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Cientistas descobrem fóssil de pássaro gigante primitivo com 3 milhões de anos

Por| Editado por Luciana Zaramela | 07 de Março de 2023 às 14h28

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Simone Giovanardi, Te Papa/CC-BY 4.0
Simone Giovanardi, Te Papa/CC-BY 4.0

Cientistas descobriram fósseis de uma espécie de pássaro gigante ancestral de aves que hoje habitam a Nova Zelândia, os petréis-gigantes, cuja espécie nunca havia tido parentes primitivos tão próximos encontrados antes. Vivendo há cerca de 3 milhões de anos, no período Plioceno, as extintas aves são do gênero Macronectes, que ainda sobrevive e traz alguns pássaros consigo — mais especificamente, dois, o Macronectes giganteus e o Macronectes halli.

O petréis-gigantes modernos são as maiores aves da família Procellariidae, na qual estão inclusos petréis e cagarras, que possuem corpos grandes e pesados e bicos igualmente avantajados. Todos estão distribuídos pelo hemisfério sul, indo da Antártica até os subtrópicos, chegando a locais como Austrália, Argentina e Nova Zelândia. O M. tinae é o primeiro fóssil de Macronectes encontrado na história.

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Macronectes, modernos e antigos

Atualmente, a espécie é conhecida pelo costume de seguir navios e realizar atividades de carniceiro bastante brutais, por vezes mergulhando por completo na carcaça de animais mortos, os despedaçando e acabando cobertos de sangues e outros fluidos internos. Embora possa ser um pouco repugnante para nós, o papel desses pássaros na limpeza do mar, do tamanho de pequenos albatrozes (2,10 m de envergadura) e com bicos bulbosos consideráveis, é bastante útil.

Apesar de tudo, as aves são consideradas cativantes, com uma aparência bem distinta e cheiro azedo inconfundível. Embora sejam bastante ferozes na hora de atacar carcaças, os petréis são bem tímidos e ariscos em relação aos humanos, especialmente em terra. Nos ninhos, eles escolhem parceiros para relacionamentos bem longos, cuidando de um filhote por ano.

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Os dois únicos fósseis de Macronectes achados até agora estavam nos depósitos costeiros da Formação Tangahoe, em Taranaki do Sul, na Nova Zelândia. Seus restos consistem de um úmero em pedaços e um crânio quase inteiro, provavelmente de indivíduos diferentes, já que estavam separados por 2 km de distância. Comparando os ossos com os esqueletos de Macronectes atuais, então, foi possível notar algumas das características da espécie extinta.

Um gigante menor

O petrel-gigante ancestral era, na verdade, menor do que as espécies modernas, e tinham ossos nas asas com algumas características intermediárias entre os petréis atuais e seus parentes mais próximos entre as aves. O M. tinae é bem parecido morfologicamente (ou seja, em formato) com os pássaros do presente, mas as diferenças no esqueleto são grandes o suficiente para serem óbvias e levarem à classificação de uma nova espécie, já extinta.

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Os cientistas, no entanto, não puderam definir a significância funcional dessas diferenças, se é que há alguma — ou seja, se os animais tinham alguma vantagem ou desvantagem por serem diferentes em algumas características. A descoberta foi importante também para o local, a Formação Tangahoe, que já providenciou fósseis incríveis de pássaros marinhos e continua ajudando a ciência a descobrir inúmeros mistérios da evolução, principalmente da Nova Zelândia.

Fonte: Taxonomy