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Por que o Gol ainda não saiu de linha como o Uno e o Joy?

Por| Editado por Jones Oliveira | 17 de Janeiro de 2022 às 11h10

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Divulgação/Volkswagen
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O início da fase L7 do Proconve, que entrou em vigor no dia 1º de janeiro de 2022, decretou o fim da linha para vários carros no Brasil. Prova disso é que já nos despedimos do icônico Uno e do “novato” Joy. Mas, curiosamente, um “velho de guerra” continua rodando: o Volkswagen Gol. Por quê?

A resposta poderia muito bem ser a que Pablo Di Si, principal executivo da Volkswagen na América do Sul, deu durante uma entrevista coletiva em meados de novembro de 2021. Na ocasião, ele afirmou que o Gol “era um ícone, como o Fusca ou a Kombi”. Só que ser icônico não basta. E Di Si sabe disso.

“No futuro, esses veículos não vão atender à legislação. A legislação mudou e vai afetar o Gol”, admitiu o executivo, confirmando o inevitável fim da linha para o modelo, até bem pouco tempo negado veementemente pela montadora alemã.

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Sobrevida do Gol

Enquanto o Gol não sai de linha, a dúvida sobre o porquê ele segue sendo produzido permanece na cabeça de muitas pessoas. A explicação para a sobrevida do modelo, que reinou absoluto no topo do ranking dos mais vendidos do Brasil por 27 anos, é galgada em um ponto-chave.

A justificativa está na alteração da data limite para a obrigatoriedade estipulada pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) quanto à adoção de determinados itens de segurança. A mudança que manteve o Gol “vivo” consta da Resolução 799 do órgão.

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Segundo o Contran, a adoção do controle de estabilidade como equipamento obrigatório de segurança para veículos novos, antes projetada para ter início no dia 1º de janeiro de 2022, agora atenderá às seguintes datas:

  • a partir de 1º de janeiro de 2023, para 50% da produção;
  • a partir de 1º de janeiro de 2024, para 100% da produção.

A simples alteração na data em que a lei permanecerá em vigor ajudou a Volkswagen a manter o Gol na linha de produção da fábrica em Taubaté, no interior de São Paulo, pelo menos até o fim de 2022.

Outros prazos alterados pelo Contran

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De acordo com o Contran, outros equipamentos de segurança e testes de durabilidade a que os veículos terão de ser submetidos antes de efetivamente irem ao mercado também tiveram suas datas postergadas.

Entre eles, destacam-se:

  1. Crash-test para impactos laterais: de 01/01/2023 para 01/01/2024;
  2. Luzes de condução diurna: de 01/01/2021 para 01/01/2024;
  3. Repetidores laterais de seta: de 01/01/2021 para 01/01/2024;
  4. Alerta de cinto de segurança desafivelado: de 2023 para 2024.

Gol pode “renascer” como SUV

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O fim do Gol em sua forma tradicional está decretado, mas a Volkswagen não abandonou por completo a ideia de manter o vitorioso “brand” no lineup da marca. A princípio, a única alteração confirmada é a troca da plataforma PQ24, já ultrapassada, pela MQB.

Posteriormente, quando for confirmado que o posto de hatch de entrada no País passará ao remodelado Polo, como já aconteceu na Argentina, o Gol deve “mudar de família” para continuar vivo no Brasil.

Segundo uma reportagem do Auto+, a Volkswagen tem R$ 7 bilhões separados para colocar no mercado uma picape compacta, que seria a substituta da Saveiro; e outra média, derivada do Tarok.

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A grande surpresa, no entanto, é que também pode aparecer um SUV de entrada, que receberia justamente o nome Gol. Este, no entanto, já chegaria dentro das regulamentações exigidas por lei pela fase L7 do Proconve. Um verdadeiro “Gol de placa”.

Com infomrações: Auto+, Uol, Contran