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Samsung deve migrar parte da produção de celulares para a Índia; entenda por quê

Por| 17 de Agosto de 2020 às 17h01

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País que abriga a maior fábrica de celulares do mundo, a Índia pode ver nos próximos anos a migração de boa parte da produção de celulares da Samsung. Mas, diferente do que muitos imaginam, o país que deve ser o maior prejudicado pela estratégia não é a China, e sim o Vietnã.

Segundo maior fabricante de celulares no mundo, o Vietnã fica atrás apenas da toda poderosa China. Grande parte da produção da Samsung acontece no país e, de acordo com analistas, a participação chega a 50% do total, mas isso pode estar com os dias contados, segundo informações da imprensa indiana. A empresa sul-coreana já possui uma fábrica gigantesca na Índia — em Noida, a maior do mundo já mencionada por aqui —, e pretende aproveitar um programa de subsídios do governo local para reforçar a produção no país.

O plano da empresa, segundo fontes do governo indiano, pode chegar a um total de US$ 40 bilhões em celulares (cerca de R$ 220 bi) nos próximos cinco anos, sendo que 60% desse montante viria de modelos com preço de fábrica acima de 200 dólares (R$ 1.100).

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Outro país afetado pela estratégia pode ser a Coreia do Sul, cujo alto custo salarial pode levar a uma redução da produção no país. Já as fábricas no Brasil e Indonésia, países onde a Samsung também possui montagem ou produção local, não devem ser significativamente afetadas.

Por que mais fábricas estão mudando para a Índia

A Samsung não foi a única empresa a se cadastrar para o programa de incentivos indiano. O ministro das comunicações de tecnologias da informação do país, Ravi Shankar Prasad, anunciou uma lista com 22 empresas registradas para o benefício. Entre elas estão a Foxconn, Pegatron e Wistron, todas fabricantes contratadas pela Apple para produzir seus dispositivos.

A Índia implementou nos últimos anos um forte programa de nacionalização de indústrias, procurando atrair estruturas de empresas atualmente na China e outros vizinhos asiáticos. Ao mesmo tempo, o país se vê envolvido em um acirramento de tensões com a vizinha China, o que causou problemas na cadeia produtiva de diversos produtos, com bloqueios de componentes importados para montagem na Índia.

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Já o Vietnã ganhou força recentemente não apenas como uma forma de contornar a guerra comercial entre norte-americanos e chineses, mas também por apresentar mão de obra barata, algo que tem se tornado mais caro aos poucos na China.

Fonte: ETTech