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Varíola do macaco: doença é confirmada nos EUA, depois de casos na Europa

Por| Editado por Luciana Zaramela | 19 de Maio de 2022 às 10h24

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Brian W.J. Mahy/OMS/CDC
Brian W.J. Mahy/OMS/CDC

Os Estados Unidos confirmaram, na quarta-feira (18), o primeiro da caso da varíola do macaco — em inglês, monkeypox — deste ano. Morador do estado de Massachusetts, o paciente é um homem adulto que viajou, recentemente, para o Canadá. Além deste caso, a Europa relata aumento de diagnósticos da doença.

Apesar de ser uma doença rara e reconhecida pelas erupções que causa na pele, as autoridades de saúde dos EUA afirmam que "o caso não representa nenhum risco para o público e o indivíduo está hospitalizado, em boas condições". Isso porque a infecção teria sido importada para o país e a transmissão de humano para humano não é comum.

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Casos da infecção na Europa

Neste ano, o primeiro caso relatado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) foi confirmado no dia 7 de maio, no Reino Unido. O paciente também teria retornado de uma viagem internacional para a Nigéria e já voltou infectado para o seu país de origem. No trajeto, usou um voo comercial, o que obrigou as autoridades sanitárias a acompanharem possíveis sinais da doença em toda a tripulação.

Além do Reino Unido, Espanha e Portugal também relataram casos da infecção. Na quarta (18), autoridades de saúde portuguesa alertaram para mais 20 possíveis casos da varíola do macaco, concentrados na região de Lisboa e Vale do Tejo. A maioria era composta por jovens, sendo todos do sexo masculino.

A representante do Hospital de São João do Porto, onde os casos estão em isolamento, apontou que é "plausível" transmissão sexual como uma das causas possíveis da doença", segundo o jornal Correio da Manhã.

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A seguir, confira os principais sintomas deste tipo de varíola nos pacientes:

  • Lesões ulcerativas,
  • Erupção cutânea;
  • Gânglios palpáveis;
  • Febre;
  • Dores de cabeça;
  • Dores musculares;
  • Fadiga (cansaço).

Afinal, o que é a varíola do macaco?

"A varíola do macaco é uma zoonose silvestre com infecções humanas incidentais que geralmente ocorrem esporadicamente em partes florestais da África Central e Ocidental", define a OMS. O período de incubação costuma ser de 6 a 13 dias, mas pode variar de 5 a 21 dias.

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Apesar do aspecto visível da doença — a formação de lesões na pele, que podem ser dolorosas —, a OMS explica que "a doença é muitas vezes autolimitada, com sintomas geralmente desaparecendo espontaneamente dentro de 14 a 21 dias".

No entanto, a infecção causada pelo vírus da varíola do macaco pode ser mortal. Hoje, são conhecidos dois diferentes grupos genéticos (clados): o da África Ocidental, com uma taxa de mortalidade estimada em 1%; e o da Bacia do Congo, que pode chegar a 10%.

No momento, não há tratamento específico contra a infecção causada pelo vírus da varíola dos macacos. Apesar disso, as vacinas disponíveis contra a varíola humana podem aumentar a imunidade e proteger contra esta doença.

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Origem do vírus

O primeiro caso conhecido entre humanos foi registrado na República Democrática do Congo, em 1970. Desde então, a infecção chegou a outros países, mas em números limitados de casos, já que a transmissão entre humanos é considerada mais rara. Normalmente, estes casos são exportados de algum país do continente africano.

No histórico da doença, os EUA registraram um surto da infecção. Na época, as autoridades "determinaram que um carregamento de animais de Gana, importados para o Texas em abril de 2003, introduziu o vírus da varíola dos macacos nos Estados Unidos. A remessa continha aproximadamente 800 pequenos mamíferos representando nove espécies diferentes, incluindo seis tipos de roedores", explica o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). Sem sintomas, os animais foram vendidos para criação doméstica e contaminaram muitos compradores.

Oficialmente, o reservatório animal da varíola do macaco permanece desconhecido, mas a OMS pondera que seja muito provável que esteja entre os roedores. "O contato com animais vivos e mortos através da caça e do consumo de caça ou carne de caça são fatores de risco conhecidos", explica a organização.

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Como a monkeypox é transmitida?

A forma mais comum de transmissão é a que ocorre entre animais contaminados pelo vírus monkeypox e humanos. Nesses casos, a infecção se instala a partir do contato do vírus com lesões na pele, do trato respiratório ou pelas mucosas. Inclusive, gaiolas contaminadas podem ser fonte de contágio.

"Acredita-se que a transmissão de humano para humano ocorra principalmente através de grandes gotículas respiratórias. As gotículas respiratórias geralmente não podem viajar mais do que alguns metros, portanto, é necessário um contato pessoal prolongado. Outros métodos de transmissão de humano para humano incluem contato direto com fluidos corporais ou material da lesão e contato indireto com material da lesão", explica o CDC.

Segundo a GAVI Alliance, a varíola do macaco está na lista de 10 doenças com potencial para novas pandemias. Além dela, foram consideradas a ebola, a febre de Lessa e a febre do Vale do Rift.

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Fonte: ABC, Correio da Manhã, CDC e OMS