Review Galaxy M54 5G | bom desempenho, mas bateria nem tanto
Por Bruno Bertonzin • Editado por Léo Müller |
Entre os celulares lançados pela Samsung em 2023, o Galaxy M54 é um dos que mais se destaca. O modelo, que faz parte do segmento intermediário da sul-coreana, visa atingir usuários que buscam um celular com bom desempenho, mas sem gastar tanto quanto com as linhas principais.
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Para isso, ele conta com um chipset de boa performance e tem uma bateria com bastante capacidade, com promessa de passar longas horas longe das tomadas.
Isso, aliado ao design mais elegante — apesar do acabamento simples —, faz com que o smartphone chame bastante atenção, mas será que ele é bom mesmo na prática? Eu testei o Galaxy M54 pelos últimos dias e agora trago o meu veredito sobre ele.
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Design digno de celular premium
- Dimensões: 164,9 x 77,3 x 8,4 mm;
- Peso: 199 gramas.
O Galaxy M54 segue a mesma identidade visual que a Samsung adotou para a sua nova geração — uma traseira que tem a mesma estética da linha Galaxy S23 e de outros aparelhos, como o Galaxy A34 ou A54.
Isso quer dizer que o telefone tem seu conjunto de câmeras "soltas" na parte de trás, abandonando de vez o quadro que as unia no passado.
Isso certamente dá um tom mais sofisticado ao aparelho e, apesar do acabamento simples de plástico em toda a sua estrutura, mostra que a sul-coreana está preocupada em deixar seus intermediários tão belos quanto os topos de linha.
A pegada dele é confortável e o acabamento simples ajuda a evitar que o telefone escorregue nas mãos. Um ponto negativo, no entanto, é que a sensação de aquecimento parece maior nessa estrutura de plástico.
Tela com bastante intensidade e brilho
- Tamanho: 6,7 polegadas;
- Tipo: Super AMOLED Plus;
- Resolução: Full HD de 1.080 x 2.400 pixels;
- Taxa de atualização: 120 Hz.
O Galaxy M54 conta com uma tela Super AMOLED Plus — algo que já é uma consistência há gerações na linha intermediária.
Esse material contribui para uma ótima exibição e dá bastante vivacidade às cores, além de um preto bem intenso que ajuda a poupar bateria, principalmente se o modo escuro estiver ativado.
O nível de brilho também é satisfatório, e é possível usar o celular tranquilamente com o brilho ajustado entre o médio e o máximo caso você queira caminhar e o dia estiver bem ensolarado.
Desempenho na média
- Chipset: Exynos 1380;
- Memória: 8 GB;
- Armazenamento interno: 128 GB ou 256 GB.
O Galaxy M54 é bastante competente na hora de executar as tarefas do dia-a-dia ou até mesmo algumas ações que exigem um pouco mais do processador. Em ambos os cenários, ele consegue fazer tudo com bastante agilidade e sem apresentar lentidão ou engasgos.
Sua memória RAM é o suficiente para abrir vários aplicativos simultaneamente, então você não terá problemas para alternar entre redes sociais ou mensageiros, por exemplo. Além disso, ele consegue abrir novos aplicativos rapidamente — dentro do padrão para celulares intermediários, é claro.
Para games, eu consegui jogar Asphalt 9 com um bom desempenho, e você pode até rodar títulos mais pesados, como Call of Duty Mobile, mas talvez seja necessário reduzir um pouco a qualidade gráfica para evitar alguns travamentos. O lado positivo é que a taxa de atualização de 120 Hz é ótima para games de tiro ou corrida, por exemplo.
Quanto ao teste de desempenho no AnTuTu, ele atingiu a marca de 512.869 pontos gerais — desempenho superior ao do Redmi Note 12 Pro Plus, por exemplo. A pontuação da CPU foi de 147.502 e a da placa gráfica foi de 153.337. Veja, abaixo, a pontuação detalhada e um gráfico que compara com a performance de modelos equivalentes.
Interface atualizada
O Galaxy M54 chega já com o Android 13 sob a interface One UI 5.1 — as versões mais recentes dos softwares do Google e da Samsung, respectivamente. Isso é de se esperar por um modelo recém-lançado, então não foge do padrão.
No entanto, uma boa vantagem é que os celulares intermediários da Samsung podem receber até três atualizações do sistema e quatro anos de updates de segurança. Com isso, de acordo com o cronograma da Samsung, é possível que ele chegue até um futuro Android 16.
Para quem está acostumado, a interface da OneUI é bem intuitiva e levemente customizada pela sul-coreana. Ela oferece um visual bem agradável e simples — nada muito rebuscado, mas também não tão simples quanto um Android puro, por exemplo.
Conjunto de câmeras bem eficiente
- Câmera traseira: 108 MP f/ 1.8 + 8 MP f/2.4 + 2 MP f/2.4;
- Câmera frontal: 32 MP f/2.2.
Câmeras traseiras
O conjunto traseiro do Galaxy M54 é bastante competente para tirar fotos, tanto imagens mais ocasionais quanto fotografias um pouco mais elaboradas.
Tanto a câmera principal de 108 MP quanto a ultrawide conseguem imagens com bastante definição, com pouca perda da textura apenas quando a imagem é muito aproximada. No geral, porém, as imagens são bem nítidas e com cores bastante realistas.
