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Como é a transmissão do vírus da varíola dos macacos entre humanos

Por| Editado por Luciana Zaramela | 03 de Junho de 2022 às 18h15

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R. Robinson/CDC
R. Robinson/CDC

Em1970, o primeiro caso de varíola dos macacos (monkeypox) foi descoberto na República Democrática do Congo e, desde então, médicos e cientistas acompanham casos de transmissão da doença entre humanos. De forma geral, esse vírus pode ser transmitido pelo contato com as lesões e erupções na pele das pessoas doentes.

"Pessoas com varíola são infecciosas enquanto apresentam sintomas (normalmente entre duas e quatro semanas)", explica a Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o período em que o risco de transmissão é maior e o cuidado deve ser redobrado.

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Em maio de 2022, uma onda de surtos atípicos da varíola dos macacos foi identificada em países da Europa e da América do Norte. Em comum, parte significativa dos casos foi associada a homens que fazem sexo com homens (HSH). No entanto, a OMS ressalta: "É importante notar que o risco de varíola não se limita aos homens que fazem sexo com homens. Qualquer pessoa que tenha contato próximo com alguém infeccioso está em risco".

Como a varíola dos macacos é transmitida entre humanos?

De forma geral, a varíola dos macacos é transmitida através do contato físico com pessoas que tenham sintomas da infecção. Para ser mais preciso, as erupções e o pus dessas lesões são altamente infecciosos. Inclusive, roupas de cama, toalhas e objetos contaminados podem transmitir o vírus monkeypox.

"Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva. As pessoas que interagem com alguém que é infeccioso, incluindo profissionais de saúde, membros da família e parceiros sexuais, correm maior risco de infecção", detalha a OMS.

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Existe transmissão sexual?

No momento, não se sabe se a varíola dos macacos pode ser transmitida pelo sêmen ou pelos fluídos vaginais. No entanto, durante o ato sexual, a doença pode, sim, ser passada, já que isso envolve beijos, toques e sexo oral e penetrativo. Além disso, as erupções da doença podem ser encontradas nos genitais e na boca, o que provavelmente contribui para a transmissão durante o contato sexual.

"As pessoas que apresentam sintomas devem evitar o contato sexual com outras pessoas e, até sabermos mais, devem continuar usando preservativos após a recuperação", aconselha a OMS.

Transmissão pela placenta

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Entre humanos, também já foram relatados casos de transmissão através da placenta da mãe para o feto. Nesse caso, a criança desenvolve o que chamamos de varíola congênita. Além disso, há risco de transmissão, após o nascimento, por causa do contato próximo.

Outras formas do monkeypox ser transmitido

Além da transmissão humana, o vírus da varíola dos macacos pode ser transmitido de animal para humano, afinal esta é uma zoonose. Nesses casos, a transmissão ocorre a partir do contato com animais contaminados, como roedores, macacos, esquilos e outros tipos de animais silvestres.

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Nesse contexto, a ingestão de carnes mal cozidas ou de outros produtos de origem animal pode ser um possível fator de risco para a doença.

O que fazer se estiver com sintomas?

Com os casos endêmicos na África e os recentes casos atípicos, a orientação é que pessoas busquem auxílio médico ao detectarem possíveis sinais e sintomas da doença. Após receber as orientações adequadas, "se possível, isole-se e evite contato próximo com outras pessoas", aconselha a OMS. O isolamento busca impedir a cadeia de transmissão do monkeypox.

Fonte: OMS (1) e (2)