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"Apple Watch de R$ 20" | Testamos o clone do relógio da Apple

Por| Editado por Léo Müller | 13 de Dezembro de 2023 às 10h07

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Ivo Meneghel Jr/Canaltech
Ivo Meneghel Jr/Canaltech

O “smartwatch” i8 Pro Max é o tipo de produto que chama a atenção mais pelo seu preço do que pelas características gerais. Afinal, o dispositivo que promete um design parecido com o Apple Watch Series 9 pode ser comprado por R$ 20 no AliExpress.

Por isso, o Canaltech testou o produto para saber se há algum diferencial interessante nesse relógio baratinho que justifique a compra. Afinal, na teoria, todo smartwatch pode ser bom para algum tipo de usuário, mas, na prática, a experiência pode ser bem aquém do esperado. Confira a minha opinião ao longo do texto.

Design familiar, mas nem tanto

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Ao comprar um “clone” do Apple Watch por R$ 20, é preciso manter o realismo e as expectativas baixas para este produto. No i8 Pro Max, isso fica ainda mais nítido quando olhamos para o design geral do aparelho.

À primeira vista, desconsiderando a embalagem claramente inferior à do relógio da Apple, é notório que o relógio baratinho usou o produto premium como referência visual. Sua pulseira de plástico entrega uma sensação tátil inferior à Smart Mi Band 8, mas o processo de instalação é idêntico ao das tiras do Apple Watch.

Entretanto, nem tudo é negativo nesse relógio, pois a coroa giratória é bem interessante. Apesar de um pouco mais dura, tem boa integração com o sistema, permitindo que diferentes funções sejam navegáveis.

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Tela de baixa resolução

A tela do i8 Pro Max é TFT de 1,39 polegadas tem baixíssima resolução, ao ponto de ser possível contar os pixels presentes no display. Algo que desperta o meu interesse nesse produto é o recurso Always on Display, que ainda faz falta em muitos modelos mais caros, mas foi embutido nele.

Interface

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O i8 Pro Max tem a sua interface baseada em firmware, sem qualquer adição de sistema operacional mais elaborado. Logo, ele não pode ser considerado um smartwatch, já que um dos requisitos para tal é a presença de um software mais robusto que permita instalar apps ou expandir funcionalidades.

De qualquer forma, a navegabilidade não é rápida, mas existem diversos recursos embutidos, com maior destaque para as notificações, que ficam organizadas conforme o aplicativo de rede social. Isso ajuda a saber a origem do que está sendo recebido no dispositivo.

Ele também traz 12 opções de watchfaces embutidas, que podem ser escolhidas facilmente para personalizar conforme o gosto do usuário. Ele também conta com aplicativo próprio, o "HryFine", que está disponível na Play Store. O app segue o mesmo padrão do Mi Fitness, com dados dos monitoramentos e gráficos para indicar melhorias.

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Sensores com resultados irreais

O monitoramento de atividades físicas do i8 Pro Max é extremamente problemático. O sensor de caminhada, por exemplo, contabilizava passos enquanto eu estava estática, gesticulando com as mãos em uma conversa, algo que não deveria acontecer. E, para piorar a situação, para o sensor de batimentos, tudo que existe no planeta tem coração: Funko Pop, galhos de árvores e até cadeiras.

Por isso, acredito que sensores são decorativos, irreais, demonstrando que as promessas embutidas no acessório não são cumpridas corretamente, na prática. Para quem deseja um smartwatch para exercícios físicos, o i8 Pro Max não faz o menor sentido.

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A bateria que surpreende… negativamente

Na maioria das pulseiras inteligentes, o que mais chama a atenção é a bateria. Esse produto tem 220 mAh, que, durante o uso prático, não alcançou 4 dias inteiros de uso contínuo, demonstrando um gasto próximo aos relógios inteligentes mais avançados, mas sem executar um décimo das subtarefas embutidas em um sistema de vestível.

Algo que chama a atenção no i8 Pro Max é o seu carregador. Com um formato parecido com o de uma tartaruga, o acessório tem dois pinos que se encaixam na parte de trás do relógio e uma conexão USB-A para plugar em qualquer equipamento compatível.

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Vale a pena comprar o “clone” Apple Watch?

O i8 Pro Max não vale a pena. Se você quer ter uma experiência de smartwatch, o ideal é optar por marcas famosas: Samsung, Apple e Huawei, que criam dispositivos premium, trazendo tecnologias embarcadas que compensam o gasto.

Para quem não quer gastar mais de R$ 2 mil em um relógio inteligente, as pulseiras inteligentes — fitness trackers — são ótimas alternativas. A Mi Band 8 global, por exemplo, pode ser vista por menos de R$ 200 nas varejistas do Brasil.

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Na minha opinião, faz mais sentido gastar esse valor em um produto que realmente entrega custo-benefício, do que economizar e só ter um relógio digital colorido para ter um pouquinho do status que o design dos produtos da Apple oferecem para algumas pessoas.