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Review Sony WH-1000XM5 | Continua o rei do cancelamento de ruído

Por| Editado por Léo Müller | 08 de Agosto de 2022 às 10h26

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Review Sony WH-1000XM5 | Continua o rei do cancelamento de ruído
Review Sony WH-1000XM5 | Continua o rei do cancelamento de ruído
Sony WH-1000XM5

Anunciado em maio deste ano, o Sony WH-1000XM5 busca manter o sucesso do WH-1000XM4 e, principalmente, do WH-1000XM3 no mercado de headphones. Para isso, ele chega com design completamente renovado, novos drivers de som e promessa de cancelamento ativo de ruído (ANC) ainda melhor.

Será que vale a pena comprar o WH-1000XM5 ou as versões anteriores ainda dão conta do recado? Passei alguns dias com o fone de ouvido e compartilho todas as minhas impressões nos próximos parágrafos.

Antes de começarmos, adianto que essa análise foi possível graças à nossa parceira de importação USCloser, que facilita o envio de produtos da gringa para o Brasil.

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Para importar produtos dos Estados Unidos que você não encontra por aqui, basta criar uma conta na USCloser. Você faz suas compras nos sites gringos normalmente, e a USCloser recebe por você lá nos EUA mesmo, em uma espécie de “caixa postal americana” criada exclusivamente para você. Depois, a USCloser encaminha os produtos para sua casa aqui no Brasil. É seguro, prático e rápido. Siga nosso tutorial para se cadastrar e comprar nos EUA economizando muito.

Construção e design

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Após alguns anos mantendo um design mais comum, a linha de headphones premium da Sony recebeu uma repaginada no visual. A impressão é que ela se rendeu ao minimalismo do AirPods Max, ainda que com um toque dos fones de ouvido anteriores ao WH-1000XM5.

Esteticamente falando, estamos diante de um dispositivo mais limpo. O arco tem um novo tipo de material sintético que o deixou mais macio e confortável que o modelo anterior, de fato. As pontas da alça também ficaram ligeiramente mais finas, um pouco semelhante ao que encontramos no headphone da Apple.

Outra mudança está nas conchas, que ficaram mais “cheinhas” e compactas. A parte externa está um pouco mais pontuda, o que facilitou a navegação por toque e gestos para controlar a reprodução de músicas.

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As novas almofadas são maiores e mais ajustáveis às orelhas do usuário, o que achei ótimo para viagens longas. O WH-1000XM4 ainda é bastante confortável, mas o novo consegue ser ainda mais macio e agradável em longos períodos.

Devido a essa nova estrutura, algumas características foram abandonadas, como a flexibilidade. Na geração anterior, era possível dobrar o fone para que ele coubesse em um estojo bem pequeno — considerando o tamanho real do fone —, o que dava para transportá-lo sem muitos problemas.

Na nova geração, você consegue ajustar apenas a alça e a almofada, que gira apenas para um sentido, para guardá-la no estojo de transporte. O acessório, que felizmente vem na embalagem, é bem maior que o presente no WH-1000XM4.

Não deve ser um problema muito grave para a maioria dos usuários, pois o headphone continua na média de outros modelos — inclusive, entregando bem mais praticidade que o AirPods Max — mas pode ser um pouco frustrante para os fãs da linha WH-1000.

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Outro detalhe que me incomodou no seu design foi o acabamento sintético das conchas. É bonito e aparenta ser de qualidade, mas os fones normalmente ficam com algumas marcas de gordura por conta do contato com as mãos. O modelo que testei veio na cor preta, a qual mais deixa as marcas aparentes. Talvez a opção em branco minimize os aparecimentos.

Além disso, a opção na cor preta me deixou um pouco preocupado com o uso a longo prazo, pois, pelo menos para mim, passou a impressão de que o material sintético deve danificar rapidamente. Precisa sempre passar um paninho para limpá-lo, além de não deixá-lo cair no chão frequentemente.

Ah, importante mencionar que o WH-1000XM5 não tem nenhuma certificação contra líquidos ou partículas. Portanto, eu definitivamente não o recomendaria para praticar exercícios físicos. Ele é para situações casuais.

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Botões, controles de toque e entradas

Na concha direita, permanecem os controles por toque: dois toques no centro da concha pausa e reproduzem uma faixa; deslizar para cima e para baixo permitem ajustar o volume; e três toques podem tocar uma música diretamente do Spotify.

