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Em queda livre: Huawei deve cair mais do que o esperado em 2020

Por| 24 de Setembro de 2020 às 07h30

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Mark Chan/Unsplash
Mark Chan/Unsplash
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Como já era esperado, as restrições impostas pelo governo de Donald Trump contra a Huawei devem reduzir drasticamente as vendas de celulares da empresa. Segundo informações da consultoria de mercado TrendForce, a previsão é de que a chinesa feche 2020 com uma queda de 30% em relação a 2019.

Em números mais precisos, isso significa que a Huawei deve vender "apenas" 170 milhões de unidades em 2020, 10% a menos que os 190 milhões previstos para o período em maio deste ano. Essa aposta havia sido feita antes das recentes sanções impostas pelos Estados Unidos à Huawei, que a proibiram de usar tecnologias e componentes de origem norte-americana.

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A queda é ainda mais significativa quando olhamos para 2019, quando a empresa fechou o ano com 240,5 milhões de unidades vendidas. Durante o primeiro semestre deste ano, período marcado pela pandemia de COVID-19, a Huawei ainda viu sua participação no mercado crescer gradativamente, inclusive fechando o segundo trimestre como a maior fabricante de smartphones do mundo, segundo dados da Canalys.

Grande parte dessa conquista se deu, principalmente, pela reabertura da economia na China, principal mercado da Huawei, que aconteceu antes de outros países também atingidos pelo surto do novo coronavírus. Além disso, entra na conta também a queda da Samsung em decorrência da pandemia — vale destacar que a participação da companhia sul-coreana no mercado chinês é bem pequena.

No entanto, a redução nas vendas da chinesa era esperada desde quando se tornou público que ela teria pedido a seus fornecedores que interrompessem a fabricação de alguns componentes para celular. O motivo por trás da solicitação seria fazer uma avaliação dos impactos das proibições impostas pelo governo dos EUA.

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Cenário no mercado chinês

Mesmo com uma redução de 30% nas vendas, a Huawei ainda deve ser a principal fabricante de smartphones da China — pelo menos até o final de 2020, ainda que rivais como Xiaomi, OPPO e Vivo se beneficiem do atual momento da rival para abocanhar fatias maiores no mercado chinês.

Segundo as informações da TrendForce, a Xiaomi deve vender 145 milhões de celulares neste ano, um aumento de 11,2% em relação à previsão anterior, seguida de perto pela Oppo, com 140 milhões de unidades previstas. Já a Vivo aparece com um aumento de 3,8%, podendo fechar 2020 com 110 milhões de smartphones vendidos.

E 2021?

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Segundo a Strategy Analytics, em 2021, a Huawei deve ter uma queda ainda maior no mercado de celulares. A previsão é que a empresa venda apenas 59 milhões de unidades no ano que vem, quando a expectativa é de estoque zerado de chips para a produção de celulares. No entanto, isso pode mudar caso fabricantes como Samsung e Qualcomm consigam liberação para voltar a fazer negócios com a chinesa.

Fonte: TrendForce