Review Redragon Reaping Elite | Mouse de 55g simples para jogar
Por Felipe Vidal • Editado por Jones Oliveira |
Em sua saga para oferecer produtos baratos e com componentes de qualidade, a Redragon transita entre erros e acertos comuns de toda fabricante. No entanto, a diminuição da qualidade ou a demasiada simplificação pode levar a produtos medianos e com preços nem tão competitivos assim. O Redragon Reaping Elite é um exemplo disso.
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Mesmo assim, o Redragon Reaping Elite é um mouse gamer ultraleve de 55g e muito competente para sua proposta, afinal de contas não é sempre que vemos mouses tão leves por preços justos. No entanto, sua leveza não compensa alguns problemas potencialmente relacionados a um corte de custos.
Design
Bem simples e humilde, o Redragon Reaping Elite chama a atenção por conta do seu latente conjunto RGB distribuído por boa parte da carcaça. Por ser um ultraleve, o design em formato de colmeia na parte superior é protuberante, recheado com uma iluminação customizável até mesmo nas laterais e ao redor do botão de rolagem.
Seu formato é de um mouse tradicional, sem ângulos acentuados ou uma pegada diferente. O modelo enviado ao Canaltech chama a atenção pelo visual rosa a branco, ideal para setups minimalistas. No entanto, os interessados também podem optar pelo modelo na cor preta.
O peso é um dos atrativos deste mouse, já que tem apenas 55g e se encaixa na categoria dos ultraleves. Somado ao seu tamanho pequeno, na casa dos 12 centímetros, o Reaping Elite é um mouse pequeno/médio que deve caber bem em qualquer setup compacto ou mochilas e bolsas.
Construção
Pegando muitos aspectos dessa simplicidade crônica, o Redragon Reaping Elite é fundamentalmente construído em plástico. Apesar de não poder reclamar que é ruim, é nítido que o material possui uma qualidade bem inferior ao de muitos modelos que já testei, mas não posso ser injusto e concluir que é um desastre. Longe disso.
Mesmo em plástico, é um mouse que não me causou problemas, mas ao fazer um pouco mais de pressão na carcaça consegui sentir suas extremidades estalarem. Logo, é aquele produto que com poucas quedas já pode ser danificado.
Sensor e switches
Com um bom sensor, o Redragon Reaping Elite é equipado com o Pixart PMW3389 e configuração de até 32.000 DPI para entusiastas. Por outro lado, os switches presentes nos botões principais ficam por conta do Huano 20M, que já experimentei em outras ocasiões, como no Redragon Cobra Pro recentemente.
Diferente do outro mouse, o Reaping Elite é de certa forma equilibrado. Os switches casam bem, evitando problema de miss-click e sendo bem responsivos, mas acredito que o PMW3389 não tenha sido o melhor dos baratinhos que utilizei. Nos games e uso diário foi tranquilo, mas percebi uma leve falta de sutileza nos movimentos.
Botões
Tudo isso me leva diretamente ao conjunto de seis botões programáveis no Redragon Reaping Elite. Além dos dois tradicionais e o botão de rolagem, há um na parte superior para ajustar a sensibilidade, e mais dois na lateral esquerda para avançar e retroceder.
É uma configuração básica, mas funcional. Todos esses botões funcionam bem e são durinhos no toque, principalmente os de atalho na lateral. Apenas o botão central de DPI parece meio bambo, mas funciona. Por falar nele, esse comando alterna entre cinco opções de DPI personalizáveis em um software.
Cabo
O Redragon Reaping Elite é um mouse com fio normal. Esse cabo é do tipo paracord bem levinho de 1,90 m, que felizmente não embola na mesa com facilidade. Em sua extremidade há um conector USB Tipo-A para ligar ao PC, mas o fio não é destacável do periférico.
Usabilidade
O Redragon Reaping Elite entrega uma experiência de uso satisfatória e de acordo com o que se propõe: ser um mouse gamer ultraleve de entrada. Não tive problemas nas mãos ou dores, justamente pelo seu formato padrão que deve atender a maioria do público.
Em meu uso, a pegada Palm foi a que melhor funcionou para mim e é a que eu mais indicaria. As pegadas Fingertip e Claw também funcionam, mas entre essas duas eu daria mais preferência pela Claw. Usuários de mãos pequenas e médias devem se sentir confortáveis com o periférico, mas jogadores de mãos grandes podem se incomodar.
Experiência de uso
O Redragon Reaping Elite propõe uma experiência de uso mediana. Em games, durante minhas partidas ocasionais de Battlefield 2042 e mais recentemente em GTA V, não tive críticas contundentes a fazer, mas também não me sinto capaz de tecer elogios. O Reaping Elite funciona para atirar e faz isso bem sem qualquer problema. Considerando que é um mouse de entrada, vejo um lado positivo.
O mesmo vale para o uso diário. Em minhas quase 10 horas de uso contínuo no PC, não tenho reclamações a esse periférico, mas confesso que fiquei uns alguns dias configurando o DPI certo para minhas mãos.
Software
O Redragon Reaping Elite trabalha com um software próprio da Redragon, que apesar da interface e visual datado, funciona bem. Diferente de outras interações que tive com os aplicativos da empresa, o ajuste de DPI, customização de cores, brilho, alteração de macros e perfis de jogo funcionam bem, sem bugs.
Concorrentes diretos
O Redragon Reaping Elite tem um preço bastante variável, aparecendo por R$ 99 em promoções a R$ 200 em certos varejistas. Nesse sentido, o AOC GM510 é um forte concorrente , que pesa apenas 58g e possui uma construção melhor. O Fallen F75 é outro ultraleve com preço próximo e características similares que vale a pena ficar de olho, assim como o HyperX Pulsefire Haste, mais robusto e na casa dos R$ 150.
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Vale a pena comprar o Redragon Reaping Elite?
O Redragon Reaping Elite vale a pena se você quer um mouse gamer ultraleve e simples, com bom conforto, iluminação bacana e não pode gastar tanto, apesar do preço flutuar bastante. A Redragon fez um mouse que funciona bem no valor certo e cumpre sua proposta.
O Redragon Reaping Elite não vale a pena se você quer um mouse gamer ultraleve mais bem construído e para mãos maiores, que passe a sensação de um produto mais refinado. O preço flutuante desse periférico e o fato de haver outros mouses na mesma faixa de preço com qualidade superior dificulta a indicação.