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É preciso monitorar a varíola dos macacos em animais, diz Ministério da Ciência

Por| Editado por Luciana Zaramela | 01 de Agosto de 2022 às 21h05

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Reprodução/Chewy/Unsplash
Reprodução/Chewy/Unsplash

Marcelo Morales, o Secretário de Pesquisa e Formação Científica do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) afirmou, nesta segunda-feira (1) que sua pasta deve monitorar e pesquisar acerca da varíola dos macacos, condição que tem gerado surtos por todo o mundo e causou a primeira morte de um paciente no Brasil na semana passada.

Em entrevista ao iG, Morales comentou sobre o orçamento de sua pasta, os insumos recebidos e a intenção de fabricar testes para a presença do vírus, além dos planos para imunizantes. Ele também comentou sobre a criação e importância da Rede Vírus.

Chamada atualmente de Câmara POX e voltada ao enfrentamento da varíola dos macacos, ela foi criada para lidar com a crise gerada pelo SARS-CoV-2 no país, e permitiu que os pesquisadores já pudessem lidar com a varíola dos macacos sendo experientes no enfrentamento de uma pandemia.

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Testes, vacinas e emergências

Segundo o Secretário, a prioridade no momento é desenvolver testes e estoques vacinais e avaliar o estado imunológico dos brasileiros, além de monitorar o espalhamento da doença. É necessário, por exemplo, observar e determinar se é possível a contaminação de animais silvestres e domésticos pelo vírus, o que teria o potencial de gerar crises muito piores.

Com micrografia eletrônica, pesquisadores brasileiros vêm procurando saber a estrutura do vírus, seu comportamento celular e o que causa sua transmissão no Brasil. De acordo com Morales, a vacina contra a varíola dos macacos já existe, então não cabe ao país produzir sua própria, mas sim importar insumos para fazer testes RT-PCR e padronizar a testagem.

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Caso o espalhamento do vírus cresça muito, teremos de controlar a transmissão com vacinação em massa, mas isso não é necessário no momento, segundo o entrevistado. O MCTI, no momento, tem uma verba de R$ 3 milhões para a pesquisa que engloba a varíola dos macacos, que pode ser otimizada em outros campos do conhecimento.

O prazo para os estudos acerca do vírus são de 24 meses, mas o Secretário lembra que todos os novos conhecimentos adquiridos já são incorporados ao sistema: essa implementação em tempo real também aconteceu com a covid-19, e é comum em situações de emergência. Embora o RT-PCR seja o teste mais eficaz no momento, estão sendo estudados testes mais rápidos, o que pode ajudar o Sistema Único de Saúde (SUS) e o Ministério da Saúde.

Fonte: iG Saúde