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O que é o Marvel Spotlight e como ele vai mexer com o futuro do MCU

Por  • Editado por Durval Ramos | 

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Reprodução/Marvel Studios
Reprodução/Marvel Studios
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Eco, nova série do Marvel Studios, teve seu primeiro trailer divulgado e, com ele, a a Disney anunciou que o estúdio terá um novo selo de produções chamado Marvel Spotlight. Essa nomenclatura, que começa com a série de Maya Lopez (Alacqua Cox), trará produções mais independentes da grande narrativa do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU, na sigla em inglês) e com tramas mais urbanas.

Essa nova subcategoria deve receber até uma nova introdução, diferente das vistas em todas as produções da Marvel, com tema composto por Michael Giacchino, de Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa e diretor de Lobisomem na Noite. Esse anúncio fez muita gente se perguntar os motivos por trás dessa separação, mas pode ter sido um jeito de continuar explorando o universo Marvel sem ter o peso de uma mega produção presa aos filmes.

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Um lado diferente do Universo Marvel

Brad Winderbaum, chefe da divisão de streaming do Marvel Studios, disse o seguinte ao anunciar o novo selo do estúdio:

"Marvel Spotlight nos dá uma plataforma para trazer histórias mais realistas e focadas em personagens para a tela, como no caso de Eco, focando em temas mais urbanos em vez de na grande continuidade do MCU."

Ele ainda completou que, assim como leitores não precisam ler Vingadores ou o Quarteto Fantástico para aproveitar uma história do Motoqueiro Fantasma, os espectadores não vão precisar ver outras séries da Marvel para entender a história de Maya Lopez.

Essa declaração é muito importante e vai de encontro ao que o estúdio sempre pregou, de que tudo estava totalmente interligado, o que fazia com que os fãs precisassem assistir a todos os filmes para entender toda a saga. Por vários anos, isso funcionou muito bem, até a conclusão da Saga do Infinito e Vingadores Ultimato, mas começou a não se mostrar muito eficiente depois disso.

A ideia de produções para o streaming sempre foi muito interessante, mas por tudo precisar se conectar a filmes e à história por trás do universo Marvel, fez com várias séries recebessem um peso desnecessário, atrapalhando o desenvolvimento de personagens.

Mais personagens, menos pressão

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Recentemente, o Marvel Studios anunciou mudanças na forma como suas produções para o streaming seriam abordadas, chegando a reiniciar toda a produção de Daredevil: Born Again, que já estava com episódios gravados, para reorganizar a série.

Os altos custos e a necessidade de tratar cada seriado como um filme de seis ou oito horas criou um problema para o Marvel Studios, já que esses fios conectores de história começaram a se perder. Personagens apresentados em séries poderiam não ter o mesmo impacto ao aparecer em um filme porque as pessoas não quiseram investir várias horas de sua vida para isso.

Outras séries, como é o caso de Loki, funcionam exatamente por terem um apelo maior e terem no seu cerne o desenvolvimento de personagens, junto de uma trama que faz sentido para o MCU. Uma série como Eco, focada em uma personagem secundária de Gavião Arqueiro e pouco popular até mesmo nos quadrinhos, poderia sofrer bastante ao precisar se conectar a algum grande acontecimento do MCU.

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Até mesmo alguns filmes do universo cinematográfico da Marvel já começaram a tentar se resolver sozinhos, como é o caso da trilogia do Homem-Aranha, produzida pelo Marvel Studios, mas lançada pela Sony Pictures.

Apesar de ter vários elementos de outros filmes, como a participação de Robert Downey Jr, refletir acontecimentos de Vingadores Ultimato e o Doutor Estranho enfrentando pessoas do multiverso, as histórias dos longas se resolvem por si. O próprio filme explica o que aconteceu antes e não deixa o espectador com a necessidade de assistir a várias outras coisas para não ficar perdido.

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Essa é uma grande reclamação da Marvel pós-Ultimato, de que é necessário quase fazer um curso intensivo para entender tudo o que está acontecendo no universo. Ironicamente, isso é um problema que já acontece nos quadrinhos, que serviram como base para essa imensa franquia interconectada de filmes.

Com o selo Marvel Spotlight, o estúdio tem a chance de manter sua grande saga intergaláctica acontecendo, enquanto personagens menores, que não participariam de toda aquela bagunça, podem ter suas histórias contadas sem amarras.

O lado mais urbano ou sobrenatural do MCU pode se mostrar imensamente interessante dentro desse selo, que pode entregar séries e especiais que não custam tanto dinheiro, mas que têm o seu valor dentro do grande MCU. É a oportunidade de crescer para os lados e não apenas para cima, explorando e entregando tramas novas a cada vez mais diferentes.

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Não é difícil acreditar que, em alguns anos, as melhores histórias do MCU saiam diretamente do Marvel Spotlight. Surpreendentemente, Eco pode ser uma delas.

Eco, que terá classificação etária para maiores, tem estreia prevista para o Disney+ para o dia 10 de janeiro.