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Vacina bivalente contra a covid-19: por que vale a pena tomar?

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Prostock-studio/Envato Elements
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Para aumentar os níveis de proteção contra a covid-19 e evitar futuras ondas de casos da doença, o Brasil começa a usar uma nova geração de imunizantes da Pfizer contra o coronavírus SARS-CoV-2: a vacina bivalente. Destinada apenas para grupos de risco, a fórmula imuniza contra o vírus original e as cepas descendentes da variante Ômicron.

Até o último sábado (4), o Ministério da Saúde já tinha aplicado mais de um milhão de doses das vacinas bivalentes nos brasileiros. Embora a campanha de imunização esteja em pleno funcionamento, algumas pessoas ainda têm dúvidas relacionadas ao imunizante e a necessidade de uma dose extra, como responderemos a seguir.

Já adiantamos que as vacinas são uma estratégia eficaz para proteger vidas e, se você pode receber uma nova dose de reforço (bivalente ou não), vale a pena ir até a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua residência para ser imunizado.

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Por que tomar a vacina bivalente contra a covid-19?

Em primeiro lugar, a vacina bivalente como dose de reforço é importante para ampliar as defesas do organismo contra a covid-19. "Pesquisas já realizadas apontam que a estratégia de aplicação de doses de reforço eleva a efetividade das vacinas para prevenção das formas graves do SARS-CoV-2, principalmente nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), hospitalizações e mortes", afirma a Saúde, em nota.

Cabe destacar que, agora, apenas grupos de risco são imunizados com a fórmula bivalente, ou seja, aqueles com maior risco de óbito em caso de infecção. Idosos, pessoas imunossuprimidas, gestantes, puérperas, ribeirinhos, indígenas e quilombolas estão aptas a serem vacinadas. A partir de abril, as doses também serão liberadas para os profissionais de saúde, como médicos, enfermeiros e funcionários de hospitais.

Benefício da vacina para os idosos

Segundo a Saúde, "o envelhecimento é um fator de risco importante para doença grave e óbito por covid-19. Com o passar dos anos, a função imunológica, que protege o nosso corpo contra infecções, começa a apresentar queda, torna-se menos eficaz e isso tem relação com a idade".

Neste contexto, tomar uma vacina desenvolvida especificamente contra as cepas descendentes da variante Ômicron — predominantes em todo o mundo —, eleva o nível de proteção. Afinal, a fórmula do imunizante é mais específica e condizente com a realidade epidemiológica. Anteriormente, descobriu-se que a eficácia das versões anteriores (monovalentes) caíram com as mutações do vírus e este novo desenho é uma contra-reposta à evolução viral, capaz de reduzir o risco de mortes e a covid longa.

Usar doses de reforço é uma estratégia conhecida

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"Tanto as [vacinas] bivalentes quanto as monovalentes agem do mesmo modo no organismo, estimulando o sistema imunológico a produzir anticorpos protetores e células de defesa contra o vírus SARS-CoV-2. Quando infectada pelo vírus, a pessoa vacinada conseguirá combatê-lo rapidamente, pois já tem imunidade", pontua a Saúde sobre as similaridades.

Aqui, é importante ressaltar que usar doses de reforço e propor o uso de imunizantes com mais de uma valência (bivalentes) não são nenhuma novidade no Brasil. Na verdade, estas estratégias já são adotadas muito antes da descoberta da covid-19. Isso porque são eficazes, especialmente em vírus muito mutáveis.

Por exemplo, a campanha de vacinação contra a gripe (influenza) usa sempre uma versão ajustada do imunizante, composta pelas três ou quatro cepas do vírus que mais circulam no mundo. Esta lista é definida anualmente pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e replicada globalmente pelas farmacêuticas.

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E os efeitos adversos da vacina?

Algumas pessoas podem ter dúvidas em receber ou não a vacina bivalente devido aos possíveis efeitos colaterais. No entanto, o que foi observado no pós-vacinação, até o momento, é bastante similar ao que ocorria com as vacinas mais antigas contra a covid-19.

Disponibilizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a bula da vacina bivalente da Pfizer indica que os seguintes sintomas são os mais comuns após a vacinação:

  • Cefaleia (dor de cabeça);
  • Dor no local da injeção;
  • Inchaço no local da aplicação;
  • Fadiga;
  • Febre;
  • Mialgia (dor muscular);
  • Diarreia;
  • Náuseas.
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Estudos comprovam que vacinas salvam vidas

De forma geral, as vacinas salvam vidas, ainda mais quando se analisa os dados referentes à pandemia da covid-19. Apenas em 2021 — quando as campanhas de vacinação começavam a se disseminar pelo mundo, mas as doses ainda eram limitadas —, 19,8 milhões de mortes foram evitadas pelo uso de imunizantes do coronavírus em todo o mundo, segundo pesquisadores do Imperial College London, no Reino Unido.

No caso brasileiro, a campanha nacional de vacinação demorou para ganhar fôlego em 2021. Mesmo neste cenário adverso, cientistas do Observatório Covid-19 Brasil estimaram que as imunizações evitaram a morte de mais de 63 mil idosos nos primeiros 8 meses daquele ano. Em paralelo, as vacinas evitaram 158 mil a 178 mil hospitalizações de idosos no mesmo período.

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Fonte: Anvisa e Ministério da Saúde (1) e (2)