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Review Nintendo Switch | Console híbrido foca em diversão, não potência

Por| Editado por Léo Müller | 22 de Dezembro de 2021 às 13h06

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Review Nintendo Switch | Console híbrido foca em diversão, não potência
Review Nintendo Switch | Console híbrido foca em diversão, não potência

O Nintendo Switch é praticamente um tablet muito poderoso focado em jogos. A Big N misturou um pouco do Wii com o Wii U para criar um novo híbrido, focado muito mais na experiência do que na potência.

Sim, o console fica bem atrás de seus poderosos concorrentes de Sony e Microsoft, mas conquistou corações com jogos divertidos e a possibilidade de jogar em qualquer lugar. O videogame da Nintendo tem como diferenciais os Joy Cons que herdaram os controles por movimento do Wii e uma tela que fica na palma da mão. E os jogos da Big N.

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Design e tela

A parte mais importante do Nintendo Switch parece um tablet grande. A tela de 6,2 polegadas fica no centro de uma peça bem grande para um smartphone, apesar do tamanho de celulares atuais — o iPhone tem 6,1 polegadas, e o Galaxy S21 tem as mesmas 6,2 polegadas.

Esse tamanho extra é necessário para os vários componentes extras que um videogame traz para oferecer bom funcionamento. Os conectores dos controles e o sistema de refrigeração são apenas alguns deles.

Assim, o corpo do videogame da Nintendo tem cerca de 101,6 mm de altura por 238,8 mm de largura, além de 14 mm de espessura com os Joy-Con encaixados. Já o peso total do corpo do dispositivo é de 299 gramas sem os controles, que adicionam cerca de 100 gramas quando inseridos.

Em resumo, o console é maior e mais pesado que um tablet moderno, mas não deixa de ser confortável de usar com as mãos, mesmo com os controles encaixados. Alternativamente, você pode jogar com a tela apoiada em uma bancada e os Joy-Con separados nas mãos, ou mesmo conectado à TV. Mas falo sobre isso mais para a frente.

Tela

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  • LCD de 6,2 polegadas com resolução 720p (720 x 1280 pixels)

A tela é tudo no Nintendo Switch, já que todos os principais componentes estão nesta peça do “quebra-cabeça” que é o console. O display em si tem 6,2 polegadas, mesmo tamanho diagonal de um Galaxy S21, e pouco maior que o do iPhone 13. Mas o portátil é maior que um smartphone, como já mostrado no tópico acima.

Apesar da resolução parecer baixa, a imagem tem boa definição e não afeta a experiência de jogo. A Nintendo optou pela redução de pixels para não forçar tanto o hardware nos jogos, e assim consegue renderizar boas distâncias do mapa e manter a boa fluidez.

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Joy-Con

Os controles que acompanham o Switch são a cereja do bolo. São mais do que simples joysticks: são dois lados que podem funcionar tanto como o controlador do jogador 1 como de maneira independente, para jogos multiplayer compatíveis.

Ou seja, você pode jogar o console de três maneiras diferentes: com os Joy-Con acoplados à tela, como um verdadeiro portátil; com os controles separados, segurando-os um em cada mão; ou com os dois lados conectados ao Comfort Grip, acessório que também vem na caixa do Switch.

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O lado direito é um pouco diferente e levemente mais pesado que o esquerdo, por conta da câmera de infravermelhos e do NFC. São aproximadamente 51 gramas contra 48 gramas de cada lado.

Alguns jogos que permitem o uso de cada lado de maneira independente ainda precisam da alça do Joy-Con. Ela ainda adiciona dois botões extras, que se somam às alavancas analógicas, home, direcionais e botões A, B, Y e X, além dos gatilhos.

As dimensões de cada lado são de aproximadamente 102,1 mm de altura, 35,8 mm de largura e 28,4 cm de espessura. Isso sem as alças, que têm cerca de 100,6 mm de altura, 14,5 mm de largura e 14 mm de espessura.

Cada lado também conta com uma bateria que dura cerca de 20 horas, segundo a Nintendo. Os testes do Canaltech chegaram perto desse tempo, com aproximadamente 18 horas de jogatina até o sistema pedir para recarregar os Joy-Con. A recarga leva cerca de 3 horas e meia e pode ser realizada tanto no console como em um suporte de recarga.

