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HBO Max terá série policial de Gotham no mesmo universo do Batman de Pattinson

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Desde que The Batman, com Robert Pattinson, foi confirmado pela Warner Bros, muita gente se pergunta se essa nova versão do Homem-Morcego vai interagir com o Universo Estendido DC (DCEU, na sigla em inglês). A resposta agora veio na forma de uma confirmação de peso: o longa será em uma Gotham City de outra realidade, que, na verdade, será explorada em uma série derivada no HBO Max. E a melhor notícia é que ela será comandada pelo mesmo diretor, Matt Reeves, ao lado do criador da premiada série The Sopranos, Terence Winter.

De acordo com a descrição, a atração deve seguir o formato procedural da popular série de quadrinhos Gotham Central, escrita por Ed Brubaker e Greg Rucka, com ilustrações de Michael Lark. Em vez do foco na Batfamília, o seriado deve abordar o cotidiano do departamento de polícia em uma cidade corrupta — de certa forma parecido com Gotham, que teve cinco temporadas na Fox.

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"Esta é uma oportunidade incrível, não apenas para expandir a visão do mundo que estou criando no filme, mas para explorá-la no tipo de profundidade e detalhe que apenas um formato de longa duração pode oferecer — e começar a trabalhar com o incrivelmente talentoso Terence Winter, que escreveu de maneira tão perspicaz e poderosa sobre os mundos do crime e da corrupção, é um sonho absoluto", comemorou Reeves, no comunicado oficial à imprensa.

Experiência de Winter deve fazer a diferença

Mas por que produzir mais uma série sobre os policiais de Gotham City? Bem, em primeiro lugar, Gotham foi muito irregular e se perdeu no tom ao longo de sua trajetória, ficando muito presa às vidas de Bruce Wayne e do Comissário Gordon — posteriormente do Coringa. O grande charme de Gotham Central é de mostrar a cidade como um personagem e como ela gera tantos vilões, sob a perspectiva da "pessoa comum" — explicando também a razão de tanta gente continuar morando em um local tão violento e corrupto. Detalhar quem Batman está salvando e as pessoas que o ajudam no cotidiano é o que dá mais sentido para tudo.

Além disso, a Gotham City que Reeves parece estar criando tem aquela mistura neo-noir da Chicago da Lei Seca de 1930 com a Nova Iorque tomada pelo crime nos anos 70. Essa ambientação oferece uma teia de conspirações e mistério que se torna o palco perfeito para histórias investigativas e personagens dramáticos e complexos. E as “sombras” do Homem-Morcego de Pattinson e dos vilões de The Batman ao redor das tramas podem gerar interações transmídia interessantes.

Para completar, Winter. O escritor adaptou o roteiro de O Lobo de Wall Street, indicado ao Oscar de Melhor Filme em 2014, e soma nada menos do que 13 indicações ao Emmy por The Sopranos (11) e Boardwalk Empire (duas), das quais ele venceu quatro por The Sopranos. Ou seja, ele é especialista em personagens marcantes envolvendo submundo do crime, máfia e Nova Iorque — perfeito para o cargo.

Tudo isso credencia a nova série de Gotham City, que ainda não tem previsão de estreia, como uma das produções mais aguardadas dessa nova fase da DC nas telonas e telinhas.

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Série indica o “dedo” da AT&T no conteúdo da Warner

Desde que passou a olhar com mais cuidado para as propriedades da Warner Bros, a AT&T começou a realizar uma série de mudanças, uma das quais podemos ver com a decisão de produzir filmes fora do DCEU, a exemplo de Coringa. Diferente do Marvel Studios, a Warner Bros é uma companhia centenária e possui muitos executivos comandando diferentes setores, o que dificulta a criação e manutenção de uma cronologia coesa como o Universo Cinematográfico Marvel (MCU, na sigla em inglês) propõe.

Então, abraçar o Multiverso DC nos cinemas, de maneira semelhante que o Arrowverse fez na Crise das Infinitas Terras no canal CW, é uma forma de ser fiel aos quadrinhos e de criar um ecossistema interativo sem que os núcleos criativos entrem em conflito. O vindouro filme The Flash, por exemplo, deve explorar o tema de realidades alternativas justamente para que as várias versões dos personagens coexistam nas telonas de uma forma inteligível.

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A AT&T teve influência na demissão do coeditor-chefe da DC Comics, Dan Didio, e também foi quem deu sinal verde para o HBO Max realizar o Snyder Cut da Liga da Justiça, que não era bem visto pela Warner Bros e a DC Films. Além disso, o grupo quer vender a divisão de games Warner Bros Interactive e tem levado atrações exclusivas da plataforma DC Universe para o HBO Max e para o CW, a exemplo de Doom Patrol, Monstro do Pântano e Stargirl, como forma de “engordar” o conteúdo original do novo serviço de streaming.