Google Pixel 6 é comparado com Galaxy S21 Ultra em teste de desempenho
Por Renan da Silva Dores • Editado por Wallace Moté |
Oficializado na última terça-feira (19), o Google Pixel 6 trouxe melhorias significativas frente ao antecessor, marcando uma das maiores mudanças na linha de celulares da gigante das buscas desde sua concepção. O embargo dos reviews caiu nesta segunda-feira (25) e, ao que parece, os aprimoramentos agradaram, com a novidade oferecendo uma das melhores experiências de uso do mundo Android.
- Google quer facilitar a separação de apps para uso pessoal e trabalho para todos
- Play Store reduz taxa para serviços de streaming e outros apps via assinatura
Com o fim do embargo, também começaram a surgir os primeiros testes mais detalhados de desempenho dos aparelhos, que embarcam o primeiro chip proprietário da fabricante, o Google Tensor. Munido de configurações bastante curiosas, a solução se mostra robusta e competitiva, ainda que não seja perfeita, pontos reforçados pela bateria de testes do portal Android Authority.
Pixel 6 enfrenta Galaxy S21 Ultra em teste de desempenho
Relembrando as especificações de cada aparelho, o Google Pixel 6 é equipado com chipset Google Tensor, munido de GPU Mali-G78 MP20 de 20 núcleos, junto a 8 GB de RAM e 128 GB ou 256 GB de armazenamento. A tela traz painel AMOLED Full HD+ de 6,4 polegadas com taxa de atualização de 90 Hz, e há câmera dupla com sensor principal de 50 MP e ultrawide de 12 MP, além de bateria generosa de 4.614 mAh.
O Galaxy S21 Ultra 5G testado é o modelo equipado com chipset Exynos 2100, munido de GPU Mali-G78 MP14 de 14 núcleos, junto a 12 GB ou 16 GB de RAM e 128 GB, 256 GB ou 512 GB de armazenamento expansível. A tela Dynamic AMOLED 2X tem 6,8 polegadas, resolução Quad HD+ de 3200 x 1440 pixels e taxa de atualização de 120 Hz, e há câmera quádrupla de 108 MP, bem como bateria de 5.000 mAh.
O comparativo é bastante especial já que, segundo os rumores, o Tensor seria basicamente um modelo não anunciado de Exynos — o Exynos 9855, de codinome "Whitechapel". A título de curiosidade, o Exynos 2100 é conhecido internamente como "Exynos 9840". As configurações de ambos são relativamente semelhantes, e sabe-se que a Samsung é a responsável pela fabricação da plataforma do Google, utilizando o processo de 5 nm.
A bateria de testes Speed Test G utilizada pelo canal é dividida em três etapas: uma focada em CPU, uma mista e uma para testar a performance de GPU. O Galaxy S21 Ultra abre vantagem em todas, ainda que não seja por uma grande margem, e há explicações para isso. Primeiramente, a CPU do Tensor traz configurações bastante diferentes, e outros benchmarks já haviam revelado que as escolhas do Google são o maior limitador em tarefas mais pesadas.
A situação mais curiosa, no entanto, é da GPU, que tecnicamente deveria ser mais poderosa que a do rival da Samsung em virtude da maior contagem de núcleos. Como não sabemos os clocks de ambas com precisão, é provável que o chip gráfico menor do Galaxy S21 Ultra compense com velocidades maiores. Mesmo assim, considerando as ambições do Google, o chip do Pixel 6 se mostra bastante competitivo.
Google Tensor foca em IA e "computação heterogênea"
Apesar do desempenho abaixo da concorrência, mesmo que em uma pequena margem, o propósito do Google Tensor não é ser o processador mais rápido do mercado, mas um dos mais eficientes, com grande foco em IA e no que o Google chama de "computação heterogênea", em que a CPU e todos os outros componentes do chipset trabalham em conjunto para entregar processamento aprimorado.
A gigante das buscas explicou sua filosofia para o chip em entrevista ao site ArsTechnica, justificando o uso de dois núcleos Cortex-X1, além dos núcleos Cortex-A76, configuração bem diferente do Exynos 2100 e outros concorrentes, que apostam em um único Cortex-X1 e nos mais recentes Cortex-A78. Outros destaques do Tensor incluem chip dedicado para processamento de IA, soluções de segurança a nível de hardware, área dedicada para tarefas secundárias e mais
Fonte: Android Authority