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Twitter deve remover selo de verificado de milhares de contas

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 13 de Dezembro de 2022 às 10h51

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Alexander Shatov/Unsplash
Alexander Shatov/Unsplash
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O dono do Twitter, Elon Musk, afirmou que os assinantes do Blue receberão apenas metade do número de anúncios inseridos na plataforma para os usuários regulares — ideia é lançar um pacote premium em 2023 que removerá completamente as propagandas. Além disso, contas verificadas por notoriedade podem perder selo azul.

A medida precisar ser muito bem estudada, caso contrário pode trazer prejuízos para o Twitter. Isso porque o valor arrecadado com a exibição de propagandas para cada usuário é maior do que os US$ 8 pagos.

O Passarinho Azul também deve retornar com o serviço de verificação de contas notórias, de influenciadores digitais, personalidades e celebridades, bem como de empresas de renome. A concessão de selos azuis para verificar perfis verdadeiros de pessoas físicas e jurídicas havia sido suspensa para implantação do Twitter Blue.

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Musk não deu mais detalhes sobre a retomada nem sobre o tal plano premium do Blue. Não se sabe ainda quais benefícios ele terá (além dos anúncios zerados) ou, ao menos, quanto deve custar nos Estados Unidos — o plano básico ainda nem chegou ao Brasil.

O bilionário prometeu que fará uma revisão geral nas chamadas "contas pré-existentes", aquelas que recebem o selo por serem notórias ou pelo enquadramento em requisitos do próprio Twitter. Segundo Musk, o processo de concessão era "corrupto" e "sem sentido". Tal revisão deve levar milhares de contas a perderem o selo de verificado concedido na era pré-Musk.

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Polêmica dos selos de verificação

Ontem (12), a empresa começou a liberar a autenticação azul para assinantes do Blue. Além disso, introduziu a cor dourada para diferenciar empresas conhecidas do público pagante. Ainda está previsto o lançamento de um selo cinza para ressaltar "contas multilaterais" e pertencentes a órgãos do governo.

A liberação do blue check era uma das promessas de Musk desde quando adquiriu o Twitter, como forma de democratizar o acesso ao recurso — mesmo que o propósito do ícone fosse apenas destacar contas verdadeiras. Embora tenha feito isso no início de novembro, precisou suspender após a explosão de contas falsas.

A nova data havia sido marcada para 28 de novembro, mas foi adiada novamente e começou a vigorar ontem (12). Por enquanto, a confusão ainda se mantém: alguns perfis empresariais seguem com o selo azul. Contas de governos e políticos também continuam com a marca original, em vez de migrar para a amarela.

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Renda extra do Twitter

O plano de assinatura mensal custa US$ 8 (cerca de R$ 45, em conversão direta) para quem assina pela web e US$ 11 para os pagantes por dispositivos da Apple. Esse valor extra para o iPhone foi justificado como necessário devido à taxa de 30% aplicada sobre as vendas realizadas pela App Store.

O Twitter Blue foi lançado ainda na gestão passada, como uma maneira de gerar receita adicional para a plataforma. A rede social dependia financeiramente dos anúncios, e viu sua principal fonte de renda secar nos últimos anos.

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Após a entrada de Musk na presidência, mais da metade dos anunciantes reduziram os investimentos ou interromperam totalmente os anúncios. A maior agência de anúncios do mundo, o Group M, alterou a classificação do Twitter para "alto risco".

Isso ocorreu devido a um temor generalizado sobre o futuro da plataforma, sem moderação de conteúdo forte, com crescimento no discurso de ódio e com quadro reduzido de funcionários. Por enquanto, o futuro do Twitter ainda segue incerto em meio a tantas mudanças bruscas.