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Mark Zuckerberg quer vender Oculus Rift pelo "menor preço possível"

Por| 12 de Junho de 2014 às 08h59

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Divulgação
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Produtos como o Oculus Rift e Project Morpheus estão aí para comprovar que a realidade virtual veio para ficar. No entanto, por se tratar de um produto muito recente, a tecnologia ainda é muito cara, permitindo que apenas alguns usuários consigam desfrutá-la. E no que depender de Brendan Iribe, CEO da Oculus VR, esse modelo de negócio deve continuar nos estágios iniciais assim que o Rift for colocado à venda para todos.

Em entrevista ao site Ars Technica, Iribe destacou que espera lucrar com as vendas do headset, igualando os custos de produção ou até lucrar com isso. Contudo, ele acredita que a primeira versão do acessório deve comercializar aproximadamente 1 milhão de unidades, já que o foco do dispositivo não é uma indústria tão consolidada como a dos consoles de videogame. "Esse poderia ser nosso objetivo, mas não é. O objetivo é obter entusiastas e novos usuários interessados na tecnologia, receber seu feedback e saber se os desenvolvedores estão realmente produzindo grandes conteúdos", disse.

O CEO afirma que irá vender ao consumidor final a primeira versão do Oculus Rift, a mesma que fez uma campanha estrondosa no site de arrecadamento Kickstarter e vendeu 50 mil unidades em todo o mundo. O visor de realidade virtual está em sua segunda "geração" do kit de desenvolvimento e até já ganhou um possível sucessor, o Crystal Cove, apresentado na CES deste ano, em Las Vegas. A segunda versão do Rift será colocada à venda para todos um ou dois anos depois que o modelo original chegar ao mercado.

Iribe também declarou que um dos principais desafios atuais do Oculus Rift é sua biblioteca de jogos, incluindo a distribuição de serviços integrados ao produto através de uma plataforma online – algo como a PSN e a LIVE, do PlayStation e Xbox, respectivamente. "O Rift precisa ser um aparelho divertido de usar e ter uma plataforma divertida de utilizar. E para que o sistema seja divertido, ele precisa de conteúdo. (...) Muitas novidades estão sendo produzidas atualmente, mas precisamos de muito mais".

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Facebook

Brendan Iribe, CEO da Oculus VR (Foto: Oculus/Divulgação)

É claro que a rede social mais famosa do mundo terá um papel importante no futuro da Oculus VR, mas não da maneira como muita gente imagina. O CEO da Oculus, adquirida pelo Facebook em março deste ano por US$ 2 bilhões, garantiu que ele e sua equipe continuarão trabalhando de forma autônoma e que o site de Mark Zuckerberg vai ajudar principalmente com custos financeiros. Iribe explica que o Facebook não terá um grande impacto na tecnologia do Oculus Rift, mas sim "permitir oferecer uma segunda versão muito melhor do produto ao consumidor".

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Profissionais com experência e reconhecimento a Oculus tem de sobra. E a lista é grande: desde o ano passado, entraram para a companhia nomes como John Carmack, um dos fundadores da id Sofrware (Doom, Quake); Michael Abrash e Atman Binstock, especialistas em realidade virtual da Valve; David De Martini, ex-executivo da Electronic Arts; Jason Holtman, ex-chefe de desenvolvimento de negócios da Valve; Adrian Wong, ex-engenheiro chefe da equipe responsável pelo Google Glass; e mais recentemente Jason Rubin, um dos fundadores do estúdio Naughty Dog (Crash Bandicoot, Uncharted).

Com tantos desenvolvedores de sucesso, não é de se espantar que o Facebook está realmente interessado em investir cada vez mais na tecnologia do Oculus Rift. E apesar de Zuckerberg não acompanhar de perto o desenvolvimento de novos conteúdos para o acessório, Iribe afirma que a opinião do CEO da rede social será decisiva na hora de definir o preço do dispositivo.

"Mark quer vender o Rift pelo menor valor possível. Eu também quero, mas ao mesmo tempo quero executar um negócio rentável. Mark tem muito mais a ideia de 'Vamos fazer isso em escala com o produto da melhor qualidade ao menor preço possível'", disse. Na prática, isso significa que Zuckerberg pretende ignorar, pelo menos em um primeiro momento, as margens de lucro para oferecer a tecnoloia de realidade virtual por um preço acessível a todos os consumidores.

A previsão de Iribe é que o primeiro modelo do Oculus Rift chegue ao mercado a partir do final de 2015.

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