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Tafenoquina: SUS agora tem remédio dose única para malária

Por| Editado por Luciana Zaramela | 07 de Junho de 2023 às 12h33

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Adoscam/Wikimedia Commons
Adoscam/Wikimedia Commons

Na última terça-feira (6), o Ministério da Saúde anunciou a incorporação da tafenoquina ao Sistema Único de Saúde (SUS). Trata-se de um remédio para malária, doença infecciosa febril aguda causada por protozoários do gênero Plasmodium transmitidos. O medicamento será usado nos casos de infecção por Plasmodium vivax, tipo mais comum de malária no Brasil.

Conforme análise da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), a tafenoquina tem resultados similares aos da primaquina, já utilizada no SUS contra a doença em questão.

A diferença é que a primaquina o precisa ser administrada ao longo de 14 dias, enquanto a tafenoquina deve ser tomada em apenas uma dose. A ideia é contribuir para a diminuição das chances de recaída.

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No anúncio, a Pasta também menciona que o "teste quantitativo da atividade da enzima glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD) como tecnologia auxiliar para confirmação diagnóstica."

O teste G6PD foi incorporado em conjunto, como tecnologia auxiliar, porque dele depende uma parte fundamental do tratamento. "É que só podem usar esse medicamento os pacientes maiores de 16 anos e com mais de 70% de atividade da enzima glicose-6-fosfato desidrogenase", aponta o comunicado.

Existe vacina contra a malária?

No Reino Unido, cientistas da Universidade de Oxford trabalham no desenvolvimento de uma vacina contra a malária. Apelidada de R21/Matrix-M, a vacina de Oxford atua no primeiro estágio do ciclo de vida do parasita, impedindo que o Plasmodium, independente da espécie, chegue ao fígado e se estabeleça no organismo.

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Na prática, a vacina usa uma combinação de proteínas do parasita da malária (que ajuda o organismo a identificar o agente infeccioso, quando de fato a pessoa for infectada) e outras proteínas do vírus da hepatite B.

Em paralelo, a Fiocruz desenvolve uma nova vacina contra a malária. Para a pesquisa do potencial imunizante, a equipe conta com um plataforma que "pode avaliar atividade antimalárica ex vivo [em tecidos ou amostras retirados de um organismo vivo] contra estágio sanguíneo do parasita, assim como a atividade no bloqueio da transmissão do parasita”.

Ciência combate a malária

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A Fiocruz também desenvolveu um teste para a malária, que indica a presença ou não da condição em menos de 10 segundos. A testagem é feita a partir de um feixe de luz e o resultado é compartilhado através de um celular — sem o uso de nenhum tipo de agulha.

Em 2022, cientistas norte-americanos notaram que o anticorpo monoclonal pode prevenir malária, mais precisamente o anticorpo L9LS, que ao ser produzido em laboratório, gera algum grau de imunidade contra a doença. Segundo os estudos clínicos, as doses do L9LS protegeram totalmente 88% dos participantes envolvidos.

Fonte: Ministério da SaúdeNejmAgência Fiocruz