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Giro da Saúde: o cérebro depois da meia-noite; por que devemos anotar sonhos?

Por| 07 de Agosto de 2022 às 08h00

Gerd Altmann/Pixabay & Somnox Sleep/Unsplash
Gerd Altmann/Pixabay & Somnox Sleep/Unsplash
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Se a semana passada foi corrida e você não acompanhou o noticiário, é hora de se inteirar: no Giro da Saúde, os principais destaques dos últimos dias são resumidos de forma simples e direta, para você ficar por dentro do que aconteceu no universo da saúde e da ciência!

Por que a ciência recomenda registrar sonhos em um diário?

Um diário dos sonhos pode ajudar muito pacientes, médicos e psicólogos (Imagem: cottonbro/Pexels)
Um diário dos sonhos pode ajudar muito pacientes, médicos e psicólogos (Imagem: cottonbro/Pexels)

Você costuma ter sonhos malucos ou mais próximos da normalidade? Tem muitos pesadelos ou sempre sonha coisas tranquilas? Pois bem: o simples fato de sonhar pode guardar respostas importantíssimas sobre nós mesmos e nosso comportamento, inclusive sugerindo alguns transtornos psiquiátricos. Por isso, cientistas estão recomendando que se preste mais atenção nos sonhos, criando, inclusive, um diário para anotar o que sonhamos na noite anterior. Tal registro pode ser de suma importância para pacientes, médicos e psicoterapeutas.

Um artigo publicado na revista Dreaming acompanhou 76 participantes, metade deles com diagnóstico para transtorno de ansiedade. Durante 21 dias, os envolvidos tinham que preencher um diário de sonho, descrevendo com detalhes as experiências vividas durante a noite. E assim, os autores descobriram que o grupo com ansiedade teve sonhos com temas em comum, como perseguição, sustos, brigas, agressões, quedas, mortes, acidentes e planos fracassados. Inclusive, movimentos em alta velocidade foram tidos como elementos importantes nas experiências emocionais de pessoas com o transtorno.

Gêmeos siameses separados com ajuda de realidade virtual

Separados pelo crânio, os gêmeos brasileiros passam bem (Imagem ilustrativa: halfpoint/envato)
Separados pelo crânio, os gêmeos brasileiros passam bem (Imagem ilustrativa: halfpoint/envato)

Dois gêmeos siameses brasileiros foram separados por uma complexa e revolucionária cirurgia que envolveu quase cem profissionais e muita tecnologia. Unidos pelo crânio, os irmãos Arthur e Bernardo nasceram em Roraima, compartilhando uma importante veia no cérebro. Eles foram separados em uma minuciosa cirurgia no Rio de Janeiro, aos quatro anos, após muito estudo, modelagem 3D e realidade virtual (RV). Pela primeira vez, cirurgiões em diversos países participaram da operação utilizando fones de ouvido e compartilhando uma sala de RV.

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A cirurgia de 27 horas foi feita com base em tomografias computadorizadas e ressonâncias magnéticas, que deram aos médicos as informações necessárias para operar. Um modelo dos cérebros dos meninos foi impresso em 3D para servir como guia no momento da separação. Os meninos, agora separados, estão sendo monitorados e passam bem.

Nosso cérebro não é o mesmo após a meia-noite

O cérebro se torna mais impulsivo quando deveria estar descansando, e isso altera nosso comportamento (Imagem: Ermal Tahiri/Pixabay)
O cérebro se torna mais impulsivo quando deveria estar descansando, e isso altera nosso comportamento (Imagem: Ermal Tahiri/Pixabay)
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Nosso cérebro muda nosso comportamento de acordo com a hora do dia. Acompanhando o nosso ritmo circadiano, o órgão se torna bem mais impulsivo quando deveria estar repousando, e, segundo uma equipe de cientistas do Massachusetts General Hospital, torna-se mais impulsivo e as emoções ficam mais afloradas quando o relógio passa da meia-noite. Isso acontece porque, durante a noite circadiana biológica, há mudanças neurofisiológicas no cérebro que alteram a maneira como interagimos com o mundo. Estas alterações impactariam nossa capacidade de controlar os impulsos e processar informações.

“Existem milhões de pessoas que estão acordadas no meio da noite, e há evidências bastante boas de que seu cérebro não está funcionando tão bem quanto durante o dia”, pontua Elizabeth Klerman, uma das autoras envolvidas no estudo. “Meu apelo é para que mais pesquisas analisem isso, porque sua saúde e segurança, assim como a de outras pessoas, são afetadas”, aponta.

A cura da calvície pode estar no nosso próprio organismo

Proteína do folículo capilar poderia ser modulada para reverter a queda de cabelo (Imagem: cookie_studio/Freepik)
Proteína do folículo capilar poderia ser modulada para reverter a queda de cabelo (Imagem: cookie_studio/Freepik)
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Cientistas norte-americanos que buscam por respostas para a cura da calvície encontraram uma proteína que pode ser a chave para esse mistério. Produzida no nosso próprio organismo, a proteína fator de transformação do crescimento beta (TGF-beta) nos folículos capilares oferece importantes pistas que podem reverter a queda de cabelo. Ela controla o processo pelo qual as células nos folículos se dividem e formam novas — ou "morrem". Quando deixam de operar, o esperado é que o cabelo caia.

Segundo o estudo, é a quantidade e a concentração dessa proteína que define o comportamento dos folículos. Quando a produção é intensa demais, o resultado é a morte celular. Mas o motivo desse controle na produção da proteína ainda é um mistério. Uma hipótese é que esta seria uma característica herdada de animais que trocam de pele para sobreviver aos dias quentes de verão. Dessa forma, o nascimento e a perda de pelos são cíclicos, mas, no ser humano, esse ciclo está "quebrado".

Em tese, isso poderia ser ajustado — e, por isso, mais pesquisas devem ser feitas, considerando a proteína e o ciclo capilar. Afinal, é preciso, agora, descobrir quais formas e produtos podem estimular e modular o comportamento da proteína, resultando na cura da calvície no futuro.

Saúde recomenda monitorar varíola dos macacos em animais

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Secretário do MCTI ressalta importância de investigar monkeypox em animais (Imagem: twenty20photos/envato)
Secretário do MCTI ressalta importância de investigar monkeypox em animais (Imagem: twenty20photos/envato)

Na última segunda-feira (1), o Secretário de Pesquisa e Formação Científica do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Marcelo Morales, afirmou que a pasta deve passar a monitorar e pesquisar a varíola dos macacos de forma mais aprofundada. Além de falar sobre a intenção de fabricar testes para a presença do vírus e ter planos para imunizantes, Morales comentou sobre a importância de se observar e determinar se é possível a contaminação de animais silvestres e domésticos pelo vírus, o que teria o potencial de gerar crises muito piores.

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