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Elon Musk anuncia compra do Twitter e recua sobre demissão em massa

Por  • Editado por Claudio Yuge | 

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(Foto: Drew Angerer/ Getty Images)
(Foto: Drew Angerer/ Getty Images)
Elon Musk

Na véspera do prazo final para a conclusão do contrato, Elon Musk anuncia a compra do Twitter. A notícia foi revelada através de uma carta aberta publicada na conta pessoal do bilionário, na manhã desta quinta-feira (27). Até o momento, a empresa não se pronunciou.

Na carta, Musk fala sobre suas motivações ao comprar a rede social e esclarece algumas opiniões sobre a plataforma. "A razão pela qual adquiri o Twitter é porque é importante para o futuro da civilização ter uma praça digital comum", afirma o bilionário.

"Atualmente, há um grande perigo de que as mídias sociais se fragmentem em câmaras de eco de extrema-direita e extrema-esquerda que geram mais ódio e dividem nossa sociedade", completa.

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Sobre a moderação na rede, ele afirma que o Twitter não será um lugar onde as pessoas poderão falar o que quiserem sem sofrer consequências, mas que deve ser um lugar "aconchegante e acolhedor" para todos.

Chega ao fim a disputa 'Twitter VS Musk'

Segundo a decisão da juíza Kathaleen McCormick, responsável pelo caso do Twitter contra Musk, o prazo final para que o bilionário realize a compra da plataforma de miniblog vence nesta sexta-feira (28). No início da semana, o CEO da Tesla já havia entrado em contato com os bancos e investidores responsáveis por parte da aquisição de US$ 44 bilhões (R$ 233 bilhões) para agilizar o processo de liberação do crédito.

A Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) anunciou que as ações do Twitter serão suspensas das negociações nesta sexta-feira (28), respeitando o prazo de conclusão do acordo. Os papéis alcançaram o maior patamar desde julho, valorizando 65% e chegando ao valor de US$ 53,92 (R$ 285,47) por ação.

Musk reitera que não demitirá 75% dos funcionários

Na última quarta-feira (26), Elon Musk publicou um vídeo chegando na sede do Twitter em São Francisco. Informantes da Bloomberg disseram que o bilionário aproveitou a visita para conversar com os funcionários e tranquilizá-los de que não tem intenção de demitir 75% do time da empresa — apesar de que cortes ainda serão necessários.

Na terça-feira (24), o site TIME relatou que profissionais do Twitter escreveram uma carta aberta sobre as demissões, apontando que a medida seria "imprudente" e prejudicaria a capacidade da plataforma de "servir à conversa pública". Alguns dos pontos de divergência entre os trabalhadores e a nova liderança são o modelo de trabalho remoto, visto que Elon já se posicionou contrário, e a redução da moderação de conteúdos, o que daria mais espaço para discursos de ódio.

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Fonte: Bloomberg