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Varíola dos macacos mata? Doença é menos grave do que varíola humana

Por| Editado por Luciana Zaramela | 08 de Junho de 2022 às 11h50

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Wavebreakmedia/envato
Wavebreakmedia/envato

A varíola comum (smallpox) é uma doença que desperta medo por ser altamente mortal e deixar sequelas na maioria dos infectados. Felizmente, campanhas globais de vacinação conseguiram erradicar este doença no mundo — e até hoje é a única a ser erradicada pela humanidade. Agora, a sua parente, a varíola dos macacos (monkeypox), é bem menos letal para os infectados.

Todos os anos, alguns países do continente africano, como a República Democrática do Congo, registram casos endêmicos da varíola dos macacos. Nos seis primeiros meses de 2022, o Congo registrou mais de 1,2 mil casos. Mais recentemente, uma onda de casos atípicos da doença é relatada na Europa e na América do Norte.

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Qual a letalidade da varíola dos macacos?

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem dois clados (variantes genéticas) da varíola dos macacos, com diferentes taxas de letalidade:

  • Clado da África Ocidental, com taxa de letalidade (CFR) relatada anteriormente de até cerca de 10%;
  • Clado da Bacia do Congo (África Central), com taxa de 3%.

Entre os casos atípicos da varíola dos macacos relatados fora da África, até agora, a maioria deles foram associados com o clado da Bacia do Congo, ou seja, o grupo de variantes genéticas ainda menos letal da infecção.

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E a varíola comum?

Agora, a varíola comum é significativamente mais letal. Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, três em cada 10 infectados morrem em decorrência da infecção pelo vírus smallpox. "Muitos sobreviventes da varíola têm cicatrizes permanentes em grandes áreas do corpo, especialmente no rosto. Alguns ficam cegos", acrescenta a agência de saúde.

A vantagem é que esta doença foi, oficialmente, erradicada do globo em 1980, após uma extensa e abrangente campanha de vacinação. Até hoje, é a única doença a ser entendida como erradicada pela humanidade.

Quem corre mais riscos?

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Segundo a OMS, a varíola dos macacos pode ser classificada como uma doença autolimitante, ou seja, o paciente pode se curar após o período agudo da infecção, estimado entre 2 a 4 semanas. No entanto, a infecção pode ser grave ou ainda fatal para alguns indivíduos.

"Casos graves ocorrem mais comumente entre crianças e estão relacionados à extensão da exposição ao vírus, estado de saúde do paciente e natureza das complicações", explica a OMS. Em outras palavras, o risco tende a ser maior entre os mais jovens, aqueles que são imunossuprimidos — como quem convive com o HIV ou trata um câncer — ou ainda em pessoas desnutridas — sem acesso a uma alimentação saudável.

Para estes indivíduos, além dos sintomas clássicos da infecção, como as erupções na pele e a febre, há risco do aparecimento de infecções secundárias. Neste grupo de complicações, a OMS inclui broncopneumonia, sepse, encefalite e infecção da córnea — com consequente perda de visão.

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Diante da suspeita de um caso da doença, a orientação é que a pessoa busque orientação médica. Como o vírus é bastante transmissível, o paciente deve manter alguns cuidados para evitar a contaminação dos outros, como não compartilhar roupas de cama e toalhas. Também deve evitar o contato próximo com outros indivíduos, já que as secreções das erupções transmitem o vírus.

Fonte: OMS e CDC