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O Comfort Grip permite usar os controles de maneira tradicional ao encaixar cada lado no suporte. E aí você tem um joystick de 101,1 mm de altura, 144,3 mm de comprimento e 40,1 mm de espessura, com a adição de 98,25 gramas de peso à soma dos dois lados.

Não é um controle confortável como o do Xbox ou do PlayStation. Quem tem mãos maiores também pode achar os botões um pouco pequenos. A alternativa seria comprar o Controle Pro, que tem aspecto mais parecido com os joysticks dos concorrentes.

Configuração e desempenho

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O Nintendo Switch não é um console para brigar com PS4 ou Xbox One, muito menos com PS5 ou Xbox Series S ou X, que chegaram depois. A ideia da Big N com este híbrido é apostar na diversão e inovação, e nesse ponto ela acerta em cheio.

Começando que você pode jogar o videogame em três modos diferentes: TV, semiportátil e portátil. O primeiro e o terceiro são autoexplicativos, enquanto o segundo é o nome da modalidade em que você deixa a tela em uma bancada com a haste de apoio e usa os Joy-Con em sua mão, sem o uso de fios.

  • Processador: Nvidia Tegra X1;
  • Armazenamento: 32 GB interno (expansível até 2 TB com micro SD);
  • RAM: 4 GB.

O dispositivo tem um cooler, incomum em tablets, que fica na parte superior e trabalha para resfriar os componentes internos. Isso evita superaquecimento que poderia reduzir a taxa de quadros. A ventoinha é bem silenciosa, e só a escutamos com mais de uma hora de jogatina mais pesada.

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Você consegue aproveitar o potencial completo do Nintendo Switch quando ele está conectado à base, no modo TV. A resolução aumenta do 720p para 1080p, e o processador pode ser mais exigido porque não depende da energia da bateria, ativando ainda o sistema de refrigeração com maior potência.

Mas não se engane: tanto no modo portátil quanto na TV, o console consegue rodar jogos com beleza rara, apesar da capacidade gráfica inferior aos concorrentes. Os objetos podem ser renderizados a grandes distâncias independente da maneira que você optar por jogar.

E o mais legal é que você pode mudar o modo de jogo a qualquer momento, sem nem mesmo pausar o videogame. Basta tirar ou colocar o Switch na base para alterar e seguir de onde você parou, independente do salvamento.

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Conectividade

O console em si possui uma porta USB-C para carregar a bateria, e que funciona também como conector da base. Além disso, há um espaço para micro SD para expandir a memória interna atrás da haste, e na parte de cima você encontra o espaço do cartucho físico e uma porta P2 para fone de ouvido. Os Joy-Con se encaixam em cada lado da tela.

Na base, você tem uma porta USB-C para o cabo de energia (que também pode ser usado como carregador no modo portátil), um HDMI e um USB normal, além de mais dois conectores USB tradicionais na parte externa.

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Sem fios, o Switch tem suporte ao Bluetooth 4.1 (Joy-Con usam a versão 3.0) e Wi-Fi dual-band (2,4 GHz e 5 GHz).

Bateria

Para funcionar no modo portátil e semiportátil, o Switch se aproveita de uma bateria interna de 4.310 mAh. A duração pode variar dependendo do modelo e do tipo de jogo que você rodar.

Na primeira versão, modelo HAC-001 (número de série começando em XAW), o console tem entre 2,5 horas e 6,5 horas de duração. No mais recente, modelo HAC-001(-01), a bateria aguenta entre 4,5 horas e 9 horas.

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O Canaltech testou a primeira versão, e conseguimos extrair duas horas e meia de Zelda: Breath of the Wild. Na estimativa da Nintendo, este título ficaria entre 3 horas no modelo original e até 5,5 horas no mais recente. Fica dentro da margem de variação, então a previsão da fabricante é razoável.

Além da bateria interna, é possível tanto jogar o Switch na tomada ainda no modo portátil ou conectar uma powerbank para prolongar o tempo de jogo.

