Review Moto G23 | Um celular simples, mas equilibrado
Por Felipe Junqueira | Editado por Léo Müller | 23 de Maio de 2023 às 14h54
O Motorola Moto G23 é a opção mais acessível da linha Moto G no Brasil. Com chip 4G, 4 GB de memória RAM e 128 GB de armazenamento interno, o aparelho aposta em um conjunto simples, mas equilibrado. E no preço baixo para atrair consumidores que buscam um celular apenas para tarefas mais comuns do dia a dia.
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De fato, ele entrega o que promete. Não tem nenhum ponto em que realmente se destaque, mas também não tem muitos pontos fracos, considerando sua faixa de preço. É um smartphone de baixo custo para usar WhatsApp e navegar um pouco nas redes sociais, nada além disso.
Veja a análise completa do Moto G23 e entenda o que realmente esperar de uma experiência com ele. Há alguns pontos importantes em desempenho, câmera e bateria para levar em conta antes de comprar o celular da Motorola.
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Design, construção, tela e som
- Dimensões: 162,7 x 74,7 x 8,2 mm;
- Peso: 184 gramas;
- Tela: IPS LCD de 6,5 polegadas;
- Resolução: HD (720 x 1600 pixels), 90 Hz.
A aparência do Moto G23 é bastante semelhante à do Moto G53. São laterais retas, módulo de câmeras retangular e tela com um furo para a câmera frontal. O aparelho tem acabamento em plástico e não traz nada especial, até por se tratar de um modelo mais de entrada.
O leitor de impressão digital fica no botão liga/desliga, e há um conector USB-C na parte inferior. Na parte de cima, você encontra um P2 para fone de ouvido. Resumindo, um celular de entrada bastante comum em seu aspecto e visual.
A tela IPS LCD de 6,5 polegadas tem resolução HD e oferece fluidez de animações aumentada com a taxa de atualização de 90 Hz. A visibilidade é boa, mas o brilho pode ser um pouco baixo para uso na rua. Não senti grande problema de nitidez com a resolução reduzida.
O sistema de som é um ponto interessante, pois é estéreo. A qualidade do áudio é razoável, conforme esperado de um celular projetado para ter baixo custo.
Configuração, desempenho e usabilidade
- Sistema operacional: Android 13;
- Plataforma:MediaTek Helio G85 (12 nm);
- Processador: Octa-core (2x 2,0 GHz Cortex-A75 + 6x 1,8 GHz Cortex-A55);
- GPU: Mali-G52 MC2;
- RAM e armazenamento: 4/128 GB.
O hardware do Moto G23 é de entrada, um chip MediaTek G85, que não traz suporte ao 5G. Além disso, o dispositivo conta com 4 GB de memória RAM e vem com 128 GB de armazenamento interno.
Para tarefas do dia a dia, achei o desempenho satisfatório. Porém, senti alguns quadros faltando ao jogar Subway Surfers, e pequenos engasgos no Asphalt 9. E isso apesar da tela ter resolução HD, o que, teoricamente, ajudaria a garantir uma boa fluidez.
Resultado no AnTuTu
Com um Helio G85, o Moto G23 tem um chip que já foi intermediário, quando lançou em 2020. Para 2023, podemos considerar que o processador é de entrada, e sua pontuação no AnTuTu aponta para isso.
Foram 218 mil pontos, um pouco abaixo do que o Realme C55 somou (265 mil) com o Helio G88 e muito mais memória. Ou seja, não está ruim, e só demonstra que os problemas que vi nos jogos devem estar mais relacionados a uma otimização do que à potência do hardware em si.
Software e conectividade
A Motorola não tem mais a política de “Android puro”, e vem inserindo cada vez mais funções extras em seus celulares. O Moto G23 não tem recursos de segurança do Moto G53, como pasta segura e proteção de redes. Mas possui os gestos de ligar lanterna (duas sacudidas) e abrir câmera (girar o pulso).
Um problema ainda recorrente nos celulares da Motorola e, principalmente, nos Moto G, são as atualizações. O Moto G23 deve receber apenas um update de versão do Android, para o 14, e dois anos de pacotes de segurança, contados a partir do lançamento.
