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5 motivos para não comprar o Dell G15 5530

Por| Editado por Jones Oliveira | 18 de Abril de 2024 às 15h30

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Ivo Meneghel Jr/Canaltech
Ivo Meneghel Jr/Canaltech

O Dell G15 5530 é o modelo de 2023 da família G Series de notebooks gamers da Dell. Eu testei a versão mais completa com CPU Core i7-13659HX e GPU GeForce RTX 4050, tanto jogando, quanto trabalhando. Apesar de ser um produto competente para sua faixa de preço, ele traz alguns problemas pontuais que podem afastar alguns usuários.

Além dos casos de uso, também conduzi baterias intensas de testes sintéticos e listei os principais pontos para não comprar o Dell G15 5530. Vale ressaltar que dentro da proposta de um notebook gamer por até R$ 10 mil ele é bastante competente.

Por outro lado, o valor é relativamente alto para investir em um dispositivo que ainda carrega problemas de gerações anteriores e apresenta alguns novos.

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5. Bateria

Uma das vantagens que se espera de um notebook é a possibilidade de poder rodar jogos de qualquer lugar, e para isso é preciso que ele tenha uma boa autonomia em uso, e não apenas em stand-by

Apesar de o G15 5530 contar com uma bateria de 86 Wh, similar de outros notebooks até mais poderosos, ela durou 2 horas e 22 minutos em testes sintéticos de produtividade.

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Quando passamos para o uso real em jogos, a situação é ainda mais problemática, com a autonomia caindo para cerca de 1 hora e meia jogando Cyberpunk 2077 no médio. Tentar reduzir a qualidade gráfica ou o plano de energia para o modo economia também parece não resolver, ganhando apenas entre 15 e 20 minutos.

4. Portabilidade

Efetivamente, todo notebook gamer é pesado, e o G15 5530 não é exceção, com 2,81 kg. No entanto, justamente por exigir estar constantemente ligado à tomada, além do próprio notebook é preciso a fonte em mãos para levar o setup para a sala, quarto, quintal, ou onde quer que você queira jogar.

O problema é que a maioria dos notebooks gamer da Dell utilizam o mesmo padrão de fonte de 330 Watts, dimensionado para os modelos mais poderosos, como a linha Alienware. 

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Sendo assim, a obrigatoriedade de estar próximo a uma tomada e ainda depender de um carregador tão pesado faz com que o G15 5530 esteja longe de competir no quesito portabilidade.

3. Alienware Command Center

Cada fabricante tem a sua escolha de software embarcado para atuar como gerenciador de perfis de operação, configurações de efeitos RGB e assim por diante. O Alienware Command Center está possivelmente entre os piores que já utilizei, e não se trata de um problema atual.

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Meu primeiro contato com a ferramenta foi no Dell G5 5590, com um Intel Core de 9⁠ª geração e uma GPU GTX 1660 Ti, e quatro gerações depois o software continua cheio de problemas. De saída, ele limita bastante as opções de configuração para os perfis de arrefecimento e overclock, impedindo, por exemplo, definir uma frequência limite que o processador pode alcançar.

É compreensível que a intenção seja evitar que usuários façam overclock manual do processador para atingir mais desempenho, correndo o risco de danificar o produto. Por outro lado, isso também impede criar padrões personalizados intermediários entre os modos “Balanceado” ou “Desempenho”.

Além disso, o AWCC se sobrepõe a algumas configurações mais profundas do Windows que poderiam contornar essa questão e limitar o TGP do processador para se prevenir de eventuais superaquecimentos. 

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2. Superaquecimento

Um possível desdobramento do software ineficiente do AWCC é justamente um problema que, supostamente, gerenciadores deveriam evitar. Uma das funcionalidades do Command Center é atuar com a tecnologia Intel Turbo Boost, que eleva frequências em pequenos picos de overclock para acelerar algumas instruções mais intensas.

O problema é que, ao menos no G15 que testei, atualizado para as versões mais recentes do Windows e do AWCC, dependendo da operação, isso segurava as frequências em boost por muito mais tempo do que seria o ideal. Consequentemente, mesmo em uma sala climatizada em 18 °C, as temperaturas de operação ultrapassavam o limite de junção de 100 °C do i7-13650HX, forçando o sistema a reiniciar.

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Ao que tudo indica, a questão é pontual, ocorrendo apenas em tarefas específicas, como o teste do Cinebench 2024, e não se observa em games. Tanto nos simuladores de corrida, F1 e Forza Horizon 5, quanto no teste de estresse do TimeSpy Extreme, as temperaturas ficaram abaixo de 80 °C.

Ainda assim, fica o alerta para quem mora em regiões muito quentes, pois fatores externos podem piorar esse quadro.

1. Desempenho Full HD

Ter um projeto bem dimensionado para jogos em Full HD é, sim, um ponto positivo, mas também implica que não há muita margem para ganhos futuros. Para entregar os gráficos em 1080p no Ultra entre 40 e 60 FPS, efeitos como Ray Tracing precisam estar desativados, e ainda assim será necessário recorrer ao DLSS para garantir estabilidade.

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Em jogos mais casuais, isso quase nunca será um problema, sobrando desempenho para ligar todos os efeitos e as ferramentas de upscaling apenas otimizarem o processo. No entanto, em títulos mais exigentes, como Alan Wake 2, é impossível segurar muito mais que 30 FPS com tudo no máximo, e ainda assim alguns engasgos são inevitáveis.

Em outras palavras, o G15 5530 é competente para o gamer médio, mas isso apenas considerando o estado atual do desenvolvimento de jogos. Ou seja, em uma janela bem curta de tempo é bem provável que ele já esteja sofrendo para encarar lançamentos com essas configurações, sendo preciso reduzir a qualidade gráfica e desativar cada vez mais efeitos.