O pós-processamento também age bastante, principalmente para dar mais definição em áreas com bastante iluminação — como no céu. Nestes casos, dá a impressão de que o branco ficará um pouco estourado antes de você apertar o botão de captura, mas o software consegue melhorar bastante a fotografia e deixá-la com mais detalhes após o processamento.
A câmera macro foi a que mais me surpreendeu, no entanto. Apesar da baixa resolução, eu achei que os resultados obtidos com o Galaxy M54 foram melhores do que outros modelos que testei recentemente que também contam com este sensor — como o Redmi Note 12 Pro Plus, que testei uma semana atrás.
Câmera frontal
A câmera de selfies perde um pouco a definição em relação ao que é visto no conjunto traseiro, mas consegue boas fotografias ainda assim. O nível de detalhes é alto, mas também é perceptível que o pós-processamento age ainda mais, tornando a imagem um pouco mais artificial em alguns casos, mas nada exagerado.
O modo retrato é bastante competente, tanto no desfoque do fundo quanto na definição de imagem. O recorte consegue agir bem rente ao corpo e destaca bastante o usuário no plano principal.
Gravação de vídeo
A gravação de vídeo é bem semelhante na frontal e na traseira. Em ambos os cenários, o celular filma em até 4K a 30 fps, sendo possível reduzir a resolução para aumentar a frequência de quadros para 60 fps.
Nos dois casos, o M54 grava com bastante nitidez, e a estabilização é razoável. O vídeo não treme tanto, mas também não consegue deixar totalmente estável. Já o microfone consegue captar bem a voz mesmo em locais com mais ruído.
Sistema de som simples
O Galaxy M54 conta com um sistema de áudio mono — o que deixa um pouco a desejar para um modelo intermediário que tem tantas outras especificações mais interessantes.
Com isso, o volume não é tão alto, mas permite ouvir músicas em um bom tom. O nível máximo não tem tanta distorção, e ainda é possível ouvir músicas com uma certa qualidade — dentro do padrão para celulares, é claro.
Como de costume, o telefone não possui conector dedicado para fones de ouvido, mas é possível utilizar a entrada UBS-C para isso — ou apelar para um modelo com Bluetooth.
Bateria deixa um pouco a desejar
- Capacidade: 6.000 mAh;
- Carregamento rápido de 25 W.
O Galaxy M54 conta com uma bateria de 6.000 mAh. Isso, no papel, é excelente, já que é uma capacidade bem acima da média tanto de celulares intermediários quanto mais avançados.
No papel, porém, o desempenho não é tão bom quanto o esperado. No nosso teste padrão — que consiste no uso de diversos apps e jogos em um uso total de seis horas — o consumo foi de 30%. Isso gera uma expectativa de uso de 20 horas dentro dos mesmos parâmetros. Em um uso mediano, ele poderá aguentar um dia com folga.
Como comparação, no entanto, o Redmi Note 12 Pro Plus — que tem bateria com capacidade de 5.000 mAh — se saiu melhor e consumiu apenas 25% no mesmo cenário.
O melhor entre os concorrentes
Os principais concorrentes do Galaxy M54 são o Redmi 12 pro Plus e o Realme 10 Pro Plus. O celular da Xiaomi e o da Realme contam com o mesmo chipset, o MediaTek Dimensity 1080, que é comparável ao Exynos 1380 do Samsung em vários aspectos.
Apesar das similaridades, o desempenho do modelo sul-coreano é levemente superior, e isso talvez seja devido à melhor otimização do software, que é mais fluido no Galaxy — apesar das modificações feitas pela One UI. Quanto à memória e armazenamento, os três contam com opções de até 256 GB com 8 GB de RAM.
A tela também é levemente melhor no Galaxy, já que ele conta com o painel Super AMOLED Plus, que é superior ao OLED do Redmi e ao AMOLED do Realme. Mas as diferenças são quase imperceptíveis, na prática.
O Samsung registra fotos melhores, apesar de o conjunto de câmeras do Redmi ter mais resolução, com 200 MP — enquanto o do Realme é de 50 MP.
O celular da Xiaomi, no entanto, se destaca pela bateria, já que ele tem uma autonomia bem maior, de acordo com os testes padronizados que realizamos.
A faixa de preço do Galaxy M54 é mais convidativa e é possível encontrar o telefone por preços entre R$ 2.000 e R$ 2.500, enquanto tanto o Realme quanto o Redmi partem de R$ 3.000.
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Galaxy M54: um bom intermediário, mas a bateria deixa a desejar
O Galaxy M54 é o típico “intermediário de respeito”. Ele oferece um bom desempenho e aguenta bastante tanto as tarefas mais cotidianas quanto a execução de apps mais pesados, como jogos. Sua memória de 8 GB também é ótima para alternar entre vários apps e sofrer menos com engasgos ou lentidões.
A bateria ficou um pouco abaixo do esperado. Para um celular com 6.000 mAh, eu esperava uma autonomia melhor que os concorrentes, mas não foi o que ele mostrou nos nossos testes. De qualquer forma, não chega a ser tão ruim, e ele certamente aguenta um dia de uso.
A faixa de preço atual — em torno de R$ 2.000 — ainda não é o ideal para um modelo como ele, mas está bem abaixo dos concorrentes. Se reduzir uns R$ 200 ao longo dos próximos meses, ele se tornará uma opção ainda melhor.