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Facebook, WhatsApp e Instagram ainda funcionam em smartphones Huawei

Por| 11 de Junho de 2019 às 10h07

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CNET
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A Huawei confirmou que os aplicativos do Facebook, Facebook Messenger, Instagram e WhatsApp seguem funcionando normalmente em seus smartphones e de suas subsidiárias. Segundo o Android Authority, que recebeu a informação, a fabricante está tentando assegurar a calma de seus clientes e consumidores, mostrando que o acesso a esses apps ainda está disponível apesar da proibição da empresa em fazer negócios com empresas americanas.

No último dia 7, o Canaltech revelou que aplicativos pertencentes ao Facebook deixariam de vir pré-instalados em smartphones da Huawei. A prática é comum em aparelhos de diversas empresas: normalmente, na aquisição de um celular novo, você já vê o ícone do Facebook posicionado na lista de apps padrão do aparelho. Ao tocar no ícone, você é levado à página de download na Play Store.

A medida deriva de uma ordem executiva presidencial assinada por Donald Trump em maio deste ano, efetivamente barrando diversas empresas americanas de terem qualquer tipo de relação comercial com a Huawei. Nomes como Google, Intel, Microsoft, ARM e diversas outras já revogaram relações com a empresa em algum grau, que é acusada pelo governo norte-americano de ter laços de espionagem com as autoridades chinesas por meio de seus produtos e equipamentos.

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A declaração da Huawei vem no intuito de esclarecer aparentes confusões relacionadas ao assunto: a ordem do Facebook de não mais pré-instalar seus apps em aparelhos da gigante chinesa precede o dia 16 de maio. Todo e qualquer smartphone adquirido antes dessa data segue funcionando normalmente.

O Facebook confirmou a própria medida, em relação a instalar seus apps em smartphones Huawei no futuro: “Nós estamos revisando a ordem final do Departamento de Comércio e, mais recentemente, emitimos uma licença generalizada de uso e estamos tomando providências para assegurar o compliance”, disse a empresa em um posicionamento oferecido à imprensa. Entretanto, esse posicionamento não se aplica a aparelhos que já estejam no mercado.

No caso de algum usuário receber o aparelho sem os apps pré-instalados, nada o impede de acessar a Play Store e baixá-los normalmente. Essa premissa de uso normal continua até a segunda quinzena de agosto, quando vence a licença da Huawei.

Longe de acabar

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É importante citar, porém, que apesar do tom tranquilo, a Huawei ainda se encontra em risco. Se após o vencimento da licença temporária, em 19 de agosto, a empresa não apresentar ao mercado uma alternativa nem conseguir negociar sua remoção da lista de empresas banidas de fazerem negócios nos EUA, as consequências serão imediatas.

O maior baque será uma paralisação generalizada de negócios: como a Huawei depende, em grande parte, de produtos americanos, ela pode se ver incapaz de produzir produtos nos dois campos: software e hardware. Isso porque, não bastasse a Google, uma empresa americana, revogar a licença de uso do Android pela chinesa, companhias como Intel, Qualcomm e ARM também recusariam relações com a gigante chinesa. A ARM, por exemplo, é a principal fornecedora de componentes da linha de processadores Kirin, uma propriedade da Huawei.

Ainda não se sabe o desfecho dessa situação. É desejo da empresa, porém, retomar as relações comerciais perdidas: segundo Liang Hua, chairman da empresa, a Huawei estaria disposta a assinar acordos de não-espionagem com os EUA e qualquer outra nação.

Fonte: Android Authority