Review Samsung Galaxy Z Flip 5 | O dobrável com tela externa gigante
Por Jucyber • Editado por Léo Müller |
O Samsung Galaxy Z Flip 5 é o novo celular dobrável compacto a desembarcar no Brasil. Entre as novidades, o aparelho entrega tela externa de 3,4 polegadas, que é uma ótima evolução em relação ao antecessor.
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Outro ponto positivo é o seu armazenamento interno, que agora é de 256 GB. Em contrapartida, seu preço subiu consideravelmente, e isso pode impactar na sua popularidade. Saiba se vale a pena comprar o aparelho agora na análise completa.
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Design, construção, tela e som
Fisicamente, uma das maiores melhorias do Galaxy Z Flip 5 está no seu mecanismo de fechamento. As dobradiças foram ajustadas para permitir o fechamento quase completo do corpo quando ele está em formato de concha. Porém, isso não eliminou por completo o vinco da tela.
Nas laterais em alumínio, ele continua com o formato mais reto, demonstrando que os pontos fortes de design do Z Flip 4 foram herdados por ele. As duas câmeras externas seguem na mesma posição, sendo contornadas pelo novo display.
E por falar na tela, esse é o grande destaque do dobrável compacto. O Z Flip 5 está com painel Super AMOLED de 3,4 polegadas. Apesar de o visor ter um formato parecido com uma pasta do Windows, o espaço útil é amplo e traz diversas funcionalidades que faziam falta no produto.
É importante destacar que a tela interna também tem grandes pontos positivos. O painel flexível Dynamic AMOLED 2X de 6,7 polegadas está com mais brilho e nitidez do que a versão anterior, e isso permite uma experiência de uso ainda mais confortável e avançada.
Assim como o antecessor, o Z Flip 5 tem dois alto-falantes que reproduzem o som em formato estéreo. Por se tratarem de speakers by AKG, é notório que a qualidade é bem equilibrada. Não há tanto subgrave, mas os graves, agudos e médios são equalizados de maneira agradável aos ouvidos.
Configuração, desempenho, usabilidade e software
Focando em melhorar a experiência de uso, a Samsung agora disponibiliza 256 GB de armazenamento interno na versão base do Z Flip 5. Dessa forma, os usuários têm mais espaço útil para gravar vídeos em alta resolução e fotografar sem se preocupar em lotar a memória ROM.
Em conjunto com isso, o dispositivo tem Snapdragon 8 Gen 2 e 8 GB de memória RAM. Durante a minha experiência de uso, o aparelho se comportou como o esperado para um modelo topo de linha.
A navegabilidade é fluida e responde bem aos comandos em diferentes situações. Não encarei qualquer problema de performance ou temperatura, mesmo ativando o modo de gravação em 4K a 60 fps por mais de 30 minutos ou jogando games pesados.
A interface One UI 5.1.1 baseada no Android 13 traz poucos ajustes em relação à antecessora. Porém, por ser um modelo dobrável, o sistema tem configurações a mais que permitem o uso do Flex Mode para explorar os recursos de câmera do aplicativo e apps de redes sociais.
Além disso, com a nova tela externa, é possível explorar mais ajustes focados no display menor. Em conjunto com o app Good Lock, por exemplo, existe a opção de adicionar novos apps e jogos para ter mais versatilidade no display compacto.
Resultados no AnTuTu
No teste do AnTuTu, o Galaxy Z Flip 5 alcançou mais 1,3 milhão de pontos. Dessa forma, o aparelho supera a linha Galaxy S23, bem como o Motorola Razr 40 Ultra. Por outro lado, ele ainda fica abaixo do topo de linha Xiaomi 13 Pro, que possui o mesmo chipset.
Câmeras
O conjunto fotográfico do Galaxy Z Flip 5 chegou em um patamar de estabilidade bom e ruim. Na prática, é interessante ver o comportamento linear dos sensores de 12 MP presente na parte traseira e da opção de 10 MP para selfies.
Por outro lado, não há uma evolução que justifique o upgrade do Z Flip 4 para o Z Flip 5 com foco em fotografia. Isso porque grande parte das melhorias são relacionadas ao software.
As câmeras são muito competentes, o sensor principal tem ótima faixa dinâmica, apesar de a Samsung ter um histórico controverso com a saturação. Para fotos noturnas, é notório o bom trabalho com a nitidez e o HDR dá conta do recado em diferentes situações.
Para selfies, ainda vejo a linha Flip com a aliada de quem cria conteúdo. Não só por ter um sensor eficaz para fotos, mas também pela versatilidade proporcionada pela interface com o Flex Mode e as diferentes proporções.
Bateria e Carregamento
Considerando que o Z Flip 5 é um celular dobrável, a bateria dele de 3.700 mAh não ter evoluído em relação ao Z Flip 4 é um problema. Com a tela maior, o aparelho não consegue segurar a autonomia por um tempo superior ao antecessor.
No teste padrão do Canaltech, ele consumiu 38% de sua carga em seis horas de uso intenso. Esse gasto foi idêntico ao do Razr 40 Ultra, com taxa de atualização maior nas duas telas, e essa frequência superior costuma impactar negativamente na bateria.
Baseado neste número, o novo dobrável da sul-coreana pode ser usado por até 15 horas antes da recarga. Caso o modelo da Motorola fosse lançado com especificações de display parecidas com o da Samsung, poderia permitir uma duração maior da bateria.
Concorrentes diretos
No mercado brasileiro, o único concorrente recente do Samsung Galaxy Z Flip 5 é o Motorola Razr 40 Ultra. O dobrável da empresa pertencente à Lenovo tem tela externa maior, com taxa de atualização de 144 Hz. Na prática, isso cria um diferencial a mais para a marca.
O display interno também é mais amplo, com 6,9 polegadas, mas fica com um aspecto desproporcional, mesmo que entregue a frequência de 165 Hz. Mesmo com chipsets diferentes, o desempenho e a autonomia dos dois celulares é equivalente, mas a Samsung leva uma pequena vantagem na qualidade fotográfica, principalmente em fotos noturnas.
A respeito do preço, tanto o Razr 40 Ultra quanto o Z Flip 5 foram anunciados por R$ 8 mil aqui no Brasil. Então, é esperar para ver qual terá a queda mais acentuada no preço para se tornar atrativo.
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Vale a pena comprar o Galaxy Z Flip 5 agora?
O Samsung Galaxy Z Flip 5, no momento, ainda não vale a pena devido ao seu preço. Esse aparelho recebeu bons aprimoramentos, principalmente na tela externa. Afinal, a partir do momento que o usuário tem uma área útil maior para aproveitar, há um leque de possibilidades se abrindo para desenvolvedores entregarem funcionalidades atrativas no display compacto.
Porém, quando olhamos para o celular na totalidade, não há tantos elementos que evoluíram de uma geração para a outra. As câmeras estão lineares em sua evolução, sem muita diferença em comparação ao Z Flip 4.
Além disso, a bateria está com a autonomia muito próxima ao trabalho positivo visto na geração anterior, mesmo com a tela maior. Por outro lado, até que ponto esse excesso de conservacionismo é positivo para a Samsung?
O fato de já estar consolidada no mercado de dobráveis, cria uma zona de conforto para a sul-coreana. Entretanto, o preço de R$ 8 mil pela versão mais “básica”, com 256 GB a coloca no mesmo patamar de incerteza da Motorola com o Razr 40 Ultra.
Então, só o tempo e a possível depreciação de valor ditará o ritmo de popularização do dobrável compacto no Brasil. Na minha opinião, quando o Z Flip 5 estiver abaixo dos R$ 6 mil, valerá mais a pena.
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