de dúvidas

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Assim como a Terra, Júpiter tem auroras polares, mas há algo muito estranho acontecendo com elas. É que naquele planeta, a aurora aparece não apenas ao redor dos polos norte e sul, mas também nos pontos polares mais extremos. Isso não acontece aqui em nosso planeta, onde as auroras surgem apenas em latitudes entre 65° e 80°, e o motivo para isso está reacionado às linhas abertas do nosso campo magnético.

As linhas do nosso campo magnético são “fechadas” em si mesmas, ou seja, erguem-se em um ponto do hemisfério Norte e viajam até se fecharem no hemisfério Sul, e vice-versa. Entretanto, nas linhas magnéticas das latitudes acima dos 80° — tanto ao Norte quanto ao Sul —, uma extremidade está ligada à Terra e outra se estende ao espaço interplanetário. Por isso as calotas polares não apresentam auroras.

Em Júpiter, no entanto, as auroras aparecem em comprimentos de ondas do raiox-X nas calotas polares, mesmo com linhas abertas no campo magnético dos polos. Esse mistério durou décadas, mas agora, pela primeira vez, uma equipe de astrônomos conseguiu resolver o problema e explicar que as partículas do vento solar “surfam” ao longo das linhas de campo por milhões de quilômetros no espaço e, em algum momento, colidem com o planeta, disparando a aurora.

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Ingenuity ajuda o Perseverance e NASA planeja novos helicópteros em Marte

O Ingenuity já concluiu sua missão inicial de cinco voos de demonstração de tecnologia, e agora presta alguns serviços extra. Um deles foi ajudar o Perseverance a encontrar algumas formações na superfície que podem ser perigosas para o deslocamento do rover, tais como dunas que poderiam atrapalhar o veículo. Com tamanho sucesso de desempenho, a NASA já planeja enviar mais helicópteros para Marte.

Nos próximos meses, "veremos" o Ingenuity em voos adicionais para demonstrar como ele pode funcionar nessa nova parceria com o Perseverance, o que incluirá a produção de imagens de lugares onde o rover não consegue alcançar. Além disso, o helicóptero poderá também identificar possíveis áreas para o veículo robótico explorar. Quanto aos futuros helicópteros, eles talvez possam alcançar locais que os rovers não podem acessar e transportar cargas úteis de 1,8 kg a 5 kg durante seus voos em Marte.

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Planetas com "inclinação modesta" teriam mais chances de abrigar vida complexa

A Terra possui uma modesta inclinação axial, de aproximadamente 23º, e isso pode ter ajudado a vida a prosperar por aqui. É que, segundo um novo estudo, essa pequena inclinação pode ter sido responsável por aumentar a produção de oxigênio. É possível que esse fator seja mais um na soma de características necessárias para tornar um mundo habitável.

Planetas com grandes inclinações, como Urano, que está em um ângulo de 98º em relação ao plano do Sistema Solar, teriam sazonalidades muito extremas para a vida, enquanto uma inclinação muito pequena talvez não proporcione as estações necessárias. Isso pode significar uma grande restrição na busca por vida alienígena, mas isso não é algo ruim. Pelo contrário, pode ajudar os cientistas a saber quais mundos têm maiores chances, poupando o tempo que se levaria para olhar uma quantidade maior de planetas.

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Buracos de minhoca podem ser encontrados em ondas gravitacionais?

Os buracos de minhoca, objetos hipotéticos que poderiam nos levar de um canto do universo para outro em questão de segundos, podem estar dentro de buracos negros. Esse foi o resultado que um cientista encontrou ao aplicar um conjunto de regras alternativas à relatividade geral na física dos buracos negros: no lugar de uma singularidade, apareceu um buraco de minhoca.

Se no universo real as coisas são assim, não sabemos ainda. Mas alguns pesquisadores cogitam procurar por sinais dos buracos de minhoca nas ondas gravitacionais de buracos negros. Por enquanto, ainda não há instrumentos capazes de confirmar essa hipótese, mas futuros experimentos de ondas gravitacionais, como o LISA, a ser lançado em 2034, poderão ter a sensibilidade o suficiente para a tarefa.

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Virgin Galactic inaugura turismo espacial com Richard Branson a bordo

No dia 11, Richard Branson, fundador da Virgin Galactic, se juntou a outros cinco tripulantes para a 22º missão suborbital da empresa. Este foi o quarto voo tripulado, mas o primeiro a levar uma tripulação completa, composta por dois pilotos e quatro especialistas de missão. O objetivo principal era aprimorar a experiência dos tripulantes, mas, simbolicamente, foi um grande passo para a empresa, porque o voo colocou Branson no espaço antes de seu concorrente Jeff Bezos.

Mike Moses, presidente de voos espaciais e segurança na Virgin Galactic, disse que a equipe fez uma rápida verificação de engenharia e garantiu que a nave "parece excelente, sem problemas”. Os dados serão analisados com mais calma para que a empresa possa definir as próximas atividades de seu cronograma.

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NASA alterna sistemas do Hubble e telescópio deve retomar observações

O telescópio espacial Hubble, carinhosamente apelidado por alguns de "Hubby", está "dodói". Ele apresentou uma falha em seu computador de cargas úteis e teve que permanecer com seus instrumentos científicos em uma configuração de segurança, suspendendo as observações. Depois de muito investigar as possíveis causas do problema, a NASA iniciou o procedimento de alternar o funcionamento do hardware para os sistemas de reserva.

A tarefa é bastante delicada, pois tudo deveria ser feito remotamente. Qualquer falha poderia deixar o telescópio com problemas irreversíveis, então o processo foi feito com bastante cautela. Felizmente, tudo correu bem, e a equipe está monitorando o hardware para garantir que tudo está funcionando corretamente. Se tudo estiver ok, o Hubble poderá retomar seu trabalho científico em breve.

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