Arrastando o dedo de cima para baixo aumenta o volume do fone, enquanto o contrário diminui.

Na concha esquerda, por sua vez, ficam os dois botões físicos, um de energia e pareamento Bluetooth, e outro para controlar o cancelamento de ruído e o modo ambiente.

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Em entradas, há uma USB-C para carregamento rápido e uma de 3,5 mm, para caso queira ouvir cabeado no celular ou computador. A boa notícia é que o acessório vem na embalagem junto do cabo para carregar.

Conectividade e aplicativo

Como já era de se esperar de um headphone premium, o WH-1000XM5 tem conexão Bluetooth 5.2, tecnologias Google Fast Pair, para pareamento rápido com smartphones Android, e Swift Pair, este compatível com computadores Windows 10 ou 11.

Também há conexão multiponto, isto é, possibilidade de emparelhar dois dispositivos Bluetooth simultaneamente. É interessante porque, quando alguém te ligar, por exemplo, o headphone detecta e altera a saída de som automaticamente do computador ou tablet para o celular.

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A Sony disponibiliza o aplicativo Headphone Connect, compatível com Android e iOS, para acessar todos os recursos de som e configurações do Sony WH-1000XM5. O software não é o mais bonito e intuitivo que já utilizei, mas ele é bem completo.

Qualidade de som e microfone

É um fone muito equilibrado que não sacrifica as frequências mais graves. Os sub-graves são de muita qualidade, e isso fica perceptível principalmente no pop. Em “NDA” e “bad guy”, da Billie Eilish, os vocais e os hi-hats aparecem com bastante brilho, enquanto os graves preenchem a música.

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“Kill or be Killed”, da banda Muse, vai para o lado oposto e mostra a força do Sony WH-1000XM5 nas frequências mais altas. Tanto o vocal do Matt Belamy como o som da guitarra são extremamente definidas e potentes.

Um detalhe muito interessante no fone da Sony é o Dolby Atmos. Eu sei que se trata de uma tecnologia já presente em muitos fones, mas nunca tive uma experiência muito boa, e isso pode ser tanto por conta da compatibilidade do fone, música, aplicativo ou celular, por exemplo.

No entanto, passei algumas horas escutando músicas mixadas em Dolby Atmos com o Tidal, na qualidade Master, e a experiência foi excepcional. As canções ganharam novas camadas, nuances, detalhes e ainda mais profundidade.

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Também ouvi músicas pelo Spotify, mas senti que ainda houve certa compressão nas canções, culpa do próprio serviço de streaming. No Tidal, as músicas são menos comprimidas e oferecem mais qualidade no geral.

Com relação ao microfone, ainda é possível notar uma metalização na captação, principalmente em chamadas no Google Meet, mas o outro lado vai conseguir te ouvir muito bem. Não é excepcional, porém dá conta do recado.

Cancelamento de ruído e modo ambiente

A Sony, com sua linha WH-1000, é referência quando o assunto é cancelamento de ruído há anos e, nesta geração, não é diferente. O WH-1000XM5 é equipado com oito microfones no total, sendo quatro em cada auscultador, trabalhando com os processadores V1 e QN1.

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Eu confesso que, assim, não tenho outra palavra para descrever o ANC do WH-1000XM5 além de “perfeito”. É, sem dúvidas, o melhor headphone com cancelamento de ruído que já usei, ultrapassando por muito o WH-1000XM3, que já era ótimo, e o AirPods Max, este por pouco.

No escritório do Canaltech, com mais de 10 pessoas conversando e teclando em simultâneo, parecia que eu estava dentro de uma cápsula porque não conseguia ouvir absolutamente nada ao meu redor.

Na rua e no transporte público, aconteceu o mesmo: os ruídos dos veículos, as vozes das pessoas, e até aquele ruído irritante do metrô de São Paulo, são reduzidas. As frequências médias e altas, por sua vez, ainda são percebidas, mas com menos intensidade que nas gerações passadas.

O modo ambiente do Sony WH-1000XM5, que usa os microfones para retornar o som que estiver sendo captado externamente, também é ótimo, mas o do AirPods Max consegue ser superior. O interessante no WH-1000XM5 é que você pode definir o nível do modo ambiente e onde focar, como somente na voz.