Experiência

Um videogame vai além de apenas o hardware em si. Mais importante ainda é o catálogo de jogos. E neste sentido, o Nintendo Switch não fica muito atrás de seus concorrentes.

Começa pelos exclusivos da Big N. Títulos como Super Mario Odyssey, além de novas versões de Mario Kart e Super Smash Bros., Mario Party e Metroid Dread são apenas alguns dos diversos exemplos de jogos disponíveis apenas para este console.

Mas o Switch conseguiu atrair bastante os desenvolvedores que lançam seus títulos para PC, PS4 e Xbox One e até mobile, e recebeu uma variedade de jogos desde seu lançamento. The Witcher 3: Wild Hunt, Mortal Kombat 11, Dead By Daylight e Fortnite são alguns exemplos que posso citar de cabeça.

Quem é fã da Nintendo geralmente tem a diversão como prioridade, e não os gráficos realistas. E a Big N consegue entregar ambos, como no já citado Zelda: Breath of the Wild, que tem imagens lindas. Não são apenas jogos para um jogador, há muitos títulos para diversão em família ou entre amigos, como 1-2 Switch, Mario Kart 8 Deluxe, Mario Party e Super Smash Bros. Ultimate.

Talvez o ponto mais decepcionante na experiência do console da Nintendo seja o fato de ser quase apenas um videogame. Primeiro, porque a interface é pouco personalizável, já para mudar a ordem dos jogos na tela inicial e só. Segundo, porque não dá para instalar um navegador ou apps como Netflix e afins nele — não de maneira oficial, claro.

O console é focado na jogatina, com a possibilidade de você escolher se quer jogar no modo TV ou portátil. Não pode fazer nada além disso. Mesmo assim, você já encontra na eShop aplicativo de YouTube e Twitch para instalar no videogame da Nintendo.

Jogos

Quando o Canaltech gravou a análise em vídeo do Nintendo Switch, a Big N não estava presente no Brasil de maneira oficial, e a eShop não funcionava localmente. Você precisava usar uma versão da loja de outros países, e pagar em dólar (com IOF) para comprar os jogos.

Felizmente, isso mudou desde então, e a Nintendo voltou a ter representação por aqui. O console é vendido com selo da Anatel, adaptador de tomada localizado e a eShop está disponível em português com jogos vendidos em nossa moeda.

Ou seja, esta desvantagem já não existe mais. Porém, os jogos seguem com preços mais altos que na concorrência, apesar de haver títulos mais em conta na eShop ou em versão física com preço mais baixo.

Mas os exclusivos, infelizmente, ainda ficam sempre em valores altíssimos, em torno de R$ 300 com promoções ocasionais a R$ 210 na eShop. Soma-se a isso os preços ainda mais altos dos cartuchos e o fato de o console ter apenas 32 GB internos, dos quais aproximadamente 25 GB estão disponíveis para jogos e saves, e você tem um problema.

Nintendo Switch: vale a pena?

Manter o Nintendo Switch não é barato. Mesmo que você consiga pagar menos no console em si, vai ter que desembolsar quantias altas pelos jogos e acessórios. E provavelmente vai precisar de um cartão micro SD para não ter que desinstalar nenhum game ou perder algum progresso.

De resto, os problemas são todos contornáveis ou não são realmente um ponto negativo aos olhos dos fãs. O console tem muitos jogos divertidos e consegue entregar gráficos bastante decentes para quem não é exigente demais.

Se você gosta dos jogos da Big N, certamente o console da empresa vale a pena. O Switch é também um dos melhores para jogar casualmente. E a maior vantagem é a possibilidade de jogar em qualquer hora, em qualquer lugar, já que não há necessidade de uma televisão e energia elétrica para ligar o console.

Pensando no preço, atualmente é possível pagar menos no videogame da Nintendo do que em seus principais concorrentes, o PS4 e o Xbox One. O Switch aparece fácil por cerca de R$ 2.000, enquanto o da Sony já é difícil de encontrar (e pode valer mais a pena levar o PS5) e o da Microsoft fica na faixa de R$ 2.700.

Claro que você paga menos por menos capacidade de processamento. Mas aí tudo depende do tipo de jogo que quer ter disponível.