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Vacina contra o câncer deve ficar pronta antes de 2030, diz BioNTech

Por| Editado por Luciana Zaramela | 17 de Outubro de 2022 às 11h41

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FabrikaPhoto/Envato
FabrikaPhoto/Envato

As vacinas de RNA mensageiro (mRNA) foram responsáveis, em parte, pelo sucesso da campanha de vacinação contra a covid-19 em todo o mundo. Estudos apontam que, apenas em 2021, as imunizações evitaram quase 20 milhões de mortes em decorrência do coronavírus. Agora, os pesquisadores querem adaptar esta tecnologia e usá-la contra o câncer. A empresa alemã de biotecnologia BioNTech planeja entregar estes primeiros imunizantes oncológicos antes de 2030.

Vale lembrar que, na pandemia da covid-19, a BioNTech foi a grande parceira da farmacêutica norte-americana Pfizer no desenvolvimento da vacina de mRNA. A questão é que a tecnologia inovadora do mRNA é estudada pelos cientistas da BioNTech muito antes da descoberta do coronavírus, mas, com a emergência da covid, as pesquisas foram adaptadas para a questão do vírus. No entanto, desde a fundação em 2018, a empresa alemã tem como foco a luta contra o câncer.

Após demonstrar o sucesso da tecnologia de mRNA contra a covid-19, os esforços são novamente direcionados em pesquisas e no desenvolvimento de uma fórmula personalizável contra o câncer. O CEO e o cofundador da BioNTech, Uğur Şahin, afirmou que as vacinas oncológicas devem estar disponíveis “antes de 2030”, durante entrevista para a BBC.

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Vacinas contra o câncer da BioNTech

No momento, estudos clínicos da BioNTech investigam o uso das fórmulas de mRNA contra diferentes tipos de câncer, como o câncer de pele (melanoma) e o de intestino. Em outras palavras, potenciais imunizantes já são testados em humanos e, caso sejam bem-sucedidos, podem revolucionar o tratamento oncológico.

"Como cientistas, sempre hesitamos em dizer que teremos uma cura para o câncer. Temos vários avanços e continuaremos trabalhando neles", explica Özlem Türeci, diretora média e cofundadora da BioNTech.

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Neste ponto, a cautela é bastante importante, apesar da promessa de entregar os primeiros imunizantes em 2030. Isso porque, muitas fórmulas que pareciam promissoras no passado já foram descontinuadas, após fracassos nos estudos clínicos.

Além da BioNTech, a Moderna — uma das empresas que também desenvolveu vacinas de mRNA contra a covid — está avançando nos testes contra o câncer. No momento, a empresa realiza um estudo de Fase 2 contra o câncer de pele e os resultados desta fase são esperados para o final do ano.

Como funciona a tecnologia de mRNA contra o câncer?

Diferente das outras vacinas, as fórmulas de mRNA usam a própria maquinaria do organismo para ensinar quem é o potencial invasor e como eliminá-lo. No caso da covid, o imunizante envia instruções para o corpo produzir fragmentos do coronavírus SARS-CoV-2 e, com isso, ensina o sistema imunológico a reconhecer o invasor.

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Agora, a vacina contra o câncer personalizável usa o mesmo esquema de indução de imunidade, mas foca na produção de marcadores encontrados na superfície das células do tumor do próprio paciente. É uma estratégia bastante específica e que pode combater o câncer, enquanto preserva as outras células do organismo que não estão relacionadas com a doença.

Fonte: BBC