Recursos extras

Um dos recursos mais legais do Sony WH-1000XM5 é o Adaptive Sound Control, que ajusta o som ambiente de acordo com onde você está. Há um algoritmo que aprende e reconhece os locais que o usuário visita frequentemente, como o local de trabalho, e altera o modo de som automaticamente.

Ele também possui a detecção de uso, também presente nos AirPods, que basicamente interrompe a reprodução de uma música quando você retira os fones dos ouvidos. Quando recoloca os fones, a canção é retomada de onde parou.

A funcionalidade que eu menos gostei é o Speak-to-Chat. Ele avisa que é ativado logo quando se inicia uma conversa, interrompendo, assim, a música e ativando o modo ambiente. Mas eu gostaria que ele fosse inteligente o suficiente para pausar após um “Oi” ou “Olá, e não qualquer coisa.

Você mal conseguirá cantar se estiver com essa função ativada porque ele interrompe a reprodução com qualquer palavra. Por fim, achei mais conveniente pausar dando dois toques da concha direita.

Bateria e carregamento

A Sony promete uma autonomia de bateria de 30 horas para o WH-1000XM5, mas a duração pode ser bem superior dependendo do seu uso.

Em um dos dias de teste, comecei a usar o WH-1000XM5 por volta das 11 horas, alternando entre músicas e chamadas de voz, sempre com cancelamento de ruído ou modo ambiente ativados. Por volta das 21 horas, o headphone ainda estava em cerca de 79%.

Para ser mais justo, eu desliguei o WH-1000XM5 apenas uma vez, mas foi para almoçar, e apenas por uma hora. Acredito que esse tempo desligado não tenha afetado sua autonomia total.

No carregamento, o fone de ouvido da Sony tem suporte a fast charging, podendo render até três horas de reprodução de músicas em apenas três minutos de carga.

A marca não envia o adaptador de energia compatível, apenas o cabo USB-C.

Concorrentes diretos

O Sony WH-1000XM5 não é vendido oficialmente no Brasil, mas você consegue comprá-lo por aqui na faixa dos R$ 3.500 a R$ 4.000. É um preço bastante salgado para qualquer fone Bluetooth, embora seja um dos melhores disponíveis do mercado.

Há alguns modelos disponíveis no nosso mercado que concorrem diretamente com o novo headphone da Sony, seja em preço ou qualidade geral. O AirPods Max é um deles, que traz um som espetacular, ótimo cancelamento de ruído e um modo ambiente excelente.

O design não é dos melhores entre os headphones que já testei, nem a limitação de recursos para quem não usa iPhone me agradou. Mas, se você já estiver inserido no ecossistema da Maçã, é a melhor opção. Seu preço que não é muito atrativo, na faixa dos R$ 4.000.

Outro modelo muito interessante é o Sennheiser MOMENTUM 3 Wireless. Disponível por cerca de R$ 2.800 no varejo, o fone Bluetooth da Sennheiser deve conquistar principalmente pelo som. A qualidade de construção também é positiva porque traz justamente a praticidade que o WH-1000XM5 perdeu.

Ah, não posso deixar de mencionar o antecessor do WH-1000XM5, o WH-1000XM4. Ele, sim, é vendido oficialmente no Brasil, por meio de uma parceria da Sony com a Multi, e pode ser encontrado por R$ 3.099 no site da empresa brasileira.

É um valor pouco abaixo do seu irmão mais recente, e que pode ser uma boa escolha porque o WH-1000XM4 continua excelente e traz um design que me agrada mais no geral.

Vale a pena importar o Sony WH-1000XM5?

O Sony WH-1000XM5 é um headphone quase perfeito. Eu só não o considero definitivo porque o design menos prático e o novo acabamento sintético não me agradaram. Achei um retrocesso em relação à ótima, embora já datada, construção do WH-1000XM4.

Além disso, o fato de não ser vendido no Brasil também me afasta um pouco desse modelo, ainda mais considerando que você consegue encontrar o ainda ótimo WH-1000XM4 no Brasil por preços ligeiramente menores.

Resumindo, se você puder encontrar o headphone da geração passada por menos de R$ 2.500, e estiver disposto a pagar essa quantia, certamente não se arrependerá. Ele é prático, com ótimo som e cancelamento de ruído muito eficaz.

Mas, assim, não posso fechar o olho para os outros diferenciais do Sony WH-1000XM5. É uma evolução em termos de qualidade sonora e cancelamento de ruído, sem contar com a bateria que garante muitas horas de reprodução de músicas.