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Google Pixel 6 passa por testes e mostra CPU mediana e GPU Android mais poderosa

Por| Editado por Wallace Moté | 25 de Outubro de 2021 às 09h50

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Reprodução/Google
Reprodução/Google

O Google lançou na última terça-feira, 19 de outubro, sua aguardada família de dispositivos Pixel 6. Os aparelhos marcam uma nova fase para a linha de celulares da companhia, não apenas por corrigir inúmeros pontos criticados em gerações passadas, como telas e bateria, como também por estrear o primeiro chipset da empresa dedicado a smartphones, o Google Tensor.

A solução traz uma configuração curiosa, diferente de tudo o que há no mercado de celulares, e promete foco na experiência de uso, funções de Inteligência Artificial e câmeras. Ainda não foi possível comprovar as promessas da gigante das buscas, já que o embargo de reviews segue aplicado, mas novos vazamentos publicados neste fim de semana nos dão uma ideia do que o projeto proprietário do Google consegue entregar na prática.

Google Tensor tem CPU mediana, mas GPU poderosa

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O primeiro teste, divulgado pelo usuário do Twitter @9lekt, mostra a performance do Google Pixel 6 Pro no Geekbench 5, focado em CPU, mostrando resultados mistos. Em single-core, o Google Tensor atinge 1.012 pontos e mostra ser muito competitivo com os melhores processadores do mercado Android, como o Qualcomm Snapdragon 888 e o Samsung Exynos 2100, que atingem valores próximos.

Em multi-core, no entanto, o chipset da gigante das buscas marca apenas 2.760 pontos, bem abaixo dos rivais de Qualcomm e Samsung, que atingem os 3.670 pontos, em média. A solução chega a perder, ainda que por uma pequena margem, para o A12 Bionic, chip da Apple para o iPhone XS Max lançado em 2017, que marca 2.932 pontos.

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Diante disso, a novidade consegue se posicionar entre o Snapdragon 855 e o Snapdragon 778G, ofertas que, apesar de não serem topo de linha, entregam nível de desempenho já bastante elevado. Com esses números, o Tensor deve oferecer excelente performance em tarefas comuns, e potência satisfatória para as mais pesadas, ainda que aqueles que buscam pelo máximo poder de fogo devem ser mais bem servidos por outros aparelhos.

Por outro lado, a solução do Google se sai muito melhor em performance gráfica, superando com folga todos os outros celulares Android do mercado, como mostram testes do 3DMark publicados pelo usuário do Reddit grt3 e repostados pelo YouTuber Golden Reviewer — a Mali-G78 do Tensor entrega 2.028 pontos no teste Wild Life Extreme.

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Em comparação, a Mali-G78 usada no Exynos 2100, com 14 núcleos, atinge os 1.793 pontos, enquanto a Adreno 660 do Snapdragon 888 marca apenas 1.494 pontos. O aparelho que mais se aproxima do Google Pixel 6 é o Huawei Mate 40 Pro, equipado com chipset HiSilicon Kirin 9000, desenvolvido pela própria gigante chinesa.

Assim como as plataformas de Google e Samsung, o Kirin 9000 também conta com GPU Mali-G78, mas em uma configuração de 24 núcleos, ponto muito curioso quando consideramos que o chip gráfico do Google Tensor tem "apenas" 20 núcleos. Isso sugere que a gigante das buscas conseguiu um equilíbrio melhor no conjunto, seja pelo aquecimento, melhor otimização, clocks mais altos ou um perfil de processamento contínuo mais agressivo.

Chip tem configuração curiosa e foco em IA

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Em entrevista ao site ArsTechnica, o Google detalhou a maior parte das especificações do Tensor, e explicou os motivos por trás de cada uma das decisões adotadas no chip. Diferente dos concorrentes, o processador da gigante das buscas conta com configuração de 2 + 2 + 4 núcleos, sendo 2 Cortex-X1 de máxima performance, 2 Cortex-A76 de alto desempenho e 4 Cortex-A55 de baixo consumo.

Segundo a empresa, o uso de 2 Cortex-X1, em vez de apenas 1 como feito pelos rivais, visa maior eficiência, já que tarefas são executadas mais rapidamente e assim consomem menos energia. Já o uso dos Cortex-A76, em vez dos mais recentes Cortex-A78, se dá pela fabricação em 5 nm e pela intenção de dar mais espaço para a dupla de núcleos de máxima performance.

Outros destaques incluem a GPU Mali-G78 de 20 núcleos, a versão adaptada das Tensor Processing Units (TPUs) usadas nos servidores do Google para processamento de IA, o uso de um conjunto dedicado para tarefas em segundo plano, chips adicionais dedicados à segurança dos dados e mais.

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Fonte: WCCFTech, 91Mobiles, NotebookCheck