Câmeras
- Principal: 50 MP, abertura f/1.8;
- Ultrawide: 5 MP, abertura f/2.2;
- Profundidade: 2 MP, abertura f/2.4;
- Selfies: 16 MP, abertura f/2.5;
- Vídeos: até 1080p a 30 fps.
O Moto G23 me surpreendeu em qualidade fotográfica. Eu não esperava que ele tirasse fotos tão boas, considerando o histórico da Motorola neste quesito e a faixa de preço do aparelho.
Ele consegue uma boa faixa dinâmica, precisão de cores razoável e um bom nível de texturas. São fotos que você sente prazer em olhar, e isso vale para diferentes cenários e níveis de luminosidade. Um fotógrafo experiente consegue tirar fotos bem interessantes com o celular.
Claro que há alguns pontos fracos. A câmera macro nem sequer precisava ter sido incluída, de tão baixa que é sua resolução. Mas, com calma, dá para fazer bons cliques até mesmo com ela.
Na gravação de vídeo, curiosamente, achei a câmera frontal melhor que a traseira. Talvez pelo fato de ter filmado o meu rosto com a primeira, e apenas cenário com a segunda — o fato de o foco estar em mim facilitou bastante, talvez. A estabilização é apenas razoável em ambos os casos.
Bateria e carregamento
- Capacidade de carga: 5.000 mAh;
- Recarga: até 30 W com fio.
Mais um ponto em que o Motorola Moto G23 não é ruim, mas não dá para elogiar muito. Com 5.000 mAh de bateria, o aparelho teve um consumo de 30% no teste de uso do Canaltech, que consiste em 6 horas de redes sociais, vídeos e jogos. É um teste bastante exigente, com 60% de tempo de tela ligada, mais que uma pessoa comum usaria no dia a dia.
Mantendo esse uso, o aparelho desliga em 20 horas. Contando que poucas pessoas realmente passam 60% do dia no celular, dá para arriscar que a bateria dura um dia inteiro. Mas não vai muito além disso.
A recarga pode ser de até 30 Watts, mas o carregador que vem na caixa tem apenas 20 W. Com ele, pode levar cerca de duas horas para preencher toda a bateria do Moto G23. Não é ruim, mas também não é um aspecto realmente positivo do aparelho.
Concorrentes diretos
Considerando as especificações, um dos principais concorrentes do Moto G23 seria o Realme C55. Mas o celular chinês se diferencia pela grande quantidade de memória, uma vez que oferece 8 GB de RAM e 256 GB de espaço interno. E cobra o preço extra por isso, já que seu preço oficial é de R$ 2.300.
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Já existem celulares com 5G na faixa de preço do Moto G23. Ou seja, são aparelhos com tecnologia de processamento mais recente, então são mais velozes. Um exemplo é o Galaxy A14 5G, que pode ser encontrado por volta de R$ 1.200.
A própria Motorola tem um modelo que custa pouco mais que o G23. O Moto G53, que também tem 5G e processador mais parrudo, custa cerca de R$ 1.400, e pode ser encontrado por menos que isso em ofertas.
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Moto G23: vale a pena?
O Moto G23 poderia entregar mais, mas também não decepciona. O desempenho em jogos não é bom, mas a proposta dele é de usar redes sociais, WhatsApp e tarefas mais simples. A câmera faz os registros de maneira satisfatória. A bateria é boa, mas nada de outro mundo.
Eu vejo este modelo como uma opção de reserva, ou para usuários que realmente só querem um celular para usar WhatsApp e navegar na internet, pagando entre R$ 1 mil e R$ 1,2 mil. Mesmo assim, eu acho que compensa mais investir um valor um pouco maior no Moto G53, que é mais potente e já tem suporte ao 5G.
Para mim, em 2023, um celular sem suporte à nova tecnologia de rede móvel já não faz muito sentido. Especialmente se há modelos com preço semelhante ao valor cobrado por celulares que já oferecem esta nova tecnologia.
Lembrando que esses aparelhos não têm só a conexão 5G a mais. Há tecnologias de processamento que tornam a experiência bem melhor. E mesmo se custar um pouco mais caro, é um custo-benefício muito mais interessante.
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