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Homem-Aranha passa perrengues por conta de regra imposta em 1963

Por| 31 de Maio de 2023 às 20h58

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Marvel Comics
Marvel Comics
Peter Parker

Embora isso não seja lá um grande problema na DC Comics, as “diferenças financeiras” que existem entre os heróis são um aspecto importante na Marvel Comics — veja só, o Demolidor, por exemplo, não vai muito com a cara de Homem de Ferro, justamente porque Matt Murdock cresceu na pobreza da Cozinha do Inferno e não acredita muito em magnatas como Tony Stark. E uma regra imposta por uma HQ de 1963 é a responsável por manter o Homem-Aranha passando perrengues até hoje.

Passar dificuldades financeiras está no DNA de Peter Parker, afinal, o fato de ele ser pobre, ter morado com a tia e ter sofrido bullying no colégio é parte do charme que o torna um personagem o qual muitas pessoas podem se reconhecer. E, já prevendo que o herói um dia pudesse reverter esse quadro, a própria editora impôs uma regra que o mantém nessa condição.

Tony Stark pode, por exemplo, monetizar sobre os atos heróicos que realiza com seu alter-ego, afinal, quem não compraria um dispositivo de alta tecnologia fabricado pelo inventor da armadura do Homem de Ferro? E até mesmo o Homem-Formiga lucrou bastante com seu livro em seu filme mais recente, Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania.

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Já para Peter Parker a coisa é diferente, pois ele não consegue obter lucros com o Homem-Aranha, justamente por conta de sua identidade secreta. Em Amazing Spider-Man #1, de 1963, Peter até tenta resolver suas dificuldades financeiras atuando como o Homem-Aranha. Mas, com não pode se identificar adequadamente, não consegue descontar um cheque.

Regra foi confirmada na era moderna do Homem-Aranha

E, mesmo com o Homem-Aranha já tendo passado por uma fase em que foi rico e dono de uma empresa de tecnologia tão grande quanto a de Stark, essa regra vale em sua fase moderna. Em Amazing Spider-Man #661, de 2011, Peter diz não ter conseguido descontar o cheque de pagamento que receberia como substituto na Academia dos Vingadores — um dos alunos até brinca que ele poderia ter criado uma empresa de fachada para receber sob o nome comercial "Homem-Aranha, LLC".

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Isso foi confirmado quando a Marvel e a empresa de cartões Visa se uniram na HQ educacional Avengers: Saving the Day, de 2013, em uma trama criada em prol da alfabetização financeira. Na história, enquanto impede o Homem-Toupeira de roubar um banco, o Homem-Aranha aprende uma lição sobre o valor do orçamento e da economia — ou seja, a própria editora confirmou que passar perrengue é uma regra na vida do Escalador de Paredes.

No final das contas, essa regra impôs também dificuldades que tornam a vida do Homem-Aranha ainda mais trágica. Além de lidar com o estresse de estar constantemente “duro”, ele também sempre passou por vários momentos tristes, especialmente por não conseguir sustentar a si mesmo e nem a tia May — e, vale lembrar que isso também afetou seu relacionamento romântico com Mary Jane, Gwen Stacy e outras.

E, para sermos justos e tragicômicos, também rendeu vários momentos engraçados, até mesmo em várias interações em que o Homem-Aranha aproveita a riqueza e ostentação com os Vingadores e Tony Stark; ou quando responde que "vai continuar devendo uma grana" ou "posso pagar no crédito?" ao Duende Verde, toda vez que o vilão diz: "Homem-Aranha, um dia você vai me pagar!".

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Não importa o quanto Peter se torne um gênio da tecnologia, ou mesmo seja recompensado por combater o crime, ele sempre vai passar por perrengues — até mesmo por conta do uso de seu nome em transações bancárias, algo estipulado em 1963. E, embora o eterno lado baixa-renda do Escalador de Paredes seja difícil para o personagem, sempre será uma faceta real que o aproxima de todos os seus fãs.