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Vacina contra câncer de pele reduz risco de metástase em 65%

Por  • Editado por Luciana Zaramela |  • 

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 erika8213/envato
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A vacina de mRNA (RNA mensageiro) contra o câncer de pele melona é mais eficaz em reduzir o risco de metástase do que apontou os primeiros testes clínicos, conforme revelam as farmacêuticas Moderna e MSD. Em comparação com o tratamento geral (imunoterapia), a redução do risco de morte foi de 65%. Anteriormente, era calculado em 44% para recorrência ou óbitos em decorrência da doença oncológica.

"Os pacientes com metástase, normalmente têm piores resultados de sobrevida e um prognóstico ruim”, afirma Kyle Holen, vice-presidente sênior e chefe de desenvolvimento, terapêutica e oncologia da Moderna. Por isso, novas soluções terapêuticas são tão importantes nessa área.

Por enquanto, os dados completos do estudo sobre a vacina para o câncer de pele ainda não foram publicados em uma revista científica. No entanto, os resultados foram apresentados durante o congresso anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco), que ocorreu este mês nos Estados Unidos. No mesmo evento, dados promissores foram apresentados contra outros tipos de cânceres, como câncer de pulmão e câncer de ovário.

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Próximos passos da pesquisa contra o câncer de pele

“Com a divulgação dos últimos resultados [do efeito da vacina de mRNA contra o câncer], desejamos seguir ainda neste ano, em parceria com a Moderna, para a Fase 3 do estudo”, afirma Márcia Abadi, diretora médica da MSD. Nesta pesquisa, será possível estabelecer a eficácia final da estratégia de tratamento contra o melanoma.

Para a última fase de testes, os cientistas irão recrutar pacientes oncológicos com as seguintes características:

  • Melanoma em estágio III e IV, considerados avançados;
  • Alto risco de reincidência e de metástase após o tratamento inicial;
  • Mais de 18 anos.

O interessante é que o tratamento proposto para esses voluntários é totalmente personalizado, o que ajuda a explicar os melhores resultados apresentados até o momento. Todo o composto é formulado a partir das características (proteínas das membranas) do tumor do paciente.

Diante dos potenciais benefícios, a vacina mRNA-4157 (V940) em combinação com Keytruda (imunoterapia) recebeu o selo de "terapia inovadora" pela Food and Drug Administration (FDA), nos EUA. Reconhecimento semelhante foi obtido junto à União Europeia.

A primeira geração de vacinas para o câncer

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Em paralelo aos testes da Moderna e da MSD, outro player no mercado de vacinas se aproxima da versão final de imunizante contra o câncer: a BioNTech. Nessa corrida, a expectativa é que as primeiras fórmulas fiquem prontas até 2030. Todas já disputaram o mercado internacional com as fórmulas contra a covid-19, durante a pandemia.

Caso a eficácia e a segurança dessas vacinas sejam confirmadas também contra o câncer, a tecnologia de mRNA deve se firmar como uma importante solução na área de saúde, renovando a expectativa de cura para inúmeras doenças, como cardiopatias (problemas do coração), doenças autoimunes e infecções virais (HIV).