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Crânio de dinossauro menor que uma moeda de 1 centavo é encontrado em âmbar

Por| 11 de Março de 2020 às 18h11

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Reprodução: Nature/Chinese Academy of Sciences
Reprodução: Nature/Chinese Academy of Sciences

Foi descoberto por cientistas, em um sítio arqueológico no norte de Mianmar, um minúsculo crânio de uma nova espécie de dinossauro, preso em um âmbar. De acordo com os responsáveis pela descoberta, o fóssil representa o menor dinossauro da era mesozóica até hoje, e seu tamanho é ainda inferior ao do menor pássaro que possa ser encontrado na Terra hoje.

Jingmai O'Connor, paleontologista da Academia Chinesa de Ciências, e também co-autor da revelação da descoberta, disse nunca ter visto algo parecido e que ficou muito impressionado. Segundo os cientistas, o pequeno crânio deve ter quase 100 milhões de anos e mede apenas 15 milímetros de comprimento, menos que o diâmetro de um centavo de real.

Ao analisarem as características esqueléticas do crânio, os cientistas sugerem que a minúscula criatura já era madura, possuía olhos grandes e muitos dentes, todos também muito pequenos, obviamente. Isso rendeu à espécie o nome científico de Oculudentavis khaungraae, sendo o primeiro nome derivado do latim, que seria a junção das palavras "olho, dente e pássaro", e o segundo uma homenagem à pessoa que fez a doação da amostra.

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Para estudar o crânio, os pesquisadores utilizaram um digitalizador especial na amostra do âmbar, capaz de determinar características em escalas milimétricas, gerando uma reconstrução 3D. Com isso, foi possível obter informações que puderam sugerir os hábitos de vida e alimentares do animal, que parece ter tido uma mordida mais forte que a de pássaros de tamanho semelhante, se alimentando de pequenos insetos.

"O fato de o seu crânio estar muito fundido, ter muitos dentes e olhos realmente grandes sugerem que, apesar de minúsculo, era um predador", diz O'Connor, ressaltando ainda que "suas características anatômicas únicas apontam para um dos mais antigos e menores pássaros já encontrados", sendo diferente de qualquer outro.

Vendo a imagem de um âmbar, logo se remete a Jurassic Park, filme dos anos 1990 que mostra cientistas que conseguiram criar dinossauros extraindo o sangue de um mosquito que estava preso no material. Apesar de se tratar de uma ficção, os estudos do âmbar já foram de extrema importância para os paleontólogos por ser uma resina de alta eficiência na preservação de estruturas, tanto material, quanto animal e vegetal.

No entanto, o âmbar não conseguiu armazenar corpos muito grandes, como dinossauros inteiros, por exemplo, sendo difícil então haver a descoberta de largas estruturas ósseas presas na resina.

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Fonte: CNET