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Mastodon volta a crescer após confirmação de compra do Twitter por Elon Musk

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 01 de Novembro de 2022 às 10h55

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Reprodução/Mastodon
Reprodução/Mastodon

A rede social Mastodon voltou a apresentar crescimento após Elon Musk concretizar a compra do Twitter. Cerca de 70 mil novos usuários entraram para a plataforma no dia seguinte ao bilionário entrar com uma pia no prédio, em uma espécie de protesto contra a aquisição.

O Mastodon é construído sobre uma plataforma aberta e gratuita, sem controle por corporações ou magnatas. A comunidade é define os rumos do serviço, seja com a criação de novos recursos, seja com o aprimoramento dos já existentes.

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Sem controle centralizado, a plataforma não fica refém de interesses de ninguém em específico. Segundo os fundadores, isso também torna a plataforma mais econômica, sem depender de funcionários e grande estrutura física para rodar, o que dispensa o uso de publicidade e a intensa preocupação com monetização/lucratividade que as mídias sociais têm.

Em termos visuais e funcionais, é muito parecido com o Twitter, já que replica a fórmula de sucesso de microblogging. É possível criar publicações com até 500 caracteres, aqui chamados "toots" em vez de "tuítes", além de imagens, fotos e vídeos.

Os servidores da plataforma são descentralizados, baseados em países ou em cidades, ou conforme interesses/comunidades desejadas. Não faz muita diferença em qual você será conectado, já que é possível interagir com pessoas de outras temáticas. O acesso ao servidor do Mastodon é como no Gmail: você terá um domínio (@Mastodon.Social) e pode enviar as mensagens (e-mails) para pessoas de outras instâncias.

Por que o Mastodon voltou a crescer?

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O motivo do crescimento é o temor dos rumos que a plataforma do passarinho pode tomar sob o novo comando. Muitos estão felizes pelo discurso focado em uma total "liberdade de expressão", que permitiria inclusive espalhar desinformação e fake news, desde que não fosse nada criminoso.

Por outro lado, existe o medo de banimentos serem revertidos e de a plataforma ser tomada por supremacistas, racistas, antivax, anticiência e outros movimentos atualmente condenados pela plataforma. Em uma rede considerada tóxica por natureza, atrair grupos com opiniões tão radicais poderia agravar o atual cenário.

A rede social do mamute já havia apresentado uma explosão na entrada de usuários em abril deste ano. Na ocasião, o Mastodon registrou 41.287 usuários simultâneos conectados nas primeiras horas após as notícias confirmarem a venda do Twitter, número inédito até então.

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Ainda assim, a rede ainda está bem abaixo do potencial. Usuários populares da rede social de Elon Musk não parecem interessados em abandonar seus seguidores para tentar uma vida nova no Mastodon. É difícil pensar que a rede social do passarinho, que já resistiu a imensas crises, não possa suportar uma queda momentânea de acessos.

Talvez, isso só ocorra se o dono da Tesla fizer alterações muito controversas no Twitter. Recentemente, o bilionário demitiu a alta cúpula do Twitter em uma só tacada e prometeu reverter banimentos eternos. Antes, ele havia dito que poderia dispensar até 70% dos funcionários da plataforma, mas depois retrocedeu. Há também rumores de que o Twitter poderia ser tornar um superapp ao estilo do WeChat, que reuniria também delivery, compras online, serviços gerais e pagamentos.