Ford e General Motors buscam parceiros para fazer semicondutores próprios
Por Felipe Ribeiro | Editado por Jones Oliveira | 19 de Novembro de 2021 às 17h36
A crise dos semicondutores afeta cada vez mais a cadeia de produção do setor automotivo, e as montadoras começam a se mexer para tentar minimizar — ou até eliminar — esse problema. Nos Estados Unidos, as gigantes Ford e General Motors trabalham para se unir a importantes fabricantes de peças e componentes a fim de adquirir a tecnologia necessária para produzi-las internamente.
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No caso da Ford, a grande parceria seria a GlobalFoundries, fundada nas Ilhas Cayman mas que, hoje, operam com base em Nova York. O acordo foi oficializado sem mais detalhes, mas a montadora traça seus objetivos para, em um futuro próximo, ter estoque suficiente de semicondutores fabricados no quintal de casa, facilitando a logística para que os carros não tenham sua produção paralisada.
"É fundamental que criemos novas maneiras de trabalhar com fornecedores para dar à Ford — e aos Estados Unidos — maior independência no fornecimento de tecnologias e recursos que nossos clientes mais valorizarão no futuro. Este acordo é apenas o começo e uma parte fundamental do nosso plano para integrar verticalmente tecnologias e recursos essenciais que irão diferenciar a Ford no futuro, disse Jim Farley, presidente e CEO da Ford, em comunicado.
Já a principal concorrente da Ford, a General Motors, trabalha por outras vias. A dona da Chevrolet vai descentralizar a fabricação de semicondutores com empresas que já são mais conhecidas desse segmento, como a Qualcomm e TSMC, por exemplo. O CEO da montadora, Mark Reuss, porém, não confirmou se a fabricação desses semicondutores será feita nos Estados Unidos.
Aqui no Brasil, a General Motors foi uma das montadoras que mais sofreu com a falta de componentes. A companhia paralisou sua fabricação por meses, o que culminou com a perda da liderança no mercado nacional para a Fiat. Já a Ford trabalha somente com modelos importados, como o Ford Territory e o Ford Bronco.
Fonte: The Verge