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Shou Zi Chew | Quem é ex-banqueiro cingapurense CEO do TikTok?

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 24 de Março de 2023 às 12h03

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World Economic Forum/Flickr
World Economic Forum/Flickr
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Shou Zi Chew é um nome incomum que provavelmente você nunca tinha ouvido falar até pouco tempo atrás. O executivo de 40 anos é famoso por ser o presidente (CEO) do TikTok, uma das três maiores redes sociais do planeta.

O chefão da plataforma de vídeos curtos é ex-banqueiro e teve uma ascensão rápida no setor de tecnologia. Fluente em mandarim e inglês, sempre se destacou pela postura pacata, a simpatia e a serenidade.

Recentemente, seu nome ganhou as manchetes dos jornais após travar uma batalha global contra o banimento do TikTok. Chew tem se reunido com autoridades dos Estados Unidos e da União Europeia para reforçar que sua plataforma não repassa informações para o governo da China.

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De onde veio Chew?

Chew nasceu em 1º de janeiro de 1983, em Cingapura — ao contrário do que muitos pensam, ele não é chinês. Seu pai trabalhava na construção civil, enquanto sua mãe era contadora, portanto ele veio de uma família de classe média.

Logo após terminar o serviço militar obrigatório, foi estudar na University College London, na Inglaterra, na qual se formou em 2006 após concluir o curso de economia.

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Em 2010, decidiu cursar mestrado em administração na Harvard Business School, onde teve a oportunidade de fazer um estágio no Facebook. Foi ali que adquiriu conhecimentos sobre gerenciamento de redes sociais, usados tempos depois no TikTok.

Ele teve passagem por bancos, incluindo o renomado Goldman Sachs, e uma empresa de capital de risco chamada DST Global. Ali ele foi o responsável pela primeira rodada de captação de recursos para a ByteDance, empresa dona do TikTok, no ano de 2013, quando ainda nem sonhava em trabalhar com os chineses.

Chew se juntou à criadora de celulares Xiaomi para exercer o cargo de diretor-financeiro em 2015. Quatro anos mais tarde, tornou-se presidente de negócios internacionais da companhia, onde ganhou visibilidade global. Este foi o trampolim para o cargo mais alto à frente da rede social dos vídeos curtos.

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Chegada do TikTok

Foi só em março de 2021, quando o TikTok já era conhecido em boa parte do planeta, que foi contratado para substituir o antigo CEO Kevin A. Mayer. Desde então, ele é o responsável por tomar as decisões que fizeram dos vídeos curtos um fenômeno global.

Diferentemente de Mark Zuckerberg, criador do Facebook, e de Adam Mosseri, chefe do Instagram, Chew tem um perfil bem mais discreto. Ele não aparece fazendo anúncios de novidades da plataforma nem costuma dar entrevistas.

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O seu perfil pessoal no TikTok, por exemplo, não faz menção ao cargo. Ele também não costuma postar nada sobre o trabalho e produz alguns vídeos apenas sobre viagens ou momentos de lazer. Quando precisa fazer algum comunicado público, o perfil oficial do TikTok é usado para dar o recado, como no vídeo acima.

Batalha contra o banimento do TikTok

Desde quando assumiu a presidência, Shou Zi Chew tem feito uma peregrinação por países para convencer autoridades de que sua rede social é segura. No começo do ano, fez várias videoconferências com integrantes da Comissão Europeia para se adequar à legislação local. O Digital Services Act (DSA) e Digital Markets Act (DMA) estabeleceram um conjunto de regras impactantes nas atividades das Big Techs no continente europeu.

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A incursão mais recente foi uma ida a Washington para prestar depoimento ao Congresso dos EUA sobre as acusações. Tudo começou com as acusações levantadas pelo governo do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, e prosseguiu durante a administração Biden. O TikTok é acusado de fornecer dados de usuários dos EUA para integrantes do governo da China, conforme a legislação local determina.

O desafio de Chew daqui para frente será demonstrar, com ações concretas, que o TikTok está disposto a oferecer total transparência sobre o tratamento dos dados. Se isso será suficiente para frear o ímpeto dos congressistas norte-americanos, ansiosos por aprovar uma lei que decrete o banimento do TikTok, só o tempo dirá.