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HQs sugerem que X-Men vão antagonizar ao Quarteto Fantástico nos cinemas

Por| 09 de Junho de 2023 às 14h10

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Marvel Comics
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Quando o Quarteto Fantástico retornou do limbo, a Marvel Comics, que tinha realizado uma interessante despedida para o grupo em Guerras Secretas, aproveitou para fazer um soft reboot na equipe. A Casa das Ideias promoveu o antagonismo dos X-Men com a família arqueóloga do desconhecido. E isso pode ser uma dica de que essa dinâmica possa acontecer no cinema.

Os X-Men e o Quarteto Fantástico passaram dificuldades nos quadrinhos durante o final dos anos 2000 e quase toda a década seguinte, principalmente por conta da inflexibilidade da Fox trabalhar com a Marvel Studios. Ordens de cima apagaram o brilho de ambos propositalmente, para não promover personagens que estavam fora do Universo Cinematográfico Marvel e também para que os autores não criassem novas propriedades conectadas aos direitos autorais vendidos pela Casa das Ideias.

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O chefe da Marvel Entertainment na época, Isaac Perlmutter, baixou uma diretriz à Marvel Comics, de afastar as propriedades do primeiro plano e de ignorá-los em quaisquer campanha de marketing. Os X-Men sumiram dos games da Capcom produzidos nesse período, e nos gibis eles até ganharam uma nova doença, transmitida pela Névoa Terrígena dos Inumanos — o diretor queria substituir uma equipe pela outra como carro-chefe desse cantinho da editora.

Os artistas da Marvel ficaram descontentes com essa decisão de Ike, e não desistiram de procurar saídas para boas histórias. Então, para aposentar temporariamente o Quarteto Fantástico, a editora usou as Guerras Secretas de 2015, em que vemos o grupo enfrentando o Doutor Destino, o rei de uma realidade criada pelo poder dos Beyonders. Em uma trama comparável a Game of Thrones, Reed Richards, Sue Richards e seus dois filhos, Franklin e Valeria Richard, permanecem no que sobrou do Multiverso para reconstruírem os mundos paralelos.

O retorno do Quarteto Fantástico durante a Era Krakoana dos X-Men

Como todos sabem, a Disney comprou a Fox em 2019, então os direitos cinematográficos dos X-Men e Quarteto Fantástico voltaram para a Marvel. Assim que o negócio foi fechado, a Casa das Ideias aproveitou para reformular ambas as equipes, que passavam quase duas décadas com poucas sagas de grande apelo.

Os X-Men tinham acabado de entrar na Era Krakoana, em que os mutantes se cansam de tentar conviver com humanos e se isolam na ilha viva Krakoa. Foi a primeira vez que vimos uma nação mutante com sua própria cultura e hábitos, idiomas, ciência, enfim, os Filhos do Átomo passaram a celebrar seus genes, até mesmo vencendo a morte com os novos Protocolos de Ressurreição.

O Quarteto Fantástico já não se misturava muito com os X-Men no passado. Em1987, ambos entraram em choque por conta de uma trama envolvendo Kitty Pride desaparecendo, devido a seus graves ferimentos no evento Massacre de Mutantes. E, quando retornou, Jonathan Hickman, escritor da última grande saga da primeira família de heróis, aproveitou que estava assinando a Era Krakoana para aprofundar essa dinâmica de oposição.

Quando Ciclope vai levar o Dentes de Sabre para Krakoa, o Quarteto Fantástico diz que a fera está sob sua custódia e impede o líder dos X-Men de levá-lo para casa. Scott Summers provoca Reed e Sue Richards, dando as costas e dizendo para o filho deles, que é um mutante, procurá-lo quando estiver pronto — a irritação causada nos pais é visível.

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Posteriormente, essa tretinha escalou para a trama mostrada no especial X-Men/Quarteto Fantástico: 4X, em que vemos Franklin Richards finalmente atendendo ao chamado da nação mutante, e fazendo uma visita ao Professor Xavier e seus pupilos. A trama agradou, e até trouxe uma espécie de “drama de tribunal”, como se fosse uma briga de custódia pelo filho, entre os X-Men e o Quarteto Fantástico.

Vale lembrar que há um grande conflito de ideais também. Reed e Sue Richards questionam várias atitudes dos X-Men, como abrigar Magneto depois de ele ter assassinado centenas de pessoas em um sequestro submarino; os remédios inovadores que usam uma Ciência própria nos Protocolos de Ressurreição e na terraformação de Marte pelos mutantes; e os portais que começaram a aparecer em todo o mundo e que só os Filhos do Átomo podem utilizar.

Por que isso aconteceria nos cinemas?

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O chefão da Marvel Entertainment, Kevin Feige, é bastante conectado com os chefes e editores da Marvel Comics. Ele sabe tudo o que está acontecendo nos quadrinhos, e tenta fazer um trabalho em conjunto com os criadores, para que as produções estejam sintonizadas com o material das séries de TV e filmes — ele com certeza já sabia o que viria por aí nas novas fases do Quarteto Fantástico e dos X-Men nos quadrinhos.

Ter os X-Men antagonizando com o Quarteto Fantástico faz todo o sentido nos cinemas. Os filmes podem valorizar o drama familiar, especialmente quando você contrapõe as pessoas que foram obrigadas a formar uma nova família, porque o mundo em que elas nasceram rejeitou-as; e a família perfeita, é a representação do que deu certo na nossa sociedade.

Isso só pode funcionar direito nos cinemas se houver uma boa química entre todos os atores, assim como tem acontecido com os Vingadores, por exemplo. Então, a própria demora em termos de confirmações de diretores e elenco pode ser que seja Feige buscando não apenas os artistas ideais para o Quarteto Fantástico, mas também que combinem com os nomes do outro, dos X-Men — e vice-versa.

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Introduzir os dois grupos, um interligado ao outro desde o começo, já quebra tudo o que foi feito até hoje com as duas franquias na Fox Films — ainda mais se Feige também introduzir o “bromance” entre o Homem-Aranha e o Tocha Humana. Percebam que é justamente isso que a Marvel Studios costuma fazer, entrelaçar as tramas para que seu Universo Cinematográfico Marvel (MCU, na sigla em inglês) seja o grande diferencial.