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Comparamos o projetor The Freestyle original com o “clone” de R$ 300

Por| Editado por Léo Müller | 12 de Novembro de 2023 às 11h00

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Rafael Damini / Canaltech
Rafael Damini / Canaltech

O Canaltech resolveu comparar dois modelos de projetores que, pelo menos no design, são bem parecidos: o The Freestyle 2023 e o MagCubic. O primeiro é um aparelho lançado pela Samsung que já está em sua segunda geração, enquanto o segundo é um “clone chinês”, que tem ficado cada vez mais popular no AliExpress por conta do seu preço mais acessível.

A proposta é a mesma, mas a execução é bem diferente em cada modelo. Apesar de serem parecidos visualmente, há um “abismo” de distância entre a performance deles. Eu testei os dois modelos lado a lado pelas últimas semanas e, agora, te mostro o que muda em cada um.

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Qualidade de imagem

Para começar, ambos estão limitados a uma resolução Full HD. O modelo chinês é até anunciado como “4K”, mas ele passa bem longe de entregar essa definição. Dessa forma, portanto, saiba que os dois entregaram, no máximo, a resolução 1080p.

Em relação à qualidade de imagem, a diferença é visível. O The Freestyle da Samsung é bem mais atraente. É notável a distância entre a definição entregue pelos dois projetores. No modelo sul-coreano, dá para captar bem os detalhes da imagem, com uma experiência perto do que é visto em televisões, por exemplo — considerando, é claro, que não é uma imagem 4K.

Não que o MagCubic seja ruim. Muito pelo contrário, ele também entrega uma boa definição de imagem — ótima, diga-se de passagem — para a sua faixa de preço. Na foto abaixo, é possível ver a diferença entre os dois. Na projeção de cima, é possível conferir a qualidade do MagCubic, enquanto a de baixo mostra a do Freestyle. As duas projeções estão sincronizadas no mesmo momento em uma partida de futebol americano ao vivo.

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Mas as vantagens do modelo da Samsung não são só com a definição. O brilho da projeção é bem mais alto e, nas imagens abaixo, dá para ver que a diferença é gritante. Isso permite, por exemplo, que você veja “TV” mesmo se o ambiente não estiver completamente escuro. O mesmo já não é possível com o MagCubic, que sofre para exibir o conteúdo quando há uma luz considerável no ambiente.

Para não falar que o MagCubic perde de lavada, eu gostei de um aspecto em sua projeção: quando o tamanho da tela é reduzida nas configurações do dispositivo, o seu feixe de projeção só ilumina a área que tem imagem. No Freestyle, ainda fica um “quadro” em volta da projeção.

Isso pode parecer frescura, mas faz uma certa diferença quando estamos vendo filmes no escuro “total”. É importante destacar que isso não chega a ser um problema na projeção do Freestyle, mas se eu tiver que dar um ponto para o MagCubic, ele certamente leva neste aspecto.

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Na galeria abaixo, é possível ver mais exemplos de imagens comparando os dois.

Qualidade de som

Sem surpresas, este é mais um ponto em que o The Freestyle ganha de lavada. A qualidade sonora no geral e o volume do MagCubic são bem baixas. Até dá para assistir a séries e filmes nele e ouvir pelo alto-felante nativo, mas a experiência é fraca. Você provavelmente precisará de um sistema de áudio externo para ter mais conforto.

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No Freestyle, não só o volume é alto, como também é bem distribuído, graças ao áudio 360 do aparelho. O volume dispensa o uso de uma caixa de som à parte, e ele também entrega uma boa potência de áudio. É claro que uma soundbar melhora a experiência, mas é dispensável caso você queira usar somente a configuração nativa.

Ajuste de foco e ângulo

O The Freestyle tem mais uma vantagem quanto ao ajuste de foco e ângulo, já que ele faz isso de forma precisa e automática. Assim que você o liga e aponta para a parede, o ajuste é feito sozinho. Caso queira, é possível mexer manualmente nos dois e deixar mais de acordo com o seu gosto, mas, durante as semanas que usei o projetor da Samsung, eu só precisei fazer isso umas duas ou três vezes.

O MagCubic também ajusta o ângulo de forma automática, mas, enquanto usei o projetor, isso não foi feito de forma adequada uma única vez — em todas as vezes que reposicionei o aparelho foi necessário ajustar o enquadramento manualmente nas definições do dispositivo.

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Já o foco não tem ajuste automático, e você deve fazê-lo em uma pequena “rolagem” na parte superior do dispositivo. Aliás, esse foi um aspecto que gostei bastante no projetor. Em vez de ir nas configurações do sistema, como acontece no Freestyle, eu posso simplesmente ajustar de forma física. Isso permite um controle melhor do foco.

Mas é importante frisar que, mesmo na melhor configuração de foco definida nos dois aparelhos, o The Freestyle tem mais vantagem, já que a imagem fica mais definida e menos borrada.

Interface e recursos extras

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Quanto à interface, o MagCubic é divulgado como um projetor que roda o Android TV. Na verdade, porém, ele tem uma interface baseada no sistema do Google, mas sem o visual propriamente dito de um Android.

De qualquer forma, ele tem acesso aos principais aplicativos de streaming — como Netflix e Prime Video — e ainda permite o download de alguns apps na Play Store. Mas, se quiser uma interface mais robusta e completa, é recomendável o uso de um dispositivo de streaming, como um Fire TV Stick ou Chromecast, por exemplo.

Já o Freestyle oferece um sistema mais completo. Com Tizen, ele tem a interface padrão das televisões da Samsung e acesso a diversos aplicativos de streaming, com um software intuitivo que dispensa o uso de um TV Stick ou TV Box.

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Além disso, ele também tem suporte ao Gaming Hub da Samsung, que permite aproveitar jogos na nuvem pelos serviços Xbox Game Cloud ou NVIDIA GeForce Now sem um console.

A diferença entre o The Freestyle e o MagCubic é tão grande assim?

O MagCubic chamou tanta atenção do público por dois motivos: o primeiro é que ele é bem parecido visualmente com o Freestyle; e o segundo é o preço. Enquanto o novo The Freestyle custa por volta de R$ 3.500, o MagCubic é vendido de R$ 300 a R$ 400.

Com isso, é totalmente natural esperar que a diferença entre eles seja grande. E isso acontece na prática. O projetor da Samsung é melhor em imagem, brilho, som, foco, enquadramento e sistema operacional.

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Para finalizar, é importante destacar que o MagCubic atende muito bem dentro do que se propõe e, para um aparelho de R$ 300, ele é muito bom. Mas finalizo com uma frase que descreve bem essa disputa: um “quebra um galho” e o outro, realmente, é bom.