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Preview Chevrolet Montana RS | Visual esportivo é argumento suficiente?

Por  • Editado por Jones Oliveira | 

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Felipe Ribeiro/ Canaltech
Felipe Ribeiro/ Canaltech

A Chevrolet resolveu mudar um pouco sua estratégia com o tratamento da linha RS com a chegada da linha 2024 da Chevrolet Montana. Ao contrário do que foi feito com o Tracker, Cruze, Onix e Equinox, a picape que recebe acabamento esportivo é o modelo topo de gama no portfólio, mantendo os equipamentos vistos na variante Premier.

Essa alteração na estratégia tinha tudo para dar à General Motors a chance de, realmente, aproveitar a Montana RS e, de repente, fazer alterações que não fossem meramente visuais, mas sim trazer outras soluções em termos de mecânica e dinamismo do veículo.

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A Chevrolet Montana RS segue com suas mesmas qualidades e defeitos na versão RS quando comparamos com a Premier, diferenciando-se, apenas, com o apelo esportivo. Aqui, a jogada é de mercado, já que mais de 80% das Montanas vendidas são as variantes mais caras. Por isso, a ideia de levar a sigla para cima na cadeia de versões é muito boa, mas será que é um argumento suficiente para convencer mais clientes?

O Canaltech viajou para São Roque/SP e vai te contar como foi o breve contato com a Chevrolet Montana RS.

Chevrolet Montana RS: Primeiras impressões

Meu primeiro contato ao volante com a Chevrolet Montana foi justamente na versão RS e, como meu colega Paulo Amaral fez o review com a versão Premier da picape, tomei o devido cuidado de perguntar ao time da GM se havia alguma mudança mecânica ou de engenharia para a versão com apelo esportivado e a resposta foi: não.

A receita, digamos assim, utilizada na Montana Premier é a mesma da versão RS, sendo assim, mais do que analisar como a picape funciona, tentei entender o que se passou na cabeça do pessoal da GM para posicioná-la acima da então versão topo de gama.

A Montana é uma picape bonita, com design harmonioso, e trazer esse apelo um pouco mais agressivo pode atrair um público diferente, até mais jovem. Como citamos, a GM nos revelou que mais de 80% das vendas da Montana estão concentradas nas versões mais caras, pois elas trazem mais equipamentos e um acabamento mais agradável.

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Na versão RS, isso fica ainda melhor, com o acréscimo de detalhes estéticos na cabine, como costuras vermelhas nos bancos e no painel frontal. No exterior, mais mudanças. A grade segue o estilo colmeia visto no Tracker RS, as rodas são de 17 polegadas com acabamento usinado, há um santantonio exclusivo interligado com o rack de teto e os retrovisores e emblemas estão todos na cor preta, sem cromados.

Confesso que a versão RS passou a ser a minha preferida na linha da Montana por conta do visual, mas a "falha", por assim dizer, está em não ter aproveitado esse reposicionamento para trazer acréscimos em equipamentos e mudanças no comportamento do carro.

Ao volante

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Ao volante, a sensação é de que não estamos dirigindo uma picape e esse é o maior mérito da Montana RS — não que dirigir uma picape seja ruim. Mesmo a GM dizendo que se trata de um carro completamente diferente do Tracker, é impossível não associar um modelo ao outro, mesmo que na caminhonete haja um pouco mais de balanço traseiro por conta da caçamba.

Essa sensação pode ser explicada pelo uso de um sistema de suspensão traseira com sistema de duplo batente de rigidez variável. Ele funciona diferente de um composto multlink, mas afeta positivamente a experiência, lembrando, por vezes, um sedan.

O motor é o mesmo das demais versões da Montana e das mais caras do Tracker, o bom 1.2 turbo de 133cv e 21,4 kgf/m de torque, que se mostraram mais do que suficientes para levar os pouco mais de 1.300kg da caminhonete. O grande trunfo aqui é torque em baixa rotação, que chega cedo e proporciona uma aceleração bem vigorosa, deixando a vida na cidade mais ágil.

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Na estrada, confesso, senti falta de uma potência maior. Isso seria solucionado com a adoção do motor 1.4 turbo do Cruze, que sairá de linha e deixará muita gente órfã dessa experiência. Fica a dica, GM!

A promessa da GM era de dar uma picape com conforto de SUV e conseguiu. É bom dirigir a Montana, fazer curvas, acelerar e conviver com ela. Mas é inevitável não olhar com atenção para as coisas que poderiam ter sido feitas nessa mudança de estratégia.

Equipamentos seguem os mesmos da Premier

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Algo que também poderia justificar os R$ 3 mil a mais que serão pagos na Chevrolet Montana RS além do visual seria um acréscimo de equipamentos. De série, a picape traz coisas interessantes, como os seis airbags, central My Link com espelhamento sem fio e internet 4G, sistema OnStar, carregamento por indução, ar-condicionado digital e automático, chave presencial e sensores de estacionamento com câmera de ré.

Em termos de segurança ativa, somente o alerta de ponto cego está presente. A inclusão dos sistemas de alerta de colisão frontal com a frenagem de emergência poderiam ser um atrativo a mais na versão RS.

Chevrolet Montana RS: O que esperar?

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A General Motors acertou em lançar a Montana RS sem retirar equipamentos da versão Premier, mas a chance de torná-la mais equipada e ainda mais atrativa do que já é, escorreu pelos dedos. Uma picape mais potente e com mais tecnologia, aliado ao belo visual esportivo, seria um argumento e tanto para convencer ainda mais clientes.

No mais, a Montana RS segue com as mesmas virtudes e ideias que a montadora pensou. E isso é bom. Mal podemos esperar para testá-la no dia a dia.

Chevrolet Montana 2024: Preços e Versões
VersãoPreço
Montana MTR$ 121.790
Montana LTR$ 127.190
Montana LTZR$ 140.890
Montana PremierR$ 148.890
Montana RSR$ 151.890