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Cientista imagina como seriam os dinossauros, caso não tivessem sido extintos

Por| Editado por Luciana Zaramela | 14 de Dezembro de 2022 às 16h43

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Darren Naish/Canadian Museum of Nature
Darren Naish/Canadian Museum of Nature

Ao estudar a seleção natural das espécies e pensar na extinção dos dinossauros no Cretáceo-Paleógeno, há 66 milhões de anos, não é difícil acabar se perguntando o que teria acontecido com os grandes e pequenos répteis caso o meteoro de Chicxulub não houvesse atingido o nosso planeta. Paleontólogos como Dale Russell, é claro, já se fizeram essa pergunta, e deram respostas mais embasadas quanto à possibilidade.

Russell, que é pesquisador da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, cunhou um termo específico para a espécie especulada: dinossauroide, um dinossauro humanoide. Inteligente, a criatura poderia evoluir da mesma forma que nós, humanos, fizemos, em um dos caminhos imaginados pelo paleontólogo. Assim, acabaria ficando bípede e andaria ereto, um tipo de contraparte réptil do Homo sapiens.

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Outros elementos importantes do animal sobrevivente imaginado incluiriam a capacidade de criar ferramentas, com as quais manipularia a natureza ao seu bel-prazer, e um sistema de comunicação bem desenvolvido, conseguindo elaborar frases e expressar pensamentos abstratos e o conceito de futuro. O que pode te surpreender é que essa teoria não é de hoje, e Russell, na verdade, já comenta sobre ela desde a década de 1980.

Houve dinossauros inteligentes?

A criatura-base para o exercício mental do cientista é o dinossauro Stenonychosaurus (cujo nome, traduzido, seria "lagarto de garra estreita"), uma espécie de troodontídeo que ficava entre os mais inteligentes dos antigos répteis do Cretáceo. Com mais alguns milhões de anos, bichos como esses poderiam acabar dando origem a um dinossauroide, já que tinham cérebros relativamente grandes, garras que podiam segurar objetos e visão binocular.

Com o tempo livre para passar pela seleção natural, os tais lagartos de garra estreita poderiam acabar desenvolvendo postura ereta, ter o pescoço encurtado para suportar melhor o peso da cabeça, aumentado pelo crescimento imaginado do cérebro. Sem a necessidade de cauda com a modificação na postura, a criatura também acabaria por perder a peça anatômica traseira, assim como alguns primatas fizeram.

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Vale lembrar, é claro, que esse é um exercício imaginativo, que deveria seguir uma série de eventos muito específicos para acontecer realmente em condições normais de pressão em temperatura no planeta. É provável que um dinossauro inteligente assumisse outras formas, maneira de fazer as coisas e de se comunicar, ficando bem diferente do que imaginamos — ele poderia ser bípede, assim como nós? É claro, mas poderia, também, assumir várias outras formas.

Fonte: La Nación