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Dinossauros estavam em seu ápice quando o infame asteroide atingiu a Terra

Por| Editado por Luciana Zaramela | 15 de Dezembro de 2022 às 11h54

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Chuang Zhao e Xiaolin Wang
Chuang Zhao e Xiaolin Wang

A ciência vem considerando diversas teorias no entorno da extinção dos dinossauros no grande evento de 66 milhões de anos atrás, quando o asteroide Chicxulub atingiu a península de Yucatán e gerou uma reação em cadeia que dificultou bastante a vida dos enormes lagartos. Há conversa sobre meteoros extras atingindo a Terra, outras crises vividas pelos dinos e muito mais. Um novo estudo, no entanto, sugere que os animais estavam é no ápice de sua existência antes do evento cósmico interrompê-los.

Cientistas das Universidades de Edimburgo, Oulu e León são os responsáveis pela nova teoria de que os bichões estavam é bem longe da sua extinção até a chegada do asteroide. O estudo envolve considerações também do estado de outras criaturas que habitavam o planeta e acabaram sobrevivendo, como mamíferos e outros répteis, tais quais tartarugas e crocodilos. Não-avianos, como os T. rex, Brachiosaurus e Velociraptor, tiveram menos sorte.

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Simulando eras passadas

Para consideração na pesquisa, foram examinados os fósseis de 1.600 dinossauros da América do Norte, e utilizados para uma modelagem dos últimos milhões de anos restantes no período Cretáceo e os primeiros milhões de anos do Paleógeno. Foram simulados desde a cadeia alimentar dos animais da época até os ambientes biológicos, tanto dos animais que viviam em terra quanto dos que habitavam a água doce.

Assim, foi possível ter um vislumbre do nicho habitacional de cada espécie, permitindo comparar os ecossistemas habitados pelos últimos dinossauros com os primeiros ecossistemas dominados por mamíferos, após a queda do meteoro. Já sabíamos há muito tempo que pequenos mamíferos dividiam o espaço com os dinos, mas essa pesquisa ofereceu mais informações sobre eles — agora sabemos que eles mudavam suas dietas, se ajustando ao habitat e expandindo seu papel nos ecossistemas.

Os grandes répteis, por sua vez, estavam estabelecidos de forma mais "pétrea", digamos assim, em seus nichos ecológicos, aos quais eram muito bem adaptados. O problema dessa estabilidade é que eles não mostravam se adaptar a mudanças menores de temperatura e condições ambientais, ou, ao menos, não tão bem quanto os pequenos colegas peludos.

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Dinossauro que dorme, o meteoro leva

Muitos mamíferos, então, não se beneficiaram apenas do sumiço dos dinossauros, mas também de sua habilidade já estabelecida de adaptação ambiental, ocupando nichos ecológicos novos enquanto mudavam comportamento, dieta e mudanças climáticas das mais ínfimas. Uma mudança súbita e violenta como a queda do Chicxulub não mostrou um desafio tão grande ao clado.

Vivendo em ecossistemas estáveis e seguindo fortes no seu ambiente, os dinossauros não precisavam se adaptar tanto assim. O asteroide provou ser um desafio grande demais, já que seu impacto influenciou severamente o clima, alimentação e demais condições ambientais da Terra. A última grande adaptação dos dinossauros foi quando os megaherbívoros sofreram um grande declínio, favorecendo espécies de tamanho mais mediano.

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De resto, a estabilidade dos grandes répteis era grande demais para o seu bem: a conclusão do estudo, publicado na revista científica Science Advances no último dia 7 de dezembro, então, é de que as condições de adaptação e diversificação ecológicas anteriores à queda do asteroide tiveram um papel maior do que se pensava no destino das espécies nos milhões de anos que se seguiram. Ironicamente, o conforto de estar no ápice de sua acomodação no ambiente que habitavam foi a ruína dos grandes lagartos.

Fonte: